Fonte da imagem: Janiel Martins
RIO GRANDE DO NORTE / BRASIL
FONTE DOS VERSOS
FONTE DOS VERSOS
Fonte da imagem: Janiel Martins
(Fonte informativa da lista de autores (google):
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/rio_grande_norte.html)
POETISAS E POETAS
RIO GRANDE DO NORTE
Fonte da imagem: Janiel Martins Alguns trovadores ... com a humildade e a igual representação de TODOS os trabalhadores da(s) Palavra(s), das (des)Rimas, (des)Métricas e (a)Simetrias, dessas Palavras e Versos escritos e trovados com Liberdade e Sentir, paridos por este e neste, como legados, Estado do Nordeste do Brasil, RIO GRANDE DO NORTE
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Auta de Souza, RN / Brasil (1876 - 1901) Fonte da imagem: google.
O BAIRRO DAS ROCAS
(Nei Leandro de Castro, RN / Brasil)
- O povo das Rocas é visto
pelo galo, ao amanhecer.
A manhã ali se põe
De pé antes de querer.
Ou seja, ali a manhã
não mais serve ao seu fim:
em vez de acordar, acorda-a
o mestre Valentim.
No cais do Canto do Mangue
é água mansa do rio,
apenas arrepiada
por uma onda de frio:
a pele cortada pela
lâmina corrente de ar
que sobre o dorso das águas
desce da noite do mar.
Dali os veleiros partem
todos a uma só hora
e transpõem a barra antes
que a transponha a aurora.
A mulher que permanece
não espera pelo homem.
E tudo tão rotineiro
como sua antiga fome
ou como o feto anual
que intumesce seu ventre
ou ainda como a morte '
de um tísico, seu parente.
Meninos sujos, sem cor
definida, fazem festa
nas poças frias de lama
da Rua da Floresta.
O galo da torre, olhando,
humanamente tece
um canto rubro de amor
às crianças., Mas permanece
porque feito de metáfora
silente, na altaneira
torre cinza de azulejos.
E depois olha a Ribeira.
Paulo Augusto da Silva, RN / Brasil (1950) Fonte da imagem: google.
ATENTADO AO PUDOR
(Paulo Augusto da Silva, RN / Brasil)
Para prender-me
a polícia
por a-tentar
— o pudico e ávido
público
termina por decifrar
a mensagem
dos órgãos de segurança
sexual
e mergulha
sob as cobertas
comigo.
Deliciosamente infratores
simultaneamente
gozamos
entre relinchos, unhadas,
beijos e coronhadas.
VIDA - MEDO
(Paulo Augusto da Silva, RN / Brasil)
Olho para ele embevecido.
Ânsia voraz de agarrá-lo.
AS BARREIRAS.
Busco seu olhar,
fugindo, fugindo, fugindo.
Nessas horas, persevero.
AS BARREIRAS.
Vou para o outro lado.
Mudo a tática.
Deixo-me ver à luz do sol.
Os olhos, fugindo
— a chance, fugindo.
Sempre as barreiras, sempre.
É preciso ter consciência
de nossa profunda inutilidade
para suportar o estabelecido.
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(João Felinto Neto, RN / Brasil)
Se o amor é uma palavra abstrata,
por que a dor
é tão física?
Por que a carne
é tão fraca?
Entre nós,
impressões desfeitas.
Entre outros,
o fio da meada.
PERFIL
(João Felinto Neto, RN / Brasil)
Tocasse a vida
com sua mão
em uma tinta turva,
e contornasse em sinuosa
curva,
uma forma definida,
traços que marcam uma silhueta:
Testa, nariz,
lábios e queixo,
olho e orelha,
restauraria seu perfil.
Lábios calados,
olho vazio,
nariz sangrando,
testa febril,
queixo quebrado
e orelha de abano.
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Fonte da imagem: Google
(Janiel Martins, RN / Brasil)
Elefantinho figurança
aconchego em residência
Estado que celebra Nordestando
honras em valores
deste que te é Brasilis.
Fronteiras a Oeste no Ceará
a Sul com a Paraíba
e a Este e a Norte
lambido e beijado estás
em Atlânticos banhos indo.
Ligas pelo Alto Oeste
sensibilidades proboscídeias,
levas memórias e ensinos
na linha do Apodi
Sertão do Apodi,
cerebreias no Assu
este que é de Mossoró,
por Seridó tens motor
e pelo Agreste Litoral Sul,
fecundas por Trairí,
com bases em Potengi,
imponentas em Mato Grande
equilibras pelo Sertão Central
que é de Cabugi e Litoral Norte,
e potiguas em Metropolitana Natal,
medidas geográficas unificantes
Estado que és cá e lá
interior com costa
chão vermelho
de pó de rubi
Rio Grande do Norte
assim.
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