quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

SUSTENTO DA ALMA - DESMATEMATICANDO O CAPITALISMO



DESMATEMATICANDO O CAPITALISMO
(Janiel Martins, RN/ Brasil)

Até quando suportamos a miséria?
Um ano? Mais um ano?

Até quando vamos acreditar que o novo existe?
Olhemos para um espelho.

Acreditamos sermos santos.
E esquecemos que viemos de um foda alheia.

Até quando suportaremos esta moda de santidade?

Os animais fodem e os seres humanos humilham-se.

Quando vamos deixar de ser encurralados?
Quando seremos habitantes de um planeta comum?

Vamos parar de desejar em sermos ricos...
... cagando e mijando... naturalmente...!


Edição: Paulo Passos 













domingo, 29 de dezembro de 2019

CAFÉ COM LETRAS - PORQUE FUI SAIR DOS COLHÕES DO MEU PAI



PORQUE FUI SAIR DOS COLHÕES DO MEU PAI
(Janiel Martins, RN/Brasil)

Oi Minhoquinha, Minhoquinha tu não está bem hoje!
Pois não Minhoquinha?
Tua cara não nega.

Porque fui, eu, sair dos colhões do meu pai?
Ele foi coisar e eu como sou atrevida, fui na frente dos meus irmãos e aqui estou.
Hoje acordei tão distante, que não tenho a mínima ideia de como voltar para mim.
Não consigo e nem quero saber onde os meus pensamentos têm ido.

Minhoquinha, nós somos muitos sensíveis.

Eu fico imaginando o alimento do corpo. 
É o pão. 
E o alimento da nossa imaginação é o quê mesmo? 
É coisar?

Isso é uma pergunta para mim, Minhoquinha? É que eu não sei responder!

É uma auto-pergunta. 
O alimento da nossa imaginação, na verdade, é o nosso querer.
O querer, na verdade, é um sentimento que nos dá força. 
Só que a força também enfraquece e nasce a fraqueza.
E como destruir a frequeza?

Não trocando o juízo com a fraqueza, Minhoquinha.

É verdade Minhoquinha.
Só que, Minhoquinha... ir é um caminho muito fácil. Qualquer um vai. O difícil da vida é voltar.

É mesmo Minhoquinha... 
... se fosse pela minha inocência...
... a minha mãe continuava a limpar a minha preguiça. 

Edição: Paulo Passos