quarta-feira, 23 de março de 2016

SUSTENTO DA ALMA - AMOR COM EFEITO DE VIDA


AMOR COM EFEITO DE VIDA

Às vezes curvado
Once upon a time … era uma vez …!!!...

Era uma vez um homem com um pouco mais que 20 anos de idade, na plenitude da sua existência.

Era um homem simples e humilde, como se diz nas míseras e desentendidas linguagens sociais e diferenciadoras, quando se quer diminuir uns, para salientar outros e o/a próprio/a palrador/a.

Certo era, contudo e a propósito, que esse homem era o portador do desígnio da elegância e da beleza.

Enfeitiçava o ambiente com a sua passagem. Enfeitiçava o feitiço.

A expressão que lhe advinha do rosto trespassava o condão da magia, com a facilidade da luz.

Outras vezes virado ao contrário
Trazia os gestos impregnados da majestosa riqueza de mobilidade, que somente a leveza da masculinidade de deuses poderá exibir. É o homem.

Era a materialização da beleza, da candura, da tez exacta em perfeição de traços, num rosto de equilíbrio escultural, raiando o chamamento do brilho que circulava ao seu redor.

Atraía tudo o que era radiante.

Esse homem trazia em si a angélica melodia que soa e ressoa na musicalidade do divino e do terreno.

Era a expansão dos desejos e das aspirações.
Por vezes escondido

Era a sintonia do requinte e do império do belo.

Movia-se numa aura de conjugações e elementos ricamente ordenados e implementados pela elegância e pela beleza.

Era o homem exclusivo da beleza.
Era o homem exclusivo da elegância.

A tonalidade da sua genuína existência era a tonalidade da pureza, da cristalinidade, abrindo-se caminhos de cores e de odores, perfumados pela sua aproximação, por onde circundasse.

Noutras encolhido
As vias eram por ele perfumadas, o ar era por ele purificado, o chão era a aconchegante nuvem que ele acariciava com os pés. Pés de uma beleza infinita, de uma beleza estatual. Pés que o ligavam à Terra, sem que o desligassem do Céu.

Dele advinham todas as manifestações do belo, do perfeito, do equilíbrio, da harmonia. Era a aura da pureza, elegância e beleza, ..., era o mais puro cristal, feito homem!

Debitava o auge da categorização, através da simplicidade de tudo o que é belo, como só a simplicidade o pode fazer.

A pujante beleza e elegância que dele jorrava, não foi adquirida, tinha-as nos genes. Eram ele!
Ele era feito de beleza. 
 
Tinha, contudo, um conceito de si, antagónico do que lhe transbordava e que lhe era merecido. 
Certo é que, adiante-se, nunca ou raramente, a modéstia, a elegância e a beleza andam juntas, a não ser nas esferas do Olimpo, seguramente o local de proveniência desse homem.

Achava-se, de certo modo, uma menos-valia perante os outros, achava-se retraído, era inibido, inseguro, impedia-se do seu genuíno direito, vivendo no meio do sentimento do frio desamparo e da isolada descoloração.

Estavam sem cor, os passos que dava e a respiração que o mantinha vivo! Porque ele, tendo-a, não conhecia a cor.

Estava em revolta silenciada, sem o manifestar por cravada falta de noção de direito e de injustiças tatuadas, consequência evidente das tinhosas, castradas e pérfidas regras e valores de conduta e organização sociais.

Nunca, jamais, algum miserável estilhaço desses corrosivos valores e regras conseguirão atingir a proximidade da riqueza, da elegância, da beleza e da nobre constituição de carácter que, naturalmente, por ele era debitado ao existir. Só na lembrança do nome, não era preciso ele estar presente.

O desamparo estava plasmado. Sim, estava, mas não o derrubava. Como se derruba o belo? Como se derruba o sol?Como se derruba este homem?
Luminosamente renascido

Por vezes cabisbaixo, procurava, procurava-se mas já se tendo, sem contudo o saber.

Sempre foi o seu dono.

Mas era o desamparo, que o tentava moldar. Infeliz desamparo, condenou-se ao insucesso. Como se molda um raio de luz?

Com as desejadas cumplicidades 
Esse homem trouxe para a Terra o poder da inspiração, com a simplicidade e a nobreza do seu encanto de carácter. Não só do carácter. Não, não só! Trouxe para a Terra o poder da felicidade em belo, em justo, em equidade e em liberdade. Só o belo e simples podem ser livres. 

Esse homem era a liberdade em corpo, a majestosa liberdade vivida no formato de homem. A majestosa justiça vivida no formato de homem. A majestosa beleza vivida no formato de homem.

Bebeu o ar adiamantado e alimentador dos supremos do Olimpo.

Palma e machado nos genes
(Florescência e Protecção)
Espada e bastão nos genes
(Poder e Honra)
Sentiu que o amor lhe aurava a essência.

Deixou que Cúpido lhe aliviasse a compressão na alma. Autorizou ser alvo da sua seta.
Foi picado pela vida. Sangrou paixão. Sangrou amor. Fez sangrar paixão. Fez sangrar amor. Jorrou-se em vida.

Vida que só o seu corpo sabia, carregando a poderosa leveza da elegância e da beleza. 

Vida que a alma sonhava mas não brilhava.

Vingou, numa rampa íngreme e quente, num olhar cruzado, num ímpeto aconchego do olhar da sua beleza.

Pernoitou na confabulação e na incerteza.
Pernoitou também na ânsia do expectante desejo e satisfação. 

Deixou-se ir. Deixou-se lamber por essa quente e densa aragem. Foi recebido pelo amor. Amor transformado em vida.

Floriu o que já era flor
Floriu o que já era flor.

Era um homem perdido, sem o estar.

É um homem amado e encontrado.











Verticalizou a sua já verticalidade

Verticalizou a sua, já, verticalidade. 
  
Honrou.
Honra e honrará. 
Como apenas os nobres eleitos podem fazer.

……….     ……….     ……….

Beijo perpetuado
Once upon a time … era uma vez …!!!...

Era uma vez um homem com um quarto de século de idade, na eterna plenitude da sua existência…

É um homem exaustivamente belo, elegante, nobre, feliz e atraente de todas as mais-valias e qualificações da justiça, da liberdade, da igualdade e com uma rara expressão de competência, para as esferas mais delicadas da convivência – a serenidade da naturalidade e da sinceridade.


Trás em si a corporalização da beleza e da galantaria.



É filho da Honra.












Fonte das imagens: Janielson Martins
Texto: Paulo Passos

É filho da Justiça.

É filho da Nobreza.

É filho da Liberdade.

É amante da paixão e do amor. É amado. 
É. É amado ...!











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