NU SILÊNCIO (I)
(Janiel Martins, RN/Brasil)
É no silêncio
Que surgi
É no silêncio
Que surgiram as estrelinhas
É no silêncio
Onde tudo acontece
Foi no silêncio
Que surgiu o tudo
Poof poof ...black
Pára de me fazer medo, doido!
Tavas cantando, doida?
Estava pensando em voz alta.
É engraçado, não precisamos falar pra escutarmos.
É o quê, doida!
Deixa de ser abestalhado Francivaldo.
Esses dias eu estava vendo eu falando, sem estar falando.
Agora que complicou, "vendo falando", vai continua!
Eu estava falando e não estava usando a boca.
Estavas a pensar!
Eu sei, só que também estava falando.
Falar e pensar é a mesma coisa!
É nada, doido, eu fiquei pensado: já que eu não preciso de boca para falar as coisas também podem pensar e falar. Será José Francivaldo?
Vamos falar com as plantas?
As plantas não, as plantas já pensam e sentem, tu nunca prestou atenção como as plantas e as árvores se vestem tão bem?
Vamos, então, começar com as rochas.
O vento atravessa?
O vento acho que não, mais a frieza sim.
Oh meu deus, porque tu foste falar isto é tão ruim sentir frio, dói a alma.
Chora não doida, vamos desenhar dois olhos e nariz e uma boca nela, pra ver se ela consegue falar connosco.
E os pés e as mãos.
Pode ser.
Uau pedra, como tu tais forte.
Agora já podes falar comigo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário