quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS - BARCELOS E O FIGURADO DE RUA

Barcelos é, indubitavelmente, uma cidade que se rege pelo cariz da exemplaridade.


Almocei, sem referências, num restaurante do centro da cidade, onde me degustei com uns rojões minhotos, por sugestão do garçon (como se diz no Brasil) ou funcionário (como se diz em Portugal) e, ..., "em Roma sê romano!" ..., que me estava a atender, ao se aperceber que eu era brasileiro. Notável sugestão, a dele!

... a cordialidade, a empatia e a simpatia tiveram, igualmente, lugar de pódio, tendo sido um merecedor de ouro durante todo o almoço ...

Fez as honras da casa ao me oferecer um dos muitos nobres e símbolos da Região do Minho e de Portugal - o Vinho Verde.
Bebi durante o almoço (aprendendo!) uma malga de vinho verde "batido" por ele. 
O vinho verde deve ser servido fresco e deixado cair de determinada altura para o vivificar na malga, advindo daí a expressão "batido".

A malga foi um delicioso requinte!

Na companhia dos invejáveis rojões (prato regional da gastronomia minhota) e do vinho verde, a refeição tornou-se demais agradável e, surpreendentemente, também pela companhia de um vizinho de mesa, que fez questão de me integrar nos meandros culturais da vinha e do vinho verde.

Após o almoço, terminado com um pudim regional e um café tirado na perfeição, despeço-me do meu parceiro de conversa e pago a minha despesa, já ao balcão.

A gentileza e simpatia do ambiente do almoço, deixou-me confortavelmente sorridente, assim como me fez sentir que em Barcelos ninguém é estranho. Todos integram a terra e todos estão convidados, por bem, a pertencer à cidade e à vida da cidade.

Enternecido com a genuína cordialidade e feliz com todo o momento, saí do restaurante ... garantindo-me que este almoço não ficaria apenas comigo. Teria que ser partilhado ... teria que ser contado, pela satisfação vivida!


Com tempo e sem rumo definido durante a tarde, viajei-me pela cidade, olhando, olhando, olhando e caminhando.
A tarde estava chuvosa. Contudo, nada que abalasse as garantias de conforto, a que esta cidade já me tinha habituado.

Reparei, mais uma vez, que, pelas ruas, praças, rotundas, avenidas, jardins ... enfim onde houvesse Barcelos, estava presente a sua gente. 
Aqui, nunca se está só!
Gente que recolhe do interior da vida, a matéria para ser iluminada. Gente que desenha e esculpe o figurado da terra, uma das suas maiores e douradas virtudes.
O povo está na rua, também pela via dos seus manifestos culturais, pelos seus representantes em figurado.
O figurado de rua, esculpido com a mestria do conhecimento ancestral e com o orgulho na modernidade. 
É o manifesto do poder popular transformado em arte.

Pelo figurado, senti a presença da íntima vida, exposta pelos espaços comunitários, pelos espaços do coletivo. 
Esplendor da criatividade nas relações entre pares.
Notável exemplo de manter a cidade nos seus cidadãos, devolvendo a existência barcelense a quem é barcelense e a quem recebe como um barcelense.
Qualquer pessoa é barcelense, quando está em Barcelos!






O figurado está na rua. 
São esculturas de Barcelos para o mundo, representações do concretismo e do imaginário, dos seus notáveis artesãos e artesãs. 






Em débito ... algumas fotos das esculturas que, não sendo apenas peças que decoram a cidade, são, sobretudo, preciosos brasões de identidade e grandiosidade de uma Gente:












Ilustre cidade ... um museu vivo e futuro.

Agigantou-se o figurado, simbolizando a monumentalidade do povo.

Uma experiência de vida comungada com a terra.

Congratulações por, de todas as vezes que estive em Barcelos, me terem obrigado a sentir-me um homem de Barcelos.




Nunca é excessivo, ...,  aludir a Barcelos!


Até breve e bem haja, Barcelos!





