Adolfo Caminha. Fonte da imagem: internet |
"(...) Estava satisfeita a vontade de Bom-Crioulo.
Aleixo surgia-lhe agora em plena e exuberante nudez, muito alvo, as formas roliças de
calipígio ressaltando na meia sombra voluptuosa do aposento, na penumbra daquele
ignorado e impudico santuário de paixões inconfessáveis. (...)"
Adolfo Caminha, Brasil.
John Steinbeck. Fonte da imagem: internet |
John Steinbeck, EUA.
Graciliano Ramos. Fonte da imagem: internet |
"(...) Seu Tomás da boladeira falava bem, estragava os olhos em cima de jornais e livros mas não sabia mandar: pedia.
(...) Mas todos obedeciam a ele. Ah! Quem disse que não obedeciam?
Os outros brancos eram diferentes.
(...) Descompunha porque podia descompor, e Fabiano ouvia as descomposturas com o chapéu de couro debaixo do braço, desculpava-se e prometia emendar-se.
Mentalmente jurava não emendar nada, porque estava tudo em ordem, e o amo só queria mostrar autoridade, gritar que era dono. Quem tinha dúvida? (...)"
Graciliano Ramos, Brasil.
"A lógica não é tudo. Nascemos num país sem lógica."
Eduardo Lourenço, Portugal.
"(...) Na região não se conhece uma outra mestiça que tenha casado com um negro. Ela deu o passo com coragem. Teve que romper com a família que a acusou de "fazer a raça andar para trás". Bartolomeu Sozinho também foi obrigado a cortar laços com os seus. Trazer uma mulata para o seio familiar era uma ousadia, mais que isso. uma traição. "Mas ela é quase negra", ainda argumentou. "Os mulatos são pretos só quando lhes convém", foi a resposta.
No dia em que o jovem Bartolomeu Sozinho, envergando o melhor fato do seu melhor amigo, se apresentou perante a família da noiva, ele proclamou com solenidade:
- Não sou preto!
- Então?
- Sou extremamente mulato. (...)"
Mia Couto, Moçambique.
Paulo Passos. Fonte da imagem: internet |
"SEXO ... Puro desintoxicante psíquico.
SEXO ... Potente anti-oxidante psicológico.
SEXO ... Com outras pessoas (adultas) ou contigo ... FAZ.
Orgasma-te e DESENTOPE-TE.
Mas NÃO FODAS a cabeça aos outros ..."
Paulo Passos, Portugal.
Krzysztof Charamsa. Fonte da imagem: internet |
"(...) Sim! Eu era gay. Sou desde que os meus pais me deram a vida.
Mas não foram, nem eles nem mais ninguém, a incutir-me a minha homossexualidade.
Não é o pai nem a mão que transmitem ao seu próprio filho o ser
homossexual ou heterossexual: mas é possível uma pessoa direccionar
para o outro a homofobia, o medo e o ódio relativamente
aos gays e ser a própria pessoa gay. (...)"
"(...) Para além disso, queria ser padre e, para isso, deveria ser homofóbico, isto é,
deveria odiar aquele "diabólico" produto da sociedade moderna,
do qual só a igreja católica e as ditaduras comunistas
- neste aspecto paradoxalmente aliadas -
poderiam proteger as pessoas. (...)"
Krzysztof Charamsa, Polónia.
Fonte: internet. |