AMOR COM EFEITO DE VIDA
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Às vezes curvado |
Once upon a time
… era uma vez …!!!...
Era uma vez um
homem com um pouco mais que 20 anos de idade, na plenitude da sua existência.
Era um homem
simples e humilde, como se diz nas míseras e desentendidas linguagens sociais e diferenciadoras,
quando se quer diminuir uns, para salientar outros e o/a próprio/a palrador/a.
Certo era,
contudo e a propósito, que esse homem era o portador do desígnio da elegância e
da beleza.
Enfeitiçava o
ambiente com a sua passagem. Enfeitiçava o feitiço.
A expressão que
lhe advinha do rosto trespassava o condão da magia, com a facilidade da luz.
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Outras vezes virado ao contrário |
Trazia os gestos
impregnados da majestosa riqueza de mobilidade, que somente a leveza da masculinidade
de deuses poderá exibir. É o homem.
Era a
materialização da beleza, da candura, da tez exacta em perfeição de traços, num
rosto de equilíbrio escultural, raiando o chamamento do brilho que circulava ao
seu redor.
Atraía tudo o
que era radiante.
Esse homem
trazia em si a angélica melodia que soa e ressoa na musicalidade do divino e do
terreno.
Era a expansão
dos desejos e das aspirações.
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Por vezes escondido |
Era a sintonia
do requinte e do império do belo.
Movia-se numa
aura de conjugações e elementos ricamente ordenados e implementados pela
elegância e pela beleza.
Era o homem exclusivo da beleza.
Era o homem exclusivo da elegância.
A tonalidade da
sua genuína existência era a tonalidade da pureza, da cristalinidade,
abrindo-se caminhos de cores e de odores, perfumados pela sua aproximação, por
onde circundasse.
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Noutras encolhido |
As vias eram por
ele perfumadas, o ar era por ele purificado, o chão era a aconchegante nuvem
que ele acariciava com os pés. Pés de uma beleza infinita, de uma beleza
estatual. Pés que o ligavam à Terra, sem que o desligassem do Céu.
Dele advinham
todas as manifestações do belo, do perfeito, do equilíbrio, da harmonia. Era a
aura da pureza, elegância e beleza, ..., era o mais puro cristal, feito homem!
Debitava o auge
da categorização, através da simplicidade de tudo o que é belo, como só a
simplicidade o pode fazer.
A pujante beleza e elegância que dele jorrava, não foi adquirida, tinha-as
nos genes. Eram ele!
Ele era feito de
beleza.
Tinha, contudo, um
conceito de si, antagónico do que lhe transbordava e que lhe era merecido.
Certo é que, adiante-se, nunca ou raramente, a modéstia, a elegância e a beleza
andam juntas, a não ser nas esferas do Olimpo, seguramente o local de
proveniência desse homem.
Achava-se, de certo modo, uma menos-valia
perante os outros, achava-se retraído, era inibido, inseguro, impedia-se do seu
genuíno direito, vivendo no meio do sentimento do frio desamparo e da isolada
descoloração.
Estavam sem cor,
os passos que dava e a respiração que o mantinha vivo! Porque ele, tendo-a, não
conhecia a cor.
Estava em
revolta silenciada, sem o manifestar por cravada falta de noção de direito e de injustiças tatuadas,
consequência evidente das tinhosas, castradas e pérfidas regras e valores de
conduta e organização sociais.
Nunca, jamais, algum miserável
estilhaço desses corrosivos valores e regras conseguirão atingir a proximidade da riqueza,
da elegância, da beleza e da nobre constituição de carácter que, naturalmente,
por ele era debitado ao existir. Só na lembrança do nome, não era preciso ele estar
presente.
O desamparo
estava plasmado. Sim, estava, mas não o derrubava. Como se derruba o belo? Como se derruba o sol?Como
se derruba este homem?
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Luminosamente renascido |
Por vezes cabisbaixo,
procurava, procurava-se mas já se tendo, sem contudo o saber.
Sempre foi o seu
dono.
Mas era o
desamparo, que o tentava moldar. Infeliz desamparo, condenou-se ao insucesso. Como
se molda um raio de luz?
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Com as desejadas cumplicidades |
Esse homem
trouxe para a Terra o poder da inspiração, com a simplicidade e a nobreza do
seu encanto de carácter. Não só do carácter. Não, não só! Trouxe para a Terra o
poder da felicidade em belo, em justo, em equidade e em liberdade. Só o belo e
simples podem ser livres.
Esse homem era a
liberdade em corpo, a majestosa liberdade vivida no formato de homem. A
majestosa justiça vivida no formato de homem. A majestosa beleza vivida no
formato de homem.
Bebeu o ar adiamantado e alimentador dos supremos do Olimpo.
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Palma e machado nos genes (Florescência e Protecção) |
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Espada e bastão nos genes (Poder e Honra) |
Sentiu que o
amor lhe aurava a essência.
Deixou que
Cúpido lhe aliviasse a compressão na alma. Autorizou ser alvo da sua seta.
Foi picado pela
vida. Sangrou paixão. Sangrou amor. Fez sangrar paixão. Fez sangrar amor. Jorrou-se em vida.
Vida que só o
seu corpo sabia, carregando a poderosa leveza da elegância e da beleza.
Vida que a alma
sonhava mas não brilhava.
Vingou, numa
rampa íngreme e quente, num olhar cruzado, num ímpeto aconchego do olhar da sua
beleza.
Pernoitou na
confabulação e na incerteza.
Pernoitou também na ânsia do expectante desejo e satisfação.
Deixou-se ir. Deixou-se lamber por essa quente e densa aragem.
Foi recebido pelo amor. Amor transformado em vida.
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Floriu o que já era flor |
Floriu o que já
era flor.
Era um homem
perdido, sem o estar.
É um homem amado
e encontrado.
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Verticalizou a sua já verticalidade |
Verticalizou a
sua, já, verticalidade.
Honrou.
Honra e honrará.
Como apenas os nobres eleitos podem fazer.
………. ……….
……….
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Beijo perpetuado |
Once upon a time
… era uma vez …!!!...
Era uma vez um
homem com um quarto de século de idade, na eterna plenitude da sua existência…
É um homem
exaustivamente belo, elegante, nobre, feliz e atraente de todas as mais-valias
e qualificações da justiça, da liberdade, da igualdade e com uma rara expressão
de competência, para as esferas mais delicadas da convivência – a serenidade da
naturalidade e da sinceridade.
Trás em si a corporalização da beleza e da galantaria.
É filho da
Honra.
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Fonte das imagens: Janielson Martins
Texto: Paulo Passos |
É filho da Liberdade.
É amante da paixão e do amor. É amado.
É. É amado ...!