                       
      Fonte das imagens: Janielson Martins
  




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

LENTILHAS COM CHOURIÇO

Ingredientes

- Lentilhas (você manda!)
- Chouriço (o que entender)
- Cenouras (a seu prazer)
- Couve (a mesma dosagem dos anteriores)
- 1 cebola
- Alhos (2 generosos dentes)
- Polpa de tomate (2 colheres de sopa)
- Sal e pimenta q.b.
- 2 folhas de louro
- Azeite


Modo de preparação:


Tenha em consideração que as lentilhas não necessitam de ficar de molho, previamente à sua cozedura.
Previamente lavadas, elas cozem bem ao serem colocadas num tacho com água a ferver, durante cerca de 25 a 30 minutos.
Não coloque sal na água de cozedura das lentilhas. 
Para que as lentilhas possam ficar aromatizadas, misture o que entender. Estas levaram 2 folhas de louro, 1 dente de alho esmurrado e cenouras cortadas (sugere-se que não retire a casca das cenouras).
Escorra e reserve.

No mesmo tacho (passando-o apenas por água, para retirar eventuais restos de espuma) deite o azeite e a cebola picada. 
Adicione o chouriço, cortado à sua maneira, a polpa de tomate, a couve grosseiramente cortada (ou rasgada, consoante a sua necessidade de aliviar tensões!) e o sobrante dente de alho (picado).
Deixe a envolvência dos ingredientes acontecer, ajudando com umas carinhosas mexidas.

Depois de cozinhado, ponha o lume no mínimo e adicione o preparado das lentilhas.
Mexa, ternamente, de forma a que todos os elementos se conjuguem.
Apague o lume. 
Tendo em consideração que os enchidos já são temperados com sal, apure-se ao adicionar o sal e a pimenta moída na hora, ajustando temperos.

Sirva e felicite-se, acompanhando com uma colorida salada de alface e tomate, temperada como só você sabe ... !!!

As doses dos ingredientes serão por si ajustadas, consoante o número dos comensais e o respetivo apetite.
As lentilhas enobrecem pela sua fartura em fibras, vitaminas e minerais ... (também são proteicas!). 

Impressione, ... , é o seu mais recente sucesso!

Fonte das imagens: Janielson Martins 






terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS - JORGE SÁ, UMA RETROSPETIVA

Grafite sobre papel, 1991, 40 X 30 cm
Jorge Sá
Natural de Santarém (Portugal)
Arquiteto


Referenciado em diversos locais do mundo, é portador-merecedor de vários prémios, menções honrosas e distinções que o caracterizam como um marco da imagem, tanto cinematográfica, como na pintura, na arquitetura e nas artes visuais no seu genérico.

Tendo tido o honroso prazer de conhecer alguns dos seus trabalhos de pintura, não poderia alhear-me de compartilhar o que de belo existe e o que de mais-valia está na essência do Homem - o ético belo!

Esta matéria centra-se no débito de uma parte do espólio de pintura (de um colecionador particular), do completo artista Jorge Sá, com que me familiarizei na minha última estadia na Europa.

Estes quadros, entre outros, foram expostos para um específico evento, em Braga (Portugal), que, majestosamente, permitiram a admiração de alguns trabalhos do artista, relativos ao período de 1991 a 2008.


Óleo sobre tela e infogravura, 1993, 40 X 30 cm




Tinta permanente sobre papel, 1993, 30 X 20 cm

 Óleo sobre tela, desenho e infogravura, 1994, 70 X 50 cm

Óleo sobre tela, desenho e infogravura, 1994, 60 X 50 cm



Lápis e pastel sobre papel, 1995,  29 X 21 cm



                          Lápis sobre papel, 1998, 25 X 20 cm                           
Acrílico sobre tela, 2003, 24 X 18 cm
Acrílico sobre tela,  2008, 40 X 30 cm


Acrílico sobre papel, 2008, 10 X 10 cm



Um investimento cultural que jamais se afastará.

