OLHO DE SOL
Acorda doida!
Mergulhei o pensamento e rodou, rodou de frente e comecei a alimentar-me do sol.
Estais a comer fogo?
Não, é um óleo que sol libera e nós precisamos dele. Só que é tão delicado que mal senti o sabor, o cérebro organizou para mim e pensei ser um óleo bem delicado com um sabor leve a enxofre, com um toque, mais leve ainda, a fumaça. É tão bom comer sol, não caímos. Vamos até a um lugar onde escutamos o som do cérebro a explodir, explodir não, a estrelar, gosto desta paz.
Nem pareces Brasileira Doida, até pareces uma pessoa nórdica.
Realmente o silêncio da Europa é bom, traz-nos conforto e proteção.
O barulho é sinónimo da falta do eu, parecendo uns loucos substituindo o eu por uma coluna de som no último grau do volume. É tão pobre esta cena.
Gosto tanto das cobras indo para o seu canto depois de se alimentarem. As formigas têm um requinte de organização tao perfeito que me alucina, levando-me até um formigueiro.
Estais a falar a sério, doida, ou é o sol de que tu te alimentas que faz isto?
Pensa antes algo bonito. Será que é o acúmulo deste óleo do sol que nos faz pensar?

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