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domingo, 19 de junho de 2022

SUSTENTO DA ALMA - "O GATO E O JOIO II"

...empilhando podres em colecção...

Em: 

https://www.psicologia.pt/artigos/ver_cronica.php?o-gato-e-o-joio-ii&codigo=CR0032&area=

2019

Psicólogo clínico (Braga, Portugal)

2019-05-26 | Idioma: Português 

"Comprar gato por lebre”

“Separar o trigo do joio"

"Floreado pelo insistente e competitivo aparato maníaco, Maria Augusta narrava a sua história (convenientemente divergente da história vivida), num cenário viciado por um irredutível e acrítico formato bélico.

Nela, para além de toda a indústria titular académica existente, constava tudo o que era “pós”.

Eram pós-graduações, eram pós-formações, eram pós-especializações e até pós-sub-especializações, predominantemente, sublinhava, adquiridas em universidades credenciadas socialmente, sobretudo internacionais.

(Vá-se lá saber como!).

Aliás, Maria Augusta fazia questão de não ter nenhuma referência a formações que não tivessem, no respectivo diploma, uma luminosa e brilhante ribalta circundante do aparatoso logótipo da instituição, de invejável apreciação.

Este ornamentado manancial curricular (tão em voga) era o quase único responsável pelo excesso de confiança que a assolapava, sobretudo nas aulas e, como tanto gostava, nas exibições nos congressos em que participava. Nestes, quanto maior o nível de importância por ela atribuído, menor a gradação da confiança.

Está de se ver que, se o nível de importância não fosse de topo, na sua avaliação (mais social que outro qualquer registo), o manifesto excesso de confiança ladeava, seguramente, o delírio e a bizarria.

Nunca Maria Augusta ficava até ao fim dos congressos, por ela tabelados abaixo do topo. Nestes, apresentava a sua comunicação (nos formais trejeitos e cânones escolares, exibidos com os apetrechos da mais encenada confiança) e logo se retirava com o desprezo de segura vedeta.

Retirava-se com a rapidez que era necessária à conveniente imagem de pessoa muito requisitada.

Quase sempre, o intencional motivo que debitava para se ir embora, era um avião para apanhar ou uma reunião agendada (no mínimo, de alto gabarito).

Assim enfeitava a necessidade e o desejo de admiração e de grandiosidade, para além de uma certa inveja que também estava no intento e que Maria Augusta admitia gerar.

Acreditava, quase piamente, na perfeição dos cenários por si criados, impedindo-se, assim, de perceber que era a única pessoa a crer em tão banais e disparatados disfarces.

As delirantes viagens, invariavelmente para o estrangeiro e a convite de algum meritíssimo colega académico, para integrar o programa de um, também, meritíssimo evento, tinham o condão de esconder o café que iria tomar na esplanada da esquina da rua onde morava.

Era ali, já sentada, que se aliviava das dores nos pés que os sapatos de saltos altos lhe causavam.

Tirava apenas os calcanhares, numa disfarçada aflição, que pousava no rebordo traseiro dos sapatos.

Os latejantes joanetes, já libertados, ressoavam alívio sob a forma do suspiro que, controladamente lhe saia pela boca.

(Quando sentia os calos apertados, reforçava a dissimulação e o cinismo, crendo que se safava de mais um confronto.

Mas repetia-se até à exaustão das circunstâncias.

Maria Augusta, sabia em sintomas, mas não sabia em consciência, que não pertencia à elite que ela balizava, mas que tudo fazia para se sentir integrante do elenco dessa protagonização).

Esquecia-se sempre que, tentar enfiar os deformados e doridos pés, novamente dentro da forma dos sapatos, era um trabalho que nem a sua perícia em dissimulação conseguia esconder.

Nunca enxergava que o seu feitio não a favorecia perante a crueldade de tais imposições corporais.

Traía-a o corpo, escarrapachando-se nas feições as expressões do dolorido esforço.

Aos desequilíbrios, tentava Maria Augusta, desviá-los de si e sem os entender.

As dores… escondia-as num sorriso amordaçado.

Cambaleando e de mente embaciada, ia-se traindo…!"