Viajará comigo para o Brasil, onde será divulgada como uma coleção representativa do trabalho do artista que, seguramente deverá ser representado no nosso Brasilis.



Jorge Sá, arquiteto, cineasta, pintor, docente universitário, ..., congratulações nobres e devidas, ...! Deve ser partilhado ! Deve ser público !

A constância do equilíbrio manifesta-se no alongamento da verticalidade do traço, ... , 
... numa personalidade de elite !

Olhe! Deslumbre-se! Acompanhe com um vinho tinto português... !!! ...
... e converse sobre o assunto !

                                                                                                                                                              



Fonte das imagens: Janielson Martins











segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS - CAFÉ DA MANHÃ EM SÃO MIGUEL


...   ...   ...
O sentimento era o de segura e fiel pertença.
Senti-me, de imediato, integrante membro familiar.
As agressões dos estímulos eram, melodiosamente inexistentes.
Tudo era suave, calmo, terno e genuíno. 
A força maior era a de cada palavra desconhecente da impaciência e da censura.
Nada era atropelo! 
Tudo era harmonia!
...   ...   ...

O Café da Manhã é a primeira refeição do dia e, em Portugal, tem a designação de Pequeno-Almoço.
Durante a minha, infelizmente curta, estadia em São Miguel, fiquei hospedado no interior do conforto que, em toda a sua plenitude, era, esse ambiente, transbordante de satisfação, melodia tranquilidade e cooperação. 


Não podia deixar de partilhar o que foi o meu despertar, na minha primeira manhã, em São Miguel.
Após um profundo sono restaurador, num aconchegante e idílico quarto, depois de desamparar as portadas das janelas, depois de deixar entrar o canto do dia solarengo, depois de me espreguiçar com o sorriso da segura certeza, depois de me despedir da noite, foi o duche morno e sedoso que me levou o bom dia, por mim já esperado, neste cenário de transcendência, onde apenas os benefícios da gula me atraía para os valores terrenos.
Desci as escadas, sorriu-me um bom dia, aromatizado com café fresco e dirigi-me para um outro sorriso que me chamava docemente.
Só teria que celebrar todos os momentos dessa manhã!

Sentei-me e olhei para tudo o que tinha para escolher.
Indeciso, optei por uma reconfortante malga que seria por mim apetrechada.
A malga, de loiça regional da Lagoa, como fiquei a saber durante a refeição, foi o estímulo para dar continuidade à conversa, já encaixada nos ânimos dos presentes comensais.
Percebi a dedicação pelos ofícios da Ilha, com a olaria a tomar as rédeas do assunto, obediente ao contexto.
É a loiça da Lagoa e a loiça da Vila (Vila Franca do Campo). Dois concelhos da costa sul da Ilha.
A loiça da Lagoa, pintada, vidrada, tem o seu cariz decorativo e utilitário.
A loiça da Vila Franca do Campo, ensaia-se, sobretudo, pelo registo de servir os usos domésticos, sendo de maior rudeza, não tendo o tratamento final de pintura e de vidrado, mas não menos considerada.
"Cada uma com o seu jeito", ouvi, num sotaque de delícia maior (sotaque micaelense).


Lancei mãos a uma dessas malgas de loiça da Lagoa, peguei numa maçã, imaculadamente lavada e brilhante.
Cortei-a, grosseiramente, sem a descascar, para dentro da malga.
Juntei uma generosa colher de divinal mel açoriano (mel de incenso).
Espremi um limão, aproveitando tanto o suco como a polpa.
Parti 3 nozes, tendo-as adicionado ao meu preparado.
Deitei 1 colher de sopa (bem cheia) de sementes de linhaça moída e inteira.
Não resisti ao coco ralado que clamava atenção. Foi uma colher dele!
Forrei com um notável e cremoso iogurte açoriano.
Mexi, calmamente! Mexi e perdi-me rodando a colher dentro da malga, tão suavemente que o movimento se tornou em mais um natural indutor de paz.

