terça-feira, 22 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - DENUNCIAÇÃO DE CHUNGARIAS E (DES)MORALIDADES II

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Harriet Jacobs. Fonte da imagem: internet.

"Empenhei-me com muita fé em relatar com justeza a verdade da minha 
própria experiência da Escravidão, para chegar até vós na nudez da minha 
pobre condição de Mãe Escreva, não para lhe contar o que ouvi, 
mas aquilo que vi - e sofri."

(Harriet Jacobs. Estados Unidos da América, 1813 - 1897)

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Virgínia Woolf. Fonte da imagem: internet.

"A coisa nenhuma deveria ser dado um nome, pois há o perigo de que esse nome o transforme."

"É muito mais difícil matar um fantasma do que uma realidade."

"A vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de 
um mundo melhor, cuja existência é apenas uma suposição."


(Virgínia Woolf. Inglaterra, 1882 - 1941)

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Anna Akhmatova. Fonte da imagem: internet.

"Bebo ao lar em pedaços,
À minha vida feroz,
À solidão dos abraços
E a ti, num brinde, ergo a voz...

Ao lábio que me traiu,
Aos mortos que nada vêem,
Ao mundo, estúpido e vil,
A Deus, por não salvar ninguém."

(Anna Akhmatova. Rússia, 1889 - 1966)

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Cecília Meireles. Fonte da imagem: internet.

"Adestrei-me com o vento e a minha festa é a tempestade."

"Liberdade de voar num horizonte qualquer,
liberdade de pousar onde o coração quiser."

"O vento é sempre o mesmo, mas a sua resposta é diferente em cada folha.
Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros."

(Cecília Meireles. Brasil, 1901 - 1964)

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Simone de Beauvoir. Fonte da imagem: internet.

"À minha volta, reprovava-se a mentira, mas fugia-se cuidadosamente da verdade."


"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância."

"Quando se respeita alguém não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento."

(Simone de Beauvoir. França, 1908 - 1986)

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Sophia de Mello Breyner.  Fonte da imagem: internet.

CATARINA EUFÉMIA

"O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente

Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos

Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recusasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque erasa mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E a busca da justiça continua"

(Sophia de Mello Breyner. Portugal, 1919 - 2004)

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Anne Frank. Fonte da imagem: internet.

"Os mortos recebem mais flores do que os vivos, porque o remorso 
é mais forte que a gratidão."

"Aquele que é feliz, espalha felicidade.
Aquele que teima na infelicidade, que perde o equilíbrio e a confiança, 
perde-se na vida."

(Anne Frank. Alemanha, 1929 - 1945)

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Paulina Chiziane. Fonte da imagem: internet.

"O cristianismo que vem do colonialismo, é um cristianismo intolerante."

"O colonialismo continua na cabeça desta gente maravilhosa, que
se diz independente. Independente de quê?"

"Na História há um gajo que eu admiro.
Eu gosto de Luís de Camões.
Mas não pela mesma razão dos outros.
Eu gosto dele porque ele não seguiu um caminho,
ele abriu um caminho."

(Paulina Chiziane. Moçambique, 1955)

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Xue Xinran. Fonte da imagem: internet.

"Quando as hormonas de um homem estão à solta, ele jura amor eterno.
Isso gerou resmas e resmas de poemas ao longo das eras: 
o amor profundo como o oceano ou seja lá o que for.
Mas o homem que ama desse jeito só existe em histórias.
O homem real alega que ainda não conheceu a mulher digna desse emoção.
E é um especialista em utilizar as fraquezas da mulher para dominá-la.
Algumas palavras de amor e de elogio, mantêm algumas mulheres felizes
por muito tempo, mas é tudo ilusão."

(Xue Xinran. China, 1958)

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Lucía Etxebarría. Fonte da imagem: internet.

Excertos de uma entrevista, ocorrida no ano 2000, para o jornal português: Público.


"Na Tailândia as meninas são vendidas, no Médio Oriente as raparigas são vendidas aos 12 anos para serem prostitutas ou escravas e se tiverem sorte, para serem esposas. Na Índia são queimadas, em África tiram-lhes o clitóris e em todo o Terceiro Mundo são bestas de carga, são trabalhadoras mal pagas que morrem mais cedo que as outras, na China matam-nas ao nascer... Não creio que as mulheres que eu descrevo existam aí."

"Faço literatura social que em Espanha está muito mal vista. O realismo social está muito mal visto e sou mulher, jovem, com êxito e não integrada nos circuitos académicos, 
claro que sou a Besta Negra!"

"A academia de escritores espanhóis tem 45 homens e duas mulheres. Esses 45 homens têm mais de 60 anos e foram educados no franquismo. Na universidade espanhola há 90 por cento de homens, com mais de 60 anos e educados no franquismo. A crítica espanhola tinha o ano passado 84 homens para 12 mulheres. As mulheres eram educadas numa universidade franquista. Apesar de dizerem que viveram o Maio de 68 foram todos educados numa outra cultura. Na altura da atribuição do Prémio Nadal a crítica disse 
que era um desprestígio para o Nadal eu tê-lo ganho."

"Noventa e cinco por cento da literatura universal não tem personagens mulheres: são homens. E depois existe uma noiva ou uma mulher-fatal, e quando finalmente fazem personagens mulheres ou se suicidam ou são mulheres com as quais nenhuma mulher se pode identificar."

(Lucía Etxebarría. Espanha, 1966)

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Janiel Martins.







4 comentários:

  1. Bastante esclarecedor...e intrínseco
    Adorei!

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    Respostas
    1. Meu caro Pedro Teixeira, obrigado por mais um comentário seu, sobre uma matéria minha.
      Sempre na consideração que se quer sã, deixo-lhe um abraço.
      Janiel Martins.

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  2. Respostas
    1. Meu prezado Aníbal Corrécio, grato pelo seu comentário, o que, como todos os outros pelo meu amigo efectuados, são substância (i)maculadamente desejada e de precioso sentido de Homem.
      Abraço com muita consideração.
      Janiel Martins.

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