                                                                                                                                                                                                                                  Edição: Paulo Passos


domingo, 5 de dezembro de 2021

SUSTENTO DA ALMA - PSICOLOGIA EM CABECEIRAS DE BASTO

CABECEIRAS DE BASTO

VILA-CONCELHO DO DISTRITO DE BRAGA / BAIXO MINHO

PAÇOS DO CONCELHO DE CABECEIRAS DE BASTO

CABECEIRAS DE BASTO ACOLHE AS

VIII JORNADAS DE PSICOLOGIA E CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

DO DISTRITO DE BRAGA


QUE DECORRERÃO 


NO AUDITÓRIO DA CASA DO TEMPO


NOS DIAS 16 E 17 DE DEZEMBRO DE 2021


NUMA ORGANIZAÇÃO CONJUNTA ENTRE O ACES DO ALTO AVE 

E A CÂMARA MUNICIPAL DE CABECEIRAS DE BASTO


PRESIDENTE DAS VIII JORNADAS


MARIA JOSÉ RAMOS

PSICÓLOGA CLÍNICA  

CENTRO DE SAÚDE DE CABECEIRAS DE BASTO 

ACES DO ALTO AVE


DETALHES...


CULTURAIS


ARQUITECTÓNICOS


PAISAGÍSTICOS


URNANÍSTICOS


ARTÍSTICOS


RELIGIOSOS


NATURAIS


POPULACIONAIS


PROGRAMA DAS VIII JORNADAS













QUE DECORRERÃO NO



AUDITÓRIO DA CASA DO TEMPO

PROGRAMA

16 de Dezembro de 2021

08h30

SECRETARIADO

09h00

MESA DE CABECEIRA

Francisco Alves (Presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto)

José Novais de Carvalho (Director Executivo do ACES do Alto Ave)

António Castro (Presidente do Conselho Clínico e da Saúde do ACES do Alto Ave)

Paulo Passos (Presidente Residente das Jornadas de Psicologia e CSP)

10h00 

MESA I: ALL AROUND THE WORLD

Ele dá-se por covid 19 

Fátima Dourado (Médica de Saúde Pública - Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto)

O covid 19 (ou 21, ou ou ou): orientações para a análise de imagens e de conteúdos condutais

João Carlos Major (Psicólogo, Braga)

Modera

 Paulo Correia (Psicólogo - Centro de Saúde de Esposende)

10h45

DEBATE

11h00

INTERVALO

11h30

CONFERÊNCIA I

Comissários e seus muchachos

Pedro Sousa (Gestor - Quercus, Porto)

Modera

Susana Oliveira (Psicóloga - Centro de Saúde de Vila Verde)

12h15

DEBATE

12h30

ALMOÇO

14h00

CONFERÊNCIA II

Colosso de super-ego: antropografia

Rui Guimarães (Psicólogo - PIAC, Matosinhos)

Modera

José Torres Freixo (Psiquiatra - CRI de Braga) 

14h45

DEBATE

15h00

MESA II: VIROLOGIAS PSICO-SOCIOLÓGICAS

Ansiedades e ansiedades de conveniência (os nervos)

Lúcia Oliveira (Psicóloga - DICAD/PIAC, Matosinhos)

Uma estirpe perigosa (análise sociológica do disfarce organizacional)

Alcino Castro (Sociólogo - Cabeceiras de Basto)

Modera

Maria do Céu Caridade (Professora - Ag. de Escolas de Cabeceiras de Basto)  

15h45

DEBATE

16h00

SESSÃO DE POSTERS

--------

17 de Dezembro de 2021

09h00

MESA III: AS CATÁSTROFES, AS EMERGÊNCIAS... E OS ALARMISMOS

A bandeirinha da associação

Jorge Gonçalves (Psicólogo, Porto. TEPH - INEM, Porto)

O gozo e a falência das barreiras da censura 

José Carlos Rego (Psicólogo - INEM, Porto)

Modera

Hugo Senra (Psicólogo - Universidade de Coimbra) 

09h45

DEBATE

10h00 

CONFERÊNCIA III

Ditaduras biológicas: vozes legais desprovidas da razão

João Décio Ferreira (Cirurgião plástico - Hospital de Jesus, Lisboa)

Modera

Luís Gonzaga (Ginecologista/Obstectra, Braga)

10h45

DEBATE

11h00

INTERVALO

11h30 

MESA IV: VEXAMES DE CORPO E ALMA

Maria vai com as outras

Fátima Pimpão (Psicóloga - CRI, Braga)

Rebanhismo glorificado ou desconsagração corporal

José Luís Gomes (Psicólogo, Braga)

Modera

Salete Anjos (Jurista, Braga)

