(Original de Paulo Passos, em: https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2025/07/a-pisca-pisca.html)
ERA UMA VEZ UMA
INSTRUTORA DE UM PROCESSO...
Um processo que
tinha cara de sério mas todo esbardalhado na sua interioridade, feirado por
algumas queixosas e imaturas psicólogas (diz-se!) e por alguém travestida de
instrutora. Alheadas de qualquer compromisso com o trabalho, esgotavam-se em
aparentar um compromisso sólido, e eficaz na representação, com o emprego.
...
Estava, a
instrutora do processo, bem longe das intenções e das possibilidades destas,
tanto institucional como academicamente. Ficou-se, como já habituada, pelas
sobras.
PRISCILA
PISCA-PISCA era mais um senão do academismo português (formada em Direito,
dizia, por uma qualquer universidade), materializado na
institucionalidade pública.
Conhecida por
Pisca-Pisca, não só pela razão do sobrenome, mas também pela facilidade com que
manipulava a intermitência entre a lógica e os seus feitios (de corpo e de
alma).
Era uma
intermitência regular, sendo que, em arena, a primeira sofria e falia (feitio
de corpo) por imposição da segunda (feitio de alma).
Era o jeito de
Priscila e no qual Priscila acreditava e bem se movia.
Colocadas as
hipóteses:
H.01
– A criatura é incompetente e negativamente discriminatória. (Cedência ao
preparado “drama de opereta” – lamúria, choradinho, vitimização e
representações afins, pela parte das psicólogas (e demais em eventualidade) em
questão).
H.02
– A criatura é manipulada pelas queixosas.
H.03
– A criatura sonega, deliberadamente, ocorrências, considerando outras, num
diferencial axiológico discriminatório, para o apuramento e descrição de
factos.
H.04
– A criatura inverte o sentido (lógico, dos valores e dos critérios que regem a
protecção institucional) do processo de inquérito, acusando e desconsiderando o
denunciador.
H.05
– A criatura está distraída ou é precipitada.
H.06
– A criatura é preconceituosa.
H.07
– A criatura é sexista no seu sentido feminista (aproveitamento da função de
relatora para benefício de um género).
H.08
– A criatura é tendenciosa/parcial
H.09
– A criatura confunde histórias narradas com histórias vividas.
H.10
- A criatura negligencia as denuncias e valoriza os enfeites de narrativas de
conveniência.
H.11
– A criatura promove a glorificação do incumprimento.
H.12
– A criatura legitima a mediocridade.
H.13
– A criatura julga.
H.14
- A criatura é, indubitavelmente, incompetente e nada deve ao mérito.
H.15
- A criatura tem mérito profissional.
H.16
- A criatura compensa-se pela doença do carácter.
H.17
- A criatura é incompleta.
Todas confirmadas... à excepção da hipótese H.15.
...
Priscila (Pisca-Pisca) sofria com as dores dos joanetes que, mais uma vez,
foram causadas pela insistência de usar sapatos que não estavam para o seu
amplo pôr de pé. Apertavam. Traiu-se, de novo.
Estava habituada. É parte integrante da imensidão da mediocridade que assola o
espaço.
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