Numa varanda, protegida por um imponente e belíssimo muro de basalto, abrilhantado por grandes hibiscos amarelos, fez-se a refeição acompanhada por uma conversa digna de um Nobel da elegante serenidade.

Olhava, tanto para o momento como para o basalto. Negro basalto! Rocha de beleza infinita, naquela sua natural reserva, absorvendo e entranhando, no seu negro, as histórias e as conversas que vai vivendo, atentamente e silenciada.



O aroma do café fresco que incorporava o ambiente, passou a ser sabor ...



Um café da manhã na Ilha de São Miguel !

Um pequeno almoço na Ilha de São Miguel !

A Ilha do Arcanjo ! 



Fonte das imagens: Janielson Martins


domingo, 21 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS - ILHA DE SÃO MIGUEL


SÃO MIGUEL
(Pormenores sentidos)

Açores
Portugal
Nesta minha última estadia na Europa, fui privilegiado com uma passagem pela 
Ilha de São Miguel, nos Açores, caracterizado por todo o Portugal, 
como a sua região de maior beleza.
A pouco mais de 2 horas de voo do Porto, aterra-se em Ponta Delgada, 
capital da Ilha de São Miguel - Açores.
Voo tranquilo, voo interno, mas com uma subtil e suave impressão de que 
a sub-tropicalidade era o destino.
Assim foram os meus sentidos!
De fato, ao aterrar em Ponta Delgada, logo nas escadas para descer do avião, 

as calças de ganga começam, levemente, a ficar comprimidas às pernas...


Senti que a minha existência estava a ficar mais próxima e conjugada com 
a coletiva existência humana.
Este sentimento, de origem comum, foi-se incorporando de tal forma que, 
no dia seguinte, ao me deparar a integrar o cenário da Caldeira Velha, 
na encosta do pico vulcânico que alberga a Lagoa do Fogo, senti-me a 
comunhar com um ambiente jurássico, tal a monumentalidade 
da beleza e da desconcertante surpresa de integração.


Descrever São Miguel, sem sentir a Ilha, é mentir!
Enquanto brasileiro e como brasileiro nordestino, aludirei, aos meus sentidos 
da forma mais direta e frontal que me for possível, tal como a 
frontalidade da essência do Sertão do Nordeste Brasileiro!
                                                                                      Assim: 

Terei que tentar relatar, da forma mais próxima dos meus sentimentos, 
face a esta notável nobreza que os deuses (deve ter sido trabalho de todos!), 
num dedicado dia de inspiração, ofereceram ao mundo.
... Fiquei, de imediato, açoricodependente. 
Assustei-me com a pureza e a densidade deste sentimento.
... Descobri, para meu alívio, que a açoricodependência não seria uma doença, 
mas sim uma paixão!
Senti a açoricodependência, mas só a identifiquei quando saí da Ilha, 
de regresso ao Porto.



Fiquei preso à Ilha, ao sair dela! 
Ela é, determinantemente, uma paixão! É uma fusão com um território ilhéu, 
onde se conjugam os elementos primeiros: água, fogo, ar, terra.
É uma equidade de existência, é o ser a mesma coisa, é o estar intrincado 
no espaço e o espaço intrincado no ser.
Sem refletir, rendi-me às emoções ... passei a estar apenas a sentir. 
Senti que não existiam matrizes prévias de valorização, a não ser a adesão 
incondicional, brutal, maciça e imediata a tudo o que é estímulo açoriano, inerente 
a este constante estado fusional, eterna, abrangente e saborosa dependência. 
Neste enquadramento existencial passa apenas a existir a alimentadora 
estimulação, misturada com a angústia e dor da consciência da 
separação física da dualidade tatuada - ilha/homem.
Não interessa a editora, não interessa o escritor, 
não interessa o artista, não interessa o documento ou o documentário, 
não interessa o canal televisivo, não interessa a estação de rádio, jornal ou 
coleção de postais ou mesmo as próprias fotos tiradas ... !!!

