Texto original de Paulo Passos
Em: https://sai-qolo-gi.blogspot.
" Crianças tão domáveis quanto o poder da doença da resignação possa exigir.
Crianças tão indomáveis quanto o são e prazeroso feitio (de corpo e de alma) determine.
A subjugação aos dogmatismos relacionais e educacionais pré-definidos, num arcaísmo acrítico, são mecanismos ditatoriais sustentados pela crença e valorização de um banal “bem-feitorismo” (que começa em casa, continua na escola e segue nos meios sociais próximos e alargados…), registado na sua hábil tacanhez de intenções e de competências, enquadrado num cenário impositivo e de intento castrador…!
A
identificação de práticas de relação (no manifesto ou no determinismo do
latente), onde a criança é elemento interveniente, está o motivo do presente
texto (*), na sua vertente de inventariação e sistematização dos discursos e
das posturas psicológicas que sustentam as variedades dessas (valorizadas)
práticas.
A análise de conteúdo dos
registos de observação, bem como a interpretação dos significados, atribuídos
às modalidades de valorização histórica, social, antropológica e cultural,
estão na base dos constructos dos padrões comunicacionais, que se identificaram
e deram motivo ao presente texto.
Foram inventariadas expressões,
verbalizações de pareceres e relatos de relação (directas ou por tradução
clínica), as posturas inerentes às práticas relacionais, bem como os mecanismos
de condicionamento, no contexto do cumprimento dos processos (dogmáticos) de
influência interactiva.
A estruturação do texto enquadra-se na divisão e saliência (do que inventariado e sistematizado), no quadro das práticas sócio-familiares de interacção, tendo a criança como um dos intervenientes, organizando-se nos seguintes desígnios:
- Desígnio
1: O Chefe-de Família e a
Dona-de-Casa (Contextos domésticos e vulgares de relacionamentos. Tipo de
relações com elevado cariz condicionante e patologizante).
- Desígnio
2: O Pai e a Mãe; o Pai ou a
Mãe; os Pais ou as Mães (Clarificação de intenções equilibradas de promoção
relacional e existencial).
- Desígnio
3: Os Outros (Identificação de
posicionamentos de intervenção, de responsabilidade institucional e de
cidadania, no sentido dos seus intentos sanitários de abrangência ambiental,
comunitária, grupal, familiar e individual)."
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