Em similar postura, e nos valorizados e tradicionais pregões portugueses, aparece a Associação de Estudantes de Medicina (repleta de conhecimentos e de experiência profissional, organizativa, de planeamento e de gestão...!!! e, pior, com crédito na comunicação social...!!! Enfim!) e a própria Ordem do Médicos, com garras apontadas, contra o número de vagas de ingresso no curso de Medicina, considerando serem excessivas para as viabilidades de futura especialização (DN de 19/7/2017), como se o curso de medicina (ou outro qualquer) tivesse a mesma dependência tutelar e burocrática que os recursos laborais.
Diga-se (em retórica) que ... estudar medicina (ou qualquer outra coisa) não é sinónimo de ser médico ou de ter emprego como médico!
Toda a gente tem o direito de estudar ... decoração, medicina, moda, enfermagem ... e todo o resto, sem que isso se transforme, garantidamente, em empregabilidade, sobretudo por direito e respeito ao próprio.
Que grande reforma que teriam que levar todas as universidades se se regessem pelo princípio da empregabilidade...!!!
E, acrescentando-se, se tanta falta de médicos existe em Portugal, qual a razão de não existir, efectivamente, um aumento de número de vagas e de abertura de cursos de medicina nas Universidades privadas?
Responde-se com a exigência da qualidade formativa, em campo????
Merecida resposta: Certo que NÃO!
Medo de quê, senhores/as da Ordem dos médicos/as?
Medo das igualdades?
Medo de espatifarem um ideal de prestígio, já vivido?
Medo de perderem as regalias das desigualdades?
Medo de um poder que se desencantará?
As restruturações funcionais, sustentadas, existem e são desejadas, desde que se encarem os assuntos de forma clara e não primária, como o pai da pobre pequena (do fiel romance acima citado) que a tiraria da escola, em vez de a levar ao médico.
São raras as vezes que sinto concordância com decisões oriundas de ministros e trupes similares ...!
Opto sempre por procurar as falhas (tantas vezes tão evidentes e, descaradamente, impunes) e denunciar...!
Contudo, desta vez, vergo-me e digo:
SIM ... SENHOR MINISTRO da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (que, diga-se num à parte, estava tudo tão bem e tão mais barato, no Ministério da Educação!), MUITO BEM.
SIM ... SENHOR MINISTRO. MUITO BEM...!!!
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Edição de Paulo Passos
Fonte das imagens: Jornal DN
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