12h15

DEBATE

12h30

ALMOÇO

14h00

CONFERÊNCIA IV

 Erosão da lógica e dos cumprimentos

João Furtado (Psicólogo - Centro de Saúde de Vizela)

Modera

Cristina Antunes (Enfermeira - Centro de Saúde de Guimarães)

14h45

DEBATE

15h00

MESA V: NÃO HÁ TRANSFERT PARA A EXPERIÊNCIA

Insuficiências e conveniências: a versão da acrítica

Maria José Ramos (Psicóloga - Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto)

Com quatro letrinhas apenas se escreve a palavra FOME

Paulo Passos (Psicólogo - Centro de Saúde de Braga)

Modera

Carlos Sequeira (Enfermeiro/Professor - Escola Superior de Enfermagem do Porto)

15h45

DEBATE

16h00

ENCERRAMENTO

Maria José Ramos (Psicóloga - Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS EM:  https://npcaltoave.blogspot.com/

Edição: Paulo Passos

domingo, 10 de outubro de 2021

SUSTENTO DA ALMA - A DONA JÉSSICA PATRÍCIA E O SR. MARTIM RONALDO

                                                Paulo Passos, psicólogo clínico (Braga/Portugal)

 INEVITAVELMENTE 

 em:

https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/08/a-dona-jessica-patricia-e-o-sr-martin.html

(Autoria: Paulo Passos)


PRINCÍPIO

A dona Jéssica Patrícia (que vem a ser uma psicóloga de família) é muito urbanaPara mais informações é favor consultar: 

https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/07/recomendacoes-duma-psicologa-de-familia.html


MEIO

O senhor Martim Ronaldo (que vem a ser sobrinho de Bé e diplomado em moda) é muito aquele. Para mais informações é favor consultar: 

https://www.psicologia.pt/artigos/ver_cronica.php?pe-na-lua&codigo=CR0045


FIM


Edição: Janiel Martins

domingo, 11 de abril de 2021

SUSTENTO DA ALMA - A INATINGÍVEL VISÃO ÉPICA DO ORGASMO

 

Paulo Passos

Psicólogo Clínico

Braga, Portugal

Texto, originalmente, publicado em: 

https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/03/a-inatingivel-visao-epica-do-orgasmo.html


TERTÚLIA

Cozinha do Mosteiro de Tibães, Braga/Portugal

13 de Dezembro de 2013 - 18 horas


"(...) there´s someone in my head but it´s not me (...)"

"Brain Damage" - Pink Floyd


A INATINGÍVEL VISÃO ÉPICA DO ORGASMO

(modo tuga)


As incertezas face às virilidades e às masculinidades 

são materializadas por, entre demais:


- lunáticos à deriva nos meandros dos próprios (e impostos) açaimes;

- vassalagem à glorificação da miséria e do sofrimento;

- necessidade de demonstração de agressividades travestidas por (falsas) valentias e de (falsos) poderes, estas enriquecidas com plumas e lantejoulas dos trajes (orgulhosamente) usados por machos humanos na tauromaquia, onde as fêmeas (apesar de agora já algumas adquiriram permissão) não se depositam na arena (grupo monossexual masculino). Admirados por uma plateia ao rubro de mulheres anorgásticas (vítimas das ejaculações precoces masculinas (para despachar mais depressa um serviço inapetecível) e das disfunções erécteis que, muitas vezes, noutras circunstâncias não existem) que, após a exibição de poder, se despejam em peças de roupa e flores atiradas para a arena, num derradeiro delírio e na tentativa de busca de uma virilidade que se debita na insuficiência mas que, remedeia, ainda que para dar nas vistas e continuar a enganar o tesão;

- gente cujos tesões estão traídos e são comandados à distância;

- gente rendida e vítima das ditaduras de vizinhança e de sangue;

- convenientes e banais pregões alusivos à macheza latina;

- identidades disfarçadas e pró-desconsciencializadas;

- gente que tanto obedece ao patrão como à imposição;

- castração dos tesões... estes ditos mal-encaminhados;

- ortodoxia axiológica face à postulação educativa e relacional;

- valorização social, religiosa e familiar de identidades/sexualidades de imposição;