   
   Interessa, tão só, ouvir a ânsia de estar novamente na materialização desta
dependência, na reativação  dos sentidos existentes e inventados da textura do mar, 
da felicidade do basalto, da irrequieta magia sísmica e vulcânica, 
da essência genuína da gente, na exaltação da total pertença a essa Ilha, 
certamente ao Arquipélago dos Açores.
Indubitavelmente, não se pode fugir de São Miguel, esta pujante e nobre terra. 


 A Ilha entranha-se corporalmente, ...,  comandando!
Não são experiências turísticas ... é Vida! Vida que, 
muito brevemente será outra vez vivida.



Sem retorno na existência. Nunca mais se fica igual!

               Ilha nobremente pujante! Tatuaste-te na minha alma!


Açores, até breve ... muito breve!

Gratidão profunda a São Miguel.
Gratidão profunda e antecipada às 8 Ilhas que ainda não senti!

Texto e imagens: Janiel Martins











sábado, 20 de fevereiro de 2016

LAGOSTA INCUBADA

Fonte da imagem: Janielson Martins
Ingredientes:

- 1 pacote de delícias de lagosta
- Vagens 
- Batata doce
- Natas / Creme de leite
- Sal e pimenta q.b.
- Azeite
- Limão
- Manteiga (2 colheres de sopa)
- Farinha de trigo (2 colheres de sopa) 
- 2 chávenas / xícaras de leite
- Alcaparras

Modo de preparação:

Para o molho branco de alcaparras, misture num recipiente ao lume, a manteiga e vá adicionando a farinha aos pouco, tendo o cuidado para que esta não fique engranolada, pelo que deverá mexer bem.
Junte o leite, aos poucos e mexendo continuamente.
Adicione as alcaparras e confira os temperos.

Para o puré de batata doce, basta que estas sejam bem lavadas e cozidas com casca.
Deixe esfriar um pouco e retire a pele, esmagando as batatas, de modo a poder ser feito o puré. A este, adicione as natas, mexendo com as suas energias gastronómicas, até alcançar a textura desejada (a sua forma de o preparar é, seguramente, a melhor maneira de o confeccionar, nunca descuidando o facto deste puré se querer adocicado).

Para as vagens, a forma é a mais simples e clássica de cozer legumes, salteando-os, posteriormente, com um fio de azeite.

Descongele as delícias de lagosta, corte-as longitudinalmente e grelhe-as, suavemente e apenas para dourar a superfície, numa frigideira com um pouco de azeite.
Dê uma chuvada de sumo de limão por cima e ... entretenha-se como melhor lhe apetecer!

De lagosta, esta receita nada tem e, muito menos (felizmente) do seu preço!
De enganosa lagosta, até pode ter um pouco...
De lagosta incubada, tem tudo! ... desde que a sua criatividade e satisfação consigam nascer! 






sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS - VIANA DO CASTELO

VIANA DO CASTELO
(Pormenores)

Alto Minho
Portugal

Capital da Província do Alto Minho, Viana do Castelo é uma das mais emblemáticas terras portuguesas, tanto pela sua localização geográfica, como pela sua caracterização histórica, cultural e psicológica.

É uma cidade integrante da Região Norte de Portugal, com 38.045 habitantes e capital do distrito do Alto Minho, cuja população atinge os 88.725 habitantes (censos de 2011). Ocupa uma superfície de 318,6 km².

    Cidade  que se orgulha de primar pelo acolhimento e pelo requinte com que as suas gentes preservam e integram a tradição com a sustentabilidade da modernidade.


A beleza da arquitetura, a beleza esculpida nas praças, ruas, sítios, dão a necessária cobertura para que o apetite seja o de ficar.

Viana do Castelo é, para Portugal, uma referência ímpar do folclore dançado e cantado. É de Viana a assinatura dos trajes mais representativos de Portugal, tanto dentro como fora de portas.

Integração e pertença são significantes que adornam, no imediato, a existência de qualquer viajante. 

