sábado, 9 de abril de 2016

ASSADO DE PERÚ



Ingredientes:


- Perú (a quantidade que entender)
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 1 pimento / pimentão
- 1/2 malagueta ou pimenta
- Sal q.b.
- 1/4 de copo de vinho branco
- 1 tomate
- 2 folhas de louro
- Azeite
- Batatas
- Bróculos  (ou outro legume a seu gosto)



Modo de preparação:



Este assado foi feito com perú desossado e cortado aos pedaços, mas pode fazê-lo como entender, na absoluta certeza! 

Tempere, umas 3 horas antes de confecionar, o perú com o sal, o louro, a malagueta, o alho, o vinho e azeite (sendo o perú uma carne tendencialmente seca, se envolver azeite no tempero, ajudará a que fique mais suculenta).


Numa assadeira de forno, coloque a cebola picada, o pimento cortado ao seu gosto, bem como o tomate.
Adicione as batatas com um golpe a meio e sem descartar a pele.
Após juntar a carne e a marinada em que esteve, envolva tudo e cubra a assadeira com papel de alumínio.

Com o forno pré-aquecido a 180 graus, deixe cozinhar durante os primeiros 20 a 30 minutos.
Retire o papel de alumínio e aguarde que o dourado se encarregue do resto.

Coza os bróculos num tacho com água e sal, até que fiquem com a textura de serem sentidos ao trincar, sem se desfazerem...


Coloque os legumes e o assado, 
como entender, 
para que o sua requintada satisfação 
se difunda pelo ambiente.


Edição: Janiel Martins

sexta-feira, 8 de abril de 2016

SUSTENTO DA ALMA - RELAXE A SUA NOITE E O SEU DIA

Ilhéu da Vila Franca do Campo, Ilha de S. Miguel. Fonte da imagem: facebook.
O sono é uma função biológica determinante para o restauro instrumental e funcional.

Tem implicações directas e imediatas sobre a função psicológica em geral e, especificamente no que concerne aos afectos e aos estados de ânimo.

Reacções como depressão e/ou ansiedade podem ter, na subjacência, perturbações no equilíbrio e na qualidade do sono.

A higiene do sono é fundamental para a reposição dos níveis energéticos, 
de índole biopsicológica.

Acordar com sensações de fadiga, poderá ser um dos primeiros alertas de que o sono não está a ser eficaz para manter e promover o bem estar.


A irritabilidade, a saturação, a desmotivação, as perturbações na capacidade de concentração da atenção e de retenção de informação, o cansaço, a impaciência, a tensão constante, a insónia, as alterações da conduta alimentar, os sentimentos de insatisfação geral, o conflito fácil, a impulsividade, a intolerância, a frustração, o descontrolo, o desespero ... enfim, uma imensa panóplia de sinais e sintomas que, infelizmente, têm assolado os sistemas sociais, tanto pela fragilidade desses próprios sistemas, como pelas infelizes directrizes que, no cenário institucional e político, bem como no social e económico, são tomadas.


A falência ou inoperância ou deficitário cabal funcionamento dos sistemas, implicam e induzem a fragilização dos indivíduos e grupos populacionais.


O sono é um dos principais alvos destas ocorrências que, em acumulação de danos, produzem quadros patológicos, ou aglomerados sintomáticos, diversos que em nada corroboram com o bem-estar.

A higiene do sono, poderá ser um recurso de luta contra os efeitos nocivos subjacentes e consequentes.

O relaxamento deve ser tido como um meio de auxílio ao bem-estar e de combate às condições ansiogénicas, de onde derivam as alterações do sono e do dormir.

Exercícios respiratórios devem ser frequentes ao longo do dia e, como critério contributivo para higienizar o sono, deverá ser praticado, já na cama, com o ambiente de descontração criado.

Livre-se de roupas apertadas, de ruídos, de estímulos agressivos e aversivos, diminua a intensidade da luz, climatize o seu espaço e sinta-se com o pensamento concentrado nos exercícios de respiração que faz.

Se concentrar o pensamento nos exercícios que está a executar, não é possível surgirem-lhe, em simultâneo, pensamentos contrários aos que se esforça por ter. 
O cérebro não comporta a possibilidade de ter dois ou mais pensamentos contraditórios ao mesmo tempo.

