DOIS TU
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Não é um déjà-vu.
O escuro é confuso,
é o sopro do aborto
é o sopro que tudo deu certo.
Solidão é o medo de viver
a resta nos segue a sangue frio
o vulto é a alucinação
de um homem solitário.
A dose
talvez seja só a tua.
As putas
não se embriagam.
Ir é uma curiosidade
voltar é uma retrocesso
Que não existe no sentimento.
Os fracos continuam a reprimir.
Acontecer é um fato
o acontecimento
é um acaso
é nova vida.
Tu és um.
Eu sou outro.
Dois eu?
Dois tu?
Tu és um.
Eu sou outro.
Dois eu?
Dois tu?
Não se misturam duas matérias?
É a lei
é Dois Tu.
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