sexta-feira, 19 de maio de 2017

PATANISCAS DE BACALHAU


Ingredientes:

- Bacalhau
- Cebola (1)
- Alho
- Salsa fresca
- Ovos (2)
- Farinha de trigo (2 chávenas de chá)
- Leite (1 chávena de chá)
- Fermento em pó (1 colher de chá)
- Sal q.b.
- Pimenta q.b.
- Louro (1 folha)
- Couve
- Morangos
- Azeitonas
- Azeite
- Óleo de fritar


Modo de preparação:

Após deixar o bacalhau (use aparas, badanas e todas as partes mais baratas) mergulhado em água, durante um dia, mudando a água algumas vezes, coza-o em água com uma folha de louro.


Desfiado e retiradas as espinhas e a pele, misture-o, numa malga, com a cebola, 
o dente de alho e a salsa (não descarte os caules), tudo previamente muito bem picado 
e envolva esses ingredientes.


Noutro recipiente junte a farinha, o fermento em pó e os ovos e mexa sempre 
enquanto verte o leite.
A textura da mistura deverá ser leve mas com alguma consistência.
Junte as partes dos dois recipientes e tempere de sal e pimenta moída.


Numa frigideira com óleo bem quente, frite as porções da mistura, até que o dourado e o crocante invadam a patanisca.
Deixe descansar sobre papel absorvente, antes de servir.


Acompanhe com couves salteadas em cebola e azeite, em provocação aos morangos.


Um copo de vinho e azeitonas fazem parte deste pacote ...!


Edição: Janiel Martins


domingo, 14 de maio de 2017

SUSTENTO DA ALMA - AMORDAÇADOS

Paulo Passos / Portugal.
Como qualquer outro criminoso,
a injustiça também tem mãe - a TIRANIA,
a sempre tóxica tirania.

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Na sua essência bio-psicológica a humanidade é una.
Na sua essência social a humanidade é una, com duas alíneas:
- Os favelados,
- Os que julgam que não o são.

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O preço da tirania e da corrupção
é sempre pago pelos desfavorecidos.

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MORDAÇAS

Mordaças que fuzilam a alma,
Mordaças que secam vontades,
Mordaças que castram pensamentos,
Mordaças que se suportam na mansidão
Obedecer ... OBEDECER ...
Castrar liberdades ...
Reprimir direitos ...
Dizer ... BENÇÃO ... à miséria e à submissão ...
Glorificar a dor ...
Agradecer o sofrimento ...
São os verbos dos carrascos
São predicados das ditaduras
Amordaçar ...
No corrosivo sorriso da tirania ...
Putas de ratazanas ...
Filhas da PUTA
Filhos da PUTA
Paulo Passos


"(...) Não compensar o trabalho é aniquilar o estímulo de trabalhar (...)."
Manuel Laranjeira

Manuel Laranjeira / Portugal, 1877 - 1912. Fonte da imagem: internet.
"(...) Representa esta passividade do povo português, em face da parasitagem que o devora, um profundo sentimento de cobardia? É esgotamento de dignidade? É exaustão da sua dignidade de reagir? Não.
Ninguém lhes ensinou os seus direitos e os seus deveres. Ele, dos direitos do homem tem apenas a noção secular, tradicional: obedecer. Os seus direitos de cidadão livre? Mas como querem que ele os defenda, se nem sequer sabe que eles existem? E com esta consciência moral de servo que ninguém educa até a transformar numa consciência de homem livre, lá se vai debatendo inutilmente a arrancar do ventre da terra-mãe a ilusão da subsistência quotidiana, ou, numa fúria animal de viver, emigra à conquista de pão.
Quanto à minoria ilustrada, como não há-de ser ela pessimista, se se sente isolada, inutilizada, nesta atmosfera de ignorância? Se sente triunfar apenas a escória mental e moral da raça portuguesa? (...)"
Manuel Laranjeira - Pessimismo Nacional (Publicado pela 1ª vez em 1907 - 1908, no jornal - O Norte / Porto).

Miguel Real / Portugal. Fonte da imagem: internet.
"(...) Com efeito, "Pessimismo Nacional" refulge hoje com uma actualidade inisutada. Sob a diferença da conjuntura, vibra hoje, estruturalmente, um século após a sua publicação, o mesmo Portugal que Manuel Laranjeira conheceu entre a última década do séc. XIX e a primeira do séc. XX: instituições bloqueadas ou ineficazes (Justiça, Educação, Saúde), uma classe política genericamente medíocre - refugo, em todos os partidos, das notáveis direcções refundadoras da democracia - , uma Assembleia da República de funcionários, em que mais sobeja o interesse do que o pensamento, um empresariado especulativo, assente no betão e no comércio de curto prazo, elites jogando com a sorte, visando a fama sem o suor do estudo e do trabalho, um povo bárbaro rastejando em Fátima ou ululando em estádios de futebol, de olhos grudados numa televisão vocacionada para mentes imbecis, frequentando os delirantemente maiores centros comerciais da Europa (...)."
Miguel Real. Prefácio de "Pessimismo Nacional" de Manuel Laranjeira,
Edição OMNIA OPERA, Guimarães, 2012.


Júlio Henriques / Portugal. Fonte da imagem: internet.
"Sem chefes não há rebanhos e isto é uma grande catástrofe."
Júlio Henriques


Fred Astaire / EUA, 1899 - 1987. Fonte da imagem: internet.
"Quanto mais alto subimos, mais erros nos são permitidos.
E quando estamos no topo, se errarmos o suficiente,
isso passa a ser considerado o nosso estilo."
Fred Astaire



Edição: Paulo Passos