- a heroísmos delirantes e valorizados, porque mal contados e irredutíveis à lógica da factologia. Relembra-se que, para a tugada, é assunto na escolaridade obrigatória, onde, em pleno contexto de escola (marcado contributo para o fiasco da sala de aula), a mesma realidade tem leituras e designações antagónicas, porque de conveniente falsidade e acrítica dominante. Exemplifica-se pelo facto de, nessas aulas, chega-se ao descaramento e amadorismo de se chamarem (em façanha de...) e ainda que com pálido orgulho (como os insonoros aizinhos dos rápidos e submissos para-orgasmos), Descobrimentos ao assalto e roubo que se fez ao Brasil, mas... chamarem-se Invasões Francesas, ao facto de estes terem invadido e saqueado este (psicologicamente pobre e imaturo) país. Ao mesmo acto, estas criaturas dão (na escola oficial) designações diferentes, consoante as necessidades de travestir a mente e enganar a fome...: roubam e dizem que descobriram... são roubados e dizem que foram invadidos... hilariante. HOMESSA;

- caça;

- velocidades mecanizadas;

- jogos de risco;

- gente que desconhece o cumprimento mas tão bem conhece a obediência e a mansidão.


A acessibilidade ao épico, catártico e urrado orgasmo fica, definitivamente, comprometida (senão impossibilitada) ... enfeitando-se com sublimações, desconfianças viris e medos dos papões.

That`s... not... all folks...


Edição: Paulo Passos


domingo, 31 de maio de 2020

SUSTENTO DA ALMA - ORDENAÇÃO E ORNAMENTAÇÃO INFORTUNADAS (PRÉ-HISTÓRIA E OVERDOSE DE NARCISISMO)

Ordenação e ornamentação infortunadas (pré-história e overdose de narcisismo)

Ordenação e ornamentação infortunadas (pré-história e overdose de narcisismo)

... publicado em www.psicologia.pt - na autoria de:

Paulo Correia

                                    Paulo Mariano 

                                                            Paulo Passos 

... 3 psicólogos...



"Ordenação e ornamentação infortunadas (pré-história e overdose de narcisismo)

2020
pvpassos@gmail.com
Psicólogos clínicos (Esposende; Amares; Braga - Portugal)




ACES – Agrupamentos de Centros de Saúde
CSP – Cuidados de Saúde Primários
NPC – Núcleos de Psicologia Clínica
SNS – Serviço Nacional de Saúde
UPC – Unidades de Psicologia Clínica

