NÃO CONFUNDA COM SOLIDÃO
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Dentro de mim tem partes que me faz um ser humano, apesar de me achar um animal.
Não me entendo muito.
As mãos, às vezes, ficam inquietas.
Já pensei, porque não nascem uns olhos em cada mão?
Mas não, iriam atrapalhar outras coisas.
Vamos pular para o sentimento e deixar o corpo evoluir no inconsciente.
Deixa eu contar um segredo: Sou apaixonado pelo corpo dos animais.
Acho a vida tão bonita.
Às vezes fico triste.
Não quero me perguntar, mas acho que é
com a morte, porque quando falamos, não são coisas, são sentimentos.
A pedra mais preciosa são os olhos dos animais, apesar de já ter sido apaixonado pelas estrelas.
Ainda gosto, mas estão tão longe de casa.
O meu consciente, misturado com o inconsciente já tentaram ir lá, mas uma amigo falou que as estrelas são muito quentes.
(Vou movimentar com as pernas.
Gosto das pernas dos bois.
Aquelas duas na frente são mãos?)
Quando nos apaixonamos o tempo para de se concentrar.
É como se diz: "nos encontramos".
É bonito nos encontrar.
Que pena sermos coisas passageiras.
Gosto de sentir explosão no cérebro, que pena que o coração esfria, mas deve ser para não pegar fogo no corpo.
Não confunda com solidão.