Relembrando um desonesto, vergonhoso, infeliz e triste
período da História do Brasil ...
período da História do Brasil ...
... para não cair no esquecimento,
de modo a que JAMAIS se repita.
Impedir, infinitamente, novas roupagens ditatoriais, é uma função nossa, do Povo Brasileiro!
As ditaduras são ...
castradoras de honras e de identidades...
reclamam o silêncio porque não sabem falar...
grunhem, como grunhe tudo o que é medroso...
parem o medo que lhes vem das podres entranhas.
As ditaduras são ...
castradoras de honras e de identidades...
reclamam o silêncio porque não sabem falar...
grunhem, como grunhe tudo o que é medroso...
parem o medo que lhes vem das podres entranhas.
É DE RELEMBRAR, ÀS MENTES MAIS ESQUECIDAS,
QUE O BRASIL É DO POVO BRASILEIRO.
Só há uma elite no Brasil: O POVO !
Que fique tatuado em todas as memórias e consciências !
Só há uma elite no Brasil: O POVO !
Que fique tatuado em todas as memórias e consciências !
A ditadura militar no Brasil (1964 a 1985)
teve o seu início com o golpe militar de 31 de Março de 1964, resultando no
afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o
Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens
afinados como uma revolução, instituiu no país uma ditadura militar, que durou
até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o
golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
(“Comunismo”, entenda-se, é um
significante que, etimologicamente provem do termo em latim comunis
e tem o significado de “comum”, onde todos têm os mesmos direitos e
deveres, valores consagrados em assembleias de auxílio mútuo, ou comunas.)
A ditadura militar
no Brasil foi o período da política brasileira em que os militares governaram o
país. Caracterizou-se pela falta de democracia, pela supressão de direitos
constitucionais, pelo uso e abuso da censura, pela perseguição política e
repressão sobre os que se posicionavam contra o regime militar.
DITADURA = ABUSO = REPRESSÃO = CORRUPÇÃO = MENTIRA
As
ditaduras acobardam-se perante o resgate da liberdade, da justiça, do honesto direito,
da democracia, da igualdade, da livre expressão, da fraternidade, da
civilização, do civismo, do respeito, e de todos os valores que intimidam o
medo!
Quem
quer ditadura?
Os/as eleitos/as pelas moléstias do caráter.
Os/as que lidam bem com
as atrocidades, as injustiças e as desigualdades.
São eles/elas:
Os/as eleitos/as pelas moléstias do caráter.
Os/as que lidam bem com
as atrocidades, as injustiças e as desigualdades.
São eles/elas:
Os inacabados, os verdadeiros inferiores, os incapazes, os menores, os cobardes, os mentirosos, os inválidos da maturidade ambiental e comunitária, os medrosos da igualdade, os tementes da justiça, os tiranos, os
psiquicamente sarnosos, os falsos e gordurosos subjugados, os abusadores do poder, os ladrões de direitos e de riqueza coletiva, os desprovidos de dignidade e
nobreza, os hipócritas e falsos benfeitores, os desonrados à nascença, os que
ladram poder, os que estão abaixo de fungo … as falsas mulheres e os falsos homens
… !!!
Eu
luto! … Eu lutarei!
Tu
lutas! … Tu lutarás!
Ele/Ela
luta! … Ele/Ela lutará!
Nós
lutamos! … Nós lutaremos!
Vós
lutais! … Vós lutareis
Eles/Elas
lutam! … Eles/Elas lutarão!
…
PELA JUSTA E NOBRE LIBERDADE E IGUALDADE …
... SILENCIAR A VERDADE É UMA FORMA DE DITADURA ...
Manifestos e lutas,
em forma de poesia de intervenção, contra o estado ditatorial, autoritário e desprovido de liberdade
e de justiça, no Brasil em estado da ditadura militar,
cantados por algumas das
múltiplas grandiosas vozes do nosso Brasil.
Mosca
Na Sopa
(Raúl
Seixas)
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar
E não adianta
Vir me dedetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão!"
Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
E não adianta
Vir me dedetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar
Mas eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
(Geraldo Vandré)
Caminhando e
cantando
E seguindo a
canção
Somos todos
iguais
Braços dados ou
não
Nas escolas, nas
ruas
Campos,
construções
Caminhando e
cantando
E seguindo a
canção
Vem, vamos embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Pelos campos há
fome
Em grandes
plantações
Pelas ruas
marchando
Indecisos
cordões
Ainda fazem da
flor
Seu mais forte
refrão
E acreditam nas
flores
Vencendo o
canhão
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Há soldados
armados
Amados ou não
Quase todos
perdidos
De armas na mão
Nos quartéis
lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela
pátria
E viver sem
razão
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Nas escolas, nas
ruas
Campos,
construções
Somos todos
soldados
Armados ou não
Caminhando e
cantando
E seguindo a
canção
Somos todos
iguais
Braços dados ou
não
Os amores na
mente
As flores no
chão
A certeza na
frente
A história na
mão
Caminhando e
cantando
E seguindo a
canção
Aprendendo e
ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
Vem, vamos
embora
Que esperar não
é saber
Quem sabe faz a
hora
Não espera
acontecer
A Hora e a Vez do Cabelo Nascer
(Os Mutantes)
Venha ver as
minhas cores
Ah... tá na hora
do cabelo nascer
Hateei o meu
cabelo
Ah... foi aí só
que
Fiquei sabendo
das coisas
O meu cabelo é
verde-amarelo
Violeta e
transparente
A minha caspa é
de purpurina
Minha barba
azul-anil
Venha ver as
minhas cores
Ah, tá na hora
do cabelo nascer
O Bêbado e a Equilibrista
(Elis Regina)
Caía a tarde
feito um viaduto
E um bêbado
trajando luto
Me lembrou
Carlitos
A lua tal qual a
dona do bordel
Pedia a cada
estrela fria
Um brilho de
aluguel
E nuvens lá no
mata-borrão do céu
Chupavam manchas
torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com
chapéu-coco
Fazia
irreverências mil
Pra noite do
Brasil
Meu Brasil!
Que sonha com a
volta do irmão do Henfil
Com tanta gente
que partiu
Num rabo de
foguete
Chora
A nossa Pátria
mãe gentil
Choram Marias e
Clarisses
No solo do
Brasil
Mas sei que uma
dor assim pungente
Não há de ser
inutilmente
A esperança
Dança na corda
bamba de sombrinha
E em cada passo
dessa linha
Pode se machucar
Azar!
A esperança
equilibrista
Sabe que o show
de todo artista
Tem que
continuar
Alegria, Alegria
(Caetano Veloso)
Caminhando
contra o vento
Sem lenço e sem
documento
No sol de quase
dezembro
Eu vou
O sol se reparte
em crimes
Espaçonaves,
guerrilhas
Em cardinales
bonitas
Eu vou
Em caras de
presidentes
Em grandes
beijos de amor
Em dentes,
pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte
Bardot
O sol nas bancas
de revista
Me enche de
alegria e preguiça
Quem lê tanta
notícia
Eu vou
Por entre fotos
e nomes
Os olhos cheios
de cores
O peito cheio de
amores vãos
Eu vou
Por que não, por
que não
Ela pensa em
casamento
E eu nunca mais
fui à escola
Sem lenço e sem
documento
Eu vou
Eu tomo uma
Coca-Cola
Ela pensa em
casamento
E uma canção me
consola
Eu vou
Por entre fotos
e nomes
Sem livros e sem
fuzil
Sem fome, sem
telefone
No coração do
Brasil
Ela nem sabe até
pensei
Em cantar na
televisão
O sol é tão
bonito
Eu vou
Sem lenço, sem
documento
Nada no bolso ou
nas mãos
Eu quero seguir
vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por
que não?
Por que não, por
que não?
Por que não, por
que não?
Cálice
(Chico Buarque)
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
De vinho tinto
de sangue
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
De vinho tinto
de sangue
Como beber dessa
bebida amarga
Tragar a dor,
engolir a labuta
Mesmo calada a
boca, resta o peito
Silêncio na
cidade não se escuta
De que me vale
ser filho da santa
Melhor seria ser
filho da outra
Outra realidade
menos morta
Tanta mentira,
tanta força bruta
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
De vinho tinto
de sangue
Como é difícil
acordar calado
Se na calada da
noite eu me dano
Quero lançar um
grito desumano
Que é uma
maneira de ser escutado
Esse silêncio
todo me atordoa
Atordoado eu
permaneço atento
Na arquibancada
pra a qualquer momento
Ver emergir o
monstro da lagoa
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
De vinho tinto
de sangue
De muito gorda a
porca já não anda
De muito usada a
faca já não corta
Como é difícil,
pai, abrir a porta
Essa palavra
presa na garganta
Esse pileque
homérico no mundo
De que adianta
ter boa vontade
Mesmo calado o
peito, resta a cuca
Dos bêbados do
centro da cidade
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
Pai, afasta de
mim esse cálice
De vinho tinto
de sangue
Talvez o mundo
não seja pequeno
Nem seja a vida
um fato consumado
Quero inventar o
meu próprio pecado
Quero morrer do
meu próprio veneno
Quero perder de
vez tua cabeça
Minha cabeça
perder teu juízo
Quero cheirar
fumaça de óleo diesel
Me embriagar até
que alguém me esqueça
É DE RELEMBRAR, ÀS MENTES MAIS ESQUECIDAS,
QUE O BRASIL É DO POVO BRASILEIRO.
O BRASIL É DOS BRASILEIROS.
TODO O BRASIL É POVO E DO POVO BRASILEIRO.
O BRASIL É DOS BRASILEIROS.
TODO O BRASIL É POVO E DO POVO BRASILEIRO.
Fonte da cronologia e das imagens: internet
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