Cidade de mar, cidade de rio, cidade de campo, cidade de montanha, é, sobretudo, cidade de gente de pujança.

Cidade de pesca e de construção naval, cidade do colorido, do cantado e rodado, cidade do sorriso em que o ouro se pendura.

Sublime gastronomia, desporto, praias, filigrana (com o coração de Viana como um fiel e requintado símbolo de Portugal), cerâmica, são elementos integrantes da riqueza e abertura desta cidade que suporta, no seu seio, a simpatia e a sã nobreza dos seus cidadãos, para com os recém-chegados viajantes.

Obrigatória a paragem no Museu do Traje, pela viagem que proporciona, com um louvável retorno. Duradouro na temporalidade do passado, revendo-se nos posicionamentos futuros.

A verticalidade das convicções, adicionado à ternura da bravura das histórias de vida, tornam o Bairro de Pescadores, na zona ribeirinha, um merecido e devido local de apreciação.

Não desperdice uma aula de História Naval, através da visita ao navio hospital, agora museu atracado na doca de Viana: o navio Gil Eannes.

A notável, famosa e badalada Romaria de Nossa Senhora da Agonia, em Agosto, transforma a cidade num monumental espetáculo de luz, cor, gente, alegria e, indubitavelmente, da constante novidade oferecida pelas saudosas tradições.
A wikipédia salienta, o que se transcreve sobre a Romaria de Nossa Senhora da Agonia:
"A afeição à Senhora d’Agonia surge em 1751. A sua imagem entrou na Capela do Bom Jesus nesse ano e é aí que se inicia a devoção. Mais tarde, em 1783, a Sagrada Congregação dos Ritos permitiu que fosse celebrada nesta capela (conhecida agora como Capela da Nossa Senhora D’Agonia) uma Missa Solene, todos os anos no dia 20 de Agosto. Data escolhida como Feriado Municipal da cidade de Viana do Castelo.
Em 1861 a Festa Solene é ultrapassada pela Romaria, esta última assume mais importância e torna-se tão grandiosa que acaba por extravasar a Festa Religiosa. Torna-se um arraial repleto de cantares ao som de violas, de danças, um arraial extravagante. Em 1862, a Romaria assumiu tamanha popularidade que se calculava que o fogo de artifício era já contemplado por mais de cinquenta mil pessoas. (...) .Em 1906, nesta Romaria nasce a Festa do Traje e dois anos depois, em 1908, dá-se a primeira Parada Agrícola (nos dias de hoje é o tão famoso cortejo etnográfico).
A partir daqui a Romaria deixa de estar limitada ao Campo da Agonia e invade toda a cidade. No mês de Agosto toda a cidade se encontra com espírito de festa, são as Festas de Agosto e maiores festas do Minho.
Atualmente estas festas decorrem na semana de 16 de Agosto. Incluem diversos desfiles com cabeçudos, gigantones, zés-pereiras (grupos de bombos), carros alegóricos, uma grande variedade de trajes regionais de onde se destacam sempre as peças em ouro que as mulheres carregam, fogo de artifício e uma procissão. (...). Estas festas continuam a atrair todos os anos milhares de visitantes à cidade." 

Nobre no caráter, Viana do Castelo, apresenta-se com a permanente alegria, com os testemunhos do casario palaciano, na cortesia e mestria do ar que, tanto o de mar casado com o de campo, induz ao visitante a ânsia de voltar.

Bolas de Berlim ... não são Bolas de Berlim ... são de Viana!!!
São as categóricas, insubstituíveis, irresistíveis  e notáveis Bolas da Confeitaria Natário, em Viana do Castelo.
Deguste-se com a soberba vista no miradouro do monumental Santuário de Santa Luzia.
Ninguém se fica por uma só. Imperdível ... !!! 

Cidade integrante na população e população integrante na cidade. Um passado, um presente e um futuro em aderente comunhão!


Saudosamente ... até breve!

Bem hajam vianenses. Bem haja Viana do Castelo.

    Fonte das imagens: Janielson Martins e Internet