Por vezes tem-se a sensação de que se pensa com conteúdos contrários, no mesmo momento. É apenas uma sensação! Não é possível essa contrariedade cognitiva. Assim, é sempre possível treinar o pensamento e canalizá-lo para onde é conveniente.

  Concentre-se e terá os benefícios.

Inspiração profunda e abdominal, feita pelo nariz.
Imagine que. na inspiração, está e interiorizar 
um potente elixir psicológico desinfectante e anti-tóxico.
Expiração barulhenta e feita pela boca. 
Imagine que, na expiração, está a expulsar
 as toxinas psicológicas de dentro de si.

Repita estes exercícios e sentirá que o relaxamento e a sonolência começarão a surgir! 

Faça-os com os preceitos indicados.

Não compensa treinar os exercícios respiratórios com intento de relaxamento, 
se ao lado está uma aparelhagem desmesuradamente aos gritos ...


Antes de preparar o momento de deitar e dormir, para além destes 
exercícios mentais e respiratórios, 
poderá complementar com um calmante suco.
Aliás, tanto poderá tomá-lo para facilitar o sono relaxante, 
como para ter um dia com a serenidade desejada.




Faça um chá / infusão (em qualquer mercado há, 
hoje em dia, uma grande variedade de infusões), 
com cidreira, tília, camomila, maracujá, casca de laranja e de limão. 
Deixe arrefecer.

Liquidifique uma banana, um abacate, 
três morangos, duas nozes (ou castanha de caju), 
sumo de uma laranja e de um limão e uma colher de chá de mel.




Misture a infusão, já fria, no liquidificador e ficará 
com um espesso chá frutado, ou um suco de frutas com chá, 
glorificado pelo excelente efeito calmante. 

Beba com muita tranquilidade e com o pensamento centrado nos sabores!


Bom proveito e bom treino de sono e de vida ... ah!
 ... não descarte o exercício físico!

... não descarte a felicidade ... não descarte o amor e o sexo!

... não se descarte dos prazeres!

Evite ambientes poluídos! Evite ambientes poluídos, sonora e socialmente!

Não alimente conflitos e denuncie, assertivamente, quem os gera!

Viva em verde! Arborize-se!

Tonifique-se física e psiquicamente!
Desintoxique-se, psicológica e biologicamente!

Desenterre-se do fétido lodo social! 
Solte-se das falsas e dispendiosas seguranças!
Assuma que a tensão psicológica e a ansiedade acumuladas
 ao longo do tempo, 
são contributos para a depressão.

Faça uma declaração de guerra aos nefastos açúcares e gorduras.
Faça uma declaração de guerra às desigualdades, às injustiças, às corrupções 
aos atentados à liberdade.
Faça uma declaração de guerra à ansiedade e aos distúrbios emocionais.
Desista de ser vítima dessas maleitas!

Viva com a glorificação das pluralidades, da nobreza e honestidade de carácter.  

Viva! 
Viva e mexa-se! 
Não desperdice tempo com pena de si!

Boa Noite! ... Bom Dia! 

Edição: Janiel Martins

quinta-feira, 7 de abril de 2016

CAFÉ COM LETRAS - BARCELOS: UMA LIÇÃO DE PORMENORES (PARTE II)


  
Chegar a Barcelos é, para quem ficou com a cidade, uma reposição da calma que a ânsia de regressar não permite ter.


É como chegar a casa depois de uma temporada fora.


O conforto da chegada, transforma o desejo numa satisfação que enobrece as 
mais variadas emoções.



Repete-se a liberdade de circular, de olhar, de estar, de sentir e viver os locais que já pertencem aos nossos interiores.


A ausência tem algumas particularidades que nos conferem segurança. Há como que um adormecimento do real, permanecendo apenas os valores que cada um filtra para sua própria protecção e satisfação. É a dominância da gratificação face ao desencanto.


A presença, activa todas as representações, numa ânsia certificativa de que tudo está como foi deixado. Tudo se mantém nosso!




Em Barcelos, esta particularidade é tão evidente que, ao revisitar a cidade, sinto sempre necessidade de me circular sozinho, para unificar os carinhosos laços existentes entre a cidade e o meu sentimento por ela.