Relato concernente à Psicologia nos Cuidados de Saúde Primários, em prol da criação de UPC (como elementos do dinamismo organizativo e funcional de qualquer ACES, e na semelhança factualizada de outras úteis Unidades Funcionais já existentes), em extermínio e substituição da sua forçada “integração” (num mal-armado campismo, agoniado e de injustificada vigência) em alheias e amordaçadas externalidades à Psicologia.
As igualdades estruturais e operativas, no cenário da Psicologia Clínica no SNS português são, de direito (e de consideração pelos desígnios das variantes e diversidades institucionais), premissas não submissas a enfermos e rombos lanhos que as façam sangrar.
A “lógica” de uma “igualdade” descoroada fomenta a implantação de conflituosos dissabores laborais e institucionais, que pouco ou nada contribuem para a evolução da qualificação dos sistemas profissionais e, consequentemente, do valorável (ainda que, ao que parece, desprotegido) prestígio institucional público.
Coroar o infortúnio e insistir (ainda que, tão só, através da negligência ou da cegueira) no acto dessa coroação é, no mínimo, uma crença de que a mediocridade é obra qualificada e que não deve pertencer (apenas) aos insanos devaneios delirantes das tiranias do passado.
Coroar o infortúnio é, simbolicamente, glorificar as mentalidades enfezadas pelas frustrações, pelas consciências obnubiladas, pelas menoridades e pela negação das (legítimas) pertenças psico-antropológicas.
Opinar (ou debitar de si ou por si) numa constelação profissional clínico-científica, é uma   inconfundível falência (ou ausência) do sentido de oportunidade, e foge das básicas regras do apriorismo (de devido rigor) que se espera (e exige) à subjacência do acto de laborar em Psicologia Clínica.
Devaneios opinativos, oriundos e conformes à inconsciência (e insuficiência) do medriocrismo, cumprem a pueril idealização da caridade (corrosivo institucional) ou “bem-feitorismo”, decorado com acréscimo de auto-valorização, porque provenientes dos seus protagonistas e reforçados por semelhantes. Estando estes, igualmente (e em caricato lirismo), cientes da excelência e importância dos seus actos, dos seus assuntos e das suas existências, frequentemente audíveis e visíveis em pregões e manifestos, de surda essência narcísico-angustiante.
Impondo-se a legendagem, constata-se serem puros estigmas (das auto-condenações adivinhadas), ou dolorosas cenas de pugilato (na orfandade de ínclita congruência e sustentabilidade adaptativas), num terreno técnico-administrativo institucional, que se vem intoxicando, permissivamente (pondo-se a jeito).
Opiniões e fundamentos de conveniência não devem ser suportados ou considerados nas regências da prática dos NPC, pelo que, eventuais ocorrências, traduzem-se (quase invariavelmente) em indevida perda de tempo e em prejudicial ruído.
A incompetente cegueira na definição das recentes organizações dos sectores de Psicologia Clínica no SNS, no concernente aos Centros de Saúde (vítimas da reestruturação dos CSP e, mais recente e paradoxalmente, da criação dos NPC - na sua limitada autonomização), devastou grande parte da autonomia que a sustentava (Psicologia Clínica), instabilizando, até, o que plasmado legislativamente (Decreto Lei nº 241/94 de 22 de setembro, especificamente no ponto 4 do seu Art.º 2).
Legislar e regulamentar (cumprindo… sem paradoxos de conveniência ou de pareceres da abusiva subjectividade) a ordem da organização e funcionalidade dos sectores de Psicologia Clínica, é um dever que se impõe e enaltece, e um direito que se coroa.
A prática da Psicologia Clínica, integralmente nas suas esferas autonómicas, organizativas e funcionais (devidamente… e como operado nos Hospitais e Unidades Locais de Saúde), num Centro de Saúde/ACES, não pode continuar a estar velada ou imersa numa alheia fundação (de infiéis sonhos inacabados em incompetências oníricas); nem sujeita à facilidade de inoportunos e dissaborosos recursos confusionais; nem ao desmérito das ansiadas referências (inalcançadas); nem a práticas, amorfamente, domésticas; nem à inércia de pálidas estruturas de representação.
No que concerne à organização e funcionalidade dos Núcleos de Psicologia Clínica (NPC) de quaisquer ACES(s), é suposta a participação decisória (se… não, a exclusiva) dos psicólogos clínicos, fazendo jus ao nome dos legislados Núcleos (que se anseiam Unidades, num crescendo direccional à completa autonomia, por lógica, por dever e por direito à igualdade), não podendo, estes Núcleos, continuarem reféns das infelizes retóricas da insuficiência (orgástica laboral) de outrem.
Existem Unidades de Saúde do SNS (onde os Centros de Saúde são peças fundamentais e integrantes) e existem também (nos diversos sistemas sociais) organizações familiares, recreativas, desportivas, culturais, sócio-paroquiais e demais afins. Salienta-se, enfaticamente, que… as funções do SNS versus as das organizações sócio-familiares (respectivas e de inerência), não devem/podem ser confundidas, adulteradas ou misturadas, em salvaguarda (e a bem) da seriedade devida, tanto à Psicologia como ao SNS.
Os contributos dos postulados clínicos e científicos são os exigidos e da (fiel) exclusividade das profissões que deles se sustentam e a eles prestam vassalagem, onde a Psicologia, nobremente, se integra.
Contributos caseiros, opinativos, idiossincráticos, anéticos e avulso, são dispensáveis em absoluto e na contingência do seu, casual, poder practo-lexical.
Não devem, em nome da transparência do substracto científico, clínico, terapêutico, técnico e do respeito institucional, outras (encruadas e entrevadas) parcelas (não executivas ou de governação clínica, no espectro do devido e justo equilíbrio institucional) serem concorrentes, substitutas ou parceiras decisórias dos NPC.  
O desconfinamento (em aproveitamento da expressão, porque… tão em voga!) das parasitárias, inapropriadas e ofensivas ordenações (depositárias de receios, frustrações, recalcamentos e demais em similitude), deve ser abrupto e ajustado, sem se cumprir, compadecer ou obedecer em validações de subjectivos, interesseiros e incautos "humanismos piedosos” (ou demais exageros de um pálido e falso pluralismo ou de narcísicos desejos de enfeites), mas sim, sem jamais desobedecer às validações da autonomia organizativa da ordem científica e da ordem clínica, operando nas fundações da auto-regulação e auto-determinação, integradas na ampla estrutura de um Centro de Saúde/ACES.
Haja purga… (intolerante para… subjectivos jeitos circunstanciais e de conveniência; para pensamentos ou ideias banais e primárias; ou para acríticas e vândalas confusões interpretativas…!)."

Edição: Janiel Martins