Autorizado o uso deste texto divulgado, originariamente, em:
https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/04/desorganizadores-laborais-e.html
Paulo Passos
Psicólogo Clínico
Braga / Portugal
"Público ao que é público.
Sensualidades em aflição e em manha.
O
espaço laboral, enquadrado na institucionalidade, exige e exige-se num adequado
e equilibrado padrão de relacionamento inter-pessoal, respeitando os
determinismos que justificam a existência profissional, desempenhada por
sujeitos cuja formação, desenvolvimento e maturidade da personalidade sejam
factologia e num paralelo constante com os requisitos e desígnios da
competência profissional.
Contrariamente
à majoração do equilíbrio entre o relacionamento e a produtividade, fomentada
em determinante, tem, a institucionalidade, opositores num pacote de condutas
desviantes dos intentos que parasitam e paralisam espaços laborais, fruto do
domínio de idiossincrasias, de aproveitamentos indevidos, de interesses
obscuros, de desconhecimento, do amadorismo ou caseirismo e da
inércia/incapacidade (conveniente ou inconveniente) das estruturas de
liderança.
Os contributos da Psicologia Organizacional e do Trabalho estão
inclusos no conhecimento e fomentação, de práticas articuladas entre a
maximização da produção e do relacionamento motivador e partilhado, porquanto
que os contributos da Psicologia Clínica estão centrados na oferta de meios diagnósticos/identificação,
facilitadores de promoção de consciencialização que se canalizam à mudança e
aperfeiçoamento.
A
conflitualidade intra-psíquica e inter-pessoal (nos trabalhadores, entre
trabalhadores e entre trabalhadores e utentes) que abonam os meios laborais,
merece ser identificada e clarificada, de modo a que os intentos de outrem
servir, se maximizem na plenitude do prazer pelo trabalho.
Clarificar
(diagnosticar e seleccionar) o impacto (eventualmente clínico) na caracterização
do dinamismo dos factores da personalidade e consequente ressonância no
relacionamento e ambiente, é um intento deveras e amiúde desconsiderado, mas…
cuja essência poderá ser a raiz da corrosão do espaço laboral sobre o que,
merecidamente, se devem apurar os manifestos para o extermínio dos ruídos e
indefinições institucionais onde, lamentavelmente, tantas e tantos se
ancoram.
A
questão centra-se na potenciação da conjugação dos critérios relacionais e
produtivos, apetrechando os intervenientes de instrumentos ajustados (isentos
de cariz de interesse subjectivo) para o exercício salutar e cabal das funções,
no registo do respeito, da maturidade, da viabilidade da actualização das
próprias representações mentais… numa institucionalidade que se inteira
justiceira da harmonia, equilíbrio, espírito de equipa e de gregarismo,
competência… canalizando o prazer em servir o que de público se enforma.
Inacabamentos
e incompletudes de personalidades; feitios em defeito ou defeito em feitios;
corpos amordaçados como ferramenta de acting-out e passagens ao acto no formato
de sintomas… que se enformem nos próprios pacotes de enfermidade doméstica de
cada um… mas jamais em co-habitação e fomentação de toxicidades em territórios
laborais e institucionais.
Farejam-se à distância mas.... trata-se
sempre de um terreno minado e armadilhado pelas próprias criaturas que,
inicialmente, se mostram travestidas pelo "conveniente e empático"
representante.
... predisposições e rasgos dos desígnios psicopáticos ... in
action...
Público ao que é público."
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