Preciso, indubitavelmente, de circular, de me circular nela e comunicarmos num namoro que só a nós pertence. O aconchego das nossas trocas de secretos murmúrios, unificam-nos, fortalecendo a pertença à cidade, ficando a cidade como referência. É coesão, sim! É fusão.  
O que poderá ser repetido, ainda que invariável, tem sempre novidades para contar. 
Só a familiaridade existente entre nós, permite sentir a cumplicidade por nós já alcançada.









Um passeio, independentemente das condições climatéricas, envaidece-nos na grandiosidade de quem ama e ama com segurança.
A cidade veste-se, ao meu olhar, num provocatório traje de elegância e de beleza que, dos seus mais ínfimos requintes, transbordam ondas de encantador charme e de humor reluzente para ânimo e gáudio do nosso novo encontro.





Foi uma notável manhã que passei, vagueando pelo centro histórico da cidade, enquanto aguardava por uns amigos, para almoçarmos.

Fui conversando com a cidade. A cidade foi conversando comigo, indicando-me, como sempre acontece, qual o itinerário a seguir.
Eu só me deixei levar.









Sugeriu-me pormenores que mereceram representação. 

Fui olhando, com a curiosidade convidativa da cidade. Era num murmurar baixinho que ele me soprava no ouvido, dirigindo-me, carinhosamente, o olhar para os pormenores que lhe chamavam à atenção e que achava ser eu, merecedor de ser o seu parceiro de partilha.



De entre os inúmeros estímulos que uma rua pode ter, estão sempre outros tantos que, pela riqueza do pormenor, activam as valorizações e corrigem prioridades.

Alguns desses estímulos foram fotografados, com a soprada indicação incansável e sorridente da cidade, no meu ouvido...




São duas matérias sobre este assunto: "Barcelos, uma lição de pormenor", tendo sido a primeira crónica dedicado a elementos filiados na escultura e na arquitetura e já publicada neste site

Esta publicação é a segunda crónica e incidirá em elementos, predominantemente, de índoles arqueológicos e de diversos manifestos de artes.


Sugerindo um escutar a cidade e um olhar atento ao que ela diz, encontra-se, garantidamente, muito material de nobreza psicológica, artística e cultural.






Preciosa manhã de namoro ...

Sugere-se a experiência!



Bem haja ... bela e acolhedora cidade de Barcelos!


Fonte das imagens: Janielson Martins













   

quarta-feira, 6 de abril de 2016

CATAPLANA DE PEIXE


Uma cataplana é um recipiente típico de Portugal, especificamente da Região do Algarve, a sul do país. 

Contudo, hoje em dia, este utensílio está difundido por todo o Portugal.

É uma ferramenta de cozinha e, no seu registo funcional, tem muitas semelhanças com a tajine marroquina. 


Sendo que, a cataplana é composta por duas partes côncavas, que se encaixam através de uma dobradiça, onde as duas alças laterais de segurança, garantem que o recipiente se mantenha fechado, enquanto ao lume.


Apesar do significante "cataplana" se referir ao utensílio, está tão banalizado sob o ponto de vista da linguagem, que se designa "cataplana" qualquer refeição aqui confeccionada.




Ingredientes:

- 2 tomates
- Peixe (a gosto)
- 5 batatas
- Sal q.b.
- 1/2 pimento
- Vagens q.b.
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- Malagueta q.b.
- Colorau q.b.
- 2 folhas de louro
- Azeite







Modo de preparação:

Na cataplana, deite a cebola cortada às meias rodelas, 
os dentes de alho picados, 
o pimento cortado às tiras, a malagueta,
o louro, o colorau e o azeite.


Envolva bem todos estes ingredientes e vá acrescentando as batatas cortadas aos cubos,  os tomates grosseiramente cortados, as vagens cortadas em 3 partes e incorpore tudo com alguma delicadeza, de modo a que não se desfaça nenhum dos componentes.
Adicione o sal e volte a envolver tudo, com a ternura que a sua sensação lhe exigir.
Finalmente, junte as postas de peixe, cortadas aos pedaços e, muito suavemente, 
misture com o preparado.


Feche a cataplana e, em lume brando, deixe cozinhar.
Abra-a na hora de servir.


Cuidado com o vapor escaldante que sai, ao abrir a cataplana.

Deguste-se, como lhe apetecer!

Fonte das imagens: Janielson Martins