B.P. |
O programa seria uma caminhada no Gerês mas, a chuva e o frio, trouxeram outros intentos, repletos de elementos de conforto, ternura ... muita fantasia ... e romantismo ao cenário.
Tarde chuvosa, lareira acesa, aliás ... bem acesa! Frio e uma janela ofuscada pelos pingos constantes de chuva, adornada por uma cadeira de baloiço, com uma manta dobrada num dos braços, a pouca distância do forte e quente fogo da lareira, que se via, ouvia, cheirava e sentia.
Do conforto surge a preguiça e a vontade de só sentir ... sim! ... adormeci com a manta sobre os joelhos, docemente ruborizado pelo calor do fogo e ao som da musicalidade dos estalidos da lenha a arder.
Protecção rigorosa ... adormeci!
Adormeci num sono que me trouxe, em visita, outro ambiente de semelhante e reconfortante acolhimento.
Um livro que tinha lido, já fazia tempo, desses que apetece ler, precisamente quando a doçura do bucólico e do terno se invadem das serenidades ... um livro para serenar e encantar os sentidos ... afrouxá-los e aliviá-los dos habituais e diários estímulos de realidade.
"O Mundo Encantado de Beatrix Potter", de Richard Maltby, Jr. , publicado pela Editora Civilização - Porto/Portugal, 2006.
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O pleno do eruditismo da ternura.
Também da convicção e determinismo.
Também uma história de amor.
Mas, ficando pela ternura, como o motor do momento e do sonho!
O mundo maravilhoso de Beatrix Potter apareceu-me no sonho e invadiu-me de delícias.
Suponho que sorri, encantadamente sorri, durante todo o sonho ...
Cria um mundo de fantasia onde um coelho, um ouriço, um sapo, uma pata, ..., entre outros amigos com quem conversa e vive, ganham vida, vontade e personalidade, nos pincéis do personagem Beatrix.
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Cria um mundo que a lança no sucesso, pela crença e insistência das suas vontades e de aspiração independente.
Cria um mundo onde habita com os seus personagens, num fabuloso ambiente de magia e fantasia, traduzíveis em realidade, pela alternância das circunstâncias em que se vê exposta.
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Cria um mundo que a leva aos sentimentos da paixão e do amor, mas também da violência da dor de perda do que nunca foi, inteiramente, seu, por via dos massacres da hierarquia de valores castradores de índole familiar e social.
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Beatrix superou com o paiol de potência transformada em vida, na co-habitação dos seus fieis representantes da imaginação.
Não se ficou pela frouxa iluminação das regras que à mulher eram exigidas e as desejadas!
Criou ... criou, O Mundo Encantado!
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O cheiro da frescura contrastante com a do ambiente, transportado por uma taça de um amoroso despertar, veio reforçar o sorriso e um espreguiçar feliz ... já era a realidade ,..., sem nunca ter deixado de a ser!
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Com o sorriso convincente, chegou um tabuleiro com uma taça de alguma coisa que não sabia o que era, e um copo de suco que deduzi ser de laranja.
O que não sabia o que era ... soube depois de o devorar!
Quanto ao suco ... sim, era de laranja, mas também de limão!
Componentes do que não sabia o que era:
Palitos la reine partidos aos pedaços, 4 iogurtes gregos (estes eram de caramelo e de stracciatella) e uma gelatina de limão.
Ficou, como demonstra o comprovativo fotográfico!
Mais tarde, o jantar, saiu fumegante do forno ...
Dia frio, casa quente, lanche frio, jantar quente, ambiente carinhosamente vestido do todo desejado e, ..., sono, sonho, gente que se quer e na companhia de um livro ... que também se quer.
Consonâncias, adesões, contrastes e confrontos ... vitais ...
A essência da literatura ... da escrita e da leitura...
... Criar e criar-se! Viver e viver-se! Confrontar e confrontar-se! Desafiar e desafiar-se!
LEIA,
LEIA, ..., PELA SUA SAÚDE!
LEIA.
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