O blogue – Comer e Saber – apresenta-se com o intuito de exterminar amarras. Impera-se em três rubricas: Sustento da Alma; Café com Letras; Gastronomia e Culinária, como ferramentas de promoção e fomentação de liberdades e pluralidades. Movimenta-se na consciencialização da noção de direito às criatividades, no débito da conjugação dos intrínsecos conceitos de SABER (enquanto fonte de SABOR) e o de SABER (enquanto fonte de CONHECIMENTO).
domingo, 12 de maio de 2024
CAFÉ COM LETRAS - MARVI: A ÍNDIA TAPUIA (I)
domingo, 5 de maio de 2024
CAFÉ COM LETRAS - GERÊS NO VELHO CONTINENTE
GERÊS NO VELHO CONTINENTE
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Estamos vivos?
Doida.
O Gerês está vivo.
Um dia decidi subir uma montanha, um caminho melhor, pensando que era estranho, o mais estranho de tudo, o estranho...!
Estranho, o Gerês não é.
É mesmo doida!
Um dia, na terceira série, uma professora falou que o meu texto, estava estranho, porque repetia muitas palavras, um texto que a mesma pediu para a turma fazer.
Estranho, achei aquele gesto dela, em falar que o texto de uma criança estava estranho.
Saí com os olhos cheios de lágrimas.
O Gerês não é estranho.
O Gerês é estranho?
Não é.
É um estranho que sabemos que não é estranho, mas que faz cosquinha no cérebro.
domingo, 21 de abril de 2024
CAFÉ COM LETRAS - NU SILÊNCIO (II)
NU SILÊNCIO (II)
(Janiel Martins, RB/Brasil)
Os fortes são os que mais sofrem.
Os fracos só esperam pela morte.
Eu vou saltar do meu corpo, depois da morte, e viver o fragmento de mim.
Acho que se devia preservar o corpo, pelo menos ouvia-se tudo.
É mesmo, só que iria ficar com muito cheiro a mofo.
Só se nós falarmos com o Elon Mush e mandar os corpos para a lua.
Íamos ter a garantia de pelo menos sentir a frieza do universo.
E o sol quando expandir?
É mesmo!
Vamos fazer assim, falamos com o Elon Mush, para fazemos um lugar protegido, só para colocarmos os corpos e ficarmos protegidos para sempre.
domingo, 14 de abril de 2024
CAFÉ COM LETRAS - NU SILÊNCIO (I)
NU SILÊNCIO (I)
(Janiel Martins, RN/Brasil)
É no silêncio
Que surgi
É no silêncio
Que surgiram as estrelinhas
É no silêncio
Onde tudo acontece
Foi no silêncio
Que surgiu o tudo
Poof poof ...black
Pára de me fazer medo, doido!
Tavas cantando, doida?
Estava pensando em voz alta.
É engraçado, não precisamos falar pra escutarmos.
É o quê, doida!
Deixa de ser abestalhado Francivaldo.
Esses dias eu estava vendo eu falando, sem estar falando.
Agora que complicou, "vendo falando", vai continua!
Eu estava falando e não estava usando a boca.
Estavas a pensar!
Eu sei, só que também estava falando.
Falar e pensar é a mesma coisa!
É nada, doido, eu fiquei pensado: já que eu não preciso de boca para falar as coisas também podem pensar e falar. Será José Francivaldo?
Vamos falar com as plantas?
As plantas não, as plantas já pensam e sentem, tu nunca prestou atenção como as plantas e as árvores se vestem tão bem?
Vamos, então, começar com as rochas.
O vento atravessa?
O vento acho que não, mais a frieza sim.
Oh meu deus, porque tu foste falar isto é tão ruim sentir frio, dói a alma.
Chora não doida, vamos desenhar dois olhos e nariz e uma boca nela, pra ver se ela consegue falar connosco.
E os pés e as mãos.
Pode ser.
Uau pedra, como tu tais forte.
Agora já podes falar comigo!
domingo, 7 de abril de 2024
CAFÉ COM LETRAS - 6° SENTIDO
6º SENTIDO
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Desculpa, não é o sexto sentido, mas um órgão.
A humanidade recebeu um novo órgão.
Foi tão rápido a implementação da internet, que o sentimento não tem mais valor.
Consumimos mais internet do que vivemos.
As ruas estão vazias... de homem.
É mesmo doida!
O vazio é um perigo. A Rússia invadiu a Ucrânia. Israel está em guerra com a Palestina.
Porquê guerra?
O homem sempre almeja a grandeza.
É por território, porque ele não se basta. É incompleto.
E o interessante, doida, é saber quando o homem vai acordar e reivindicar a posturar de humano e não o titulo de animal.
Hoje a tecnologia trabalha pelo homem e o homem não sabe que o direito é de todos.
Mas o homem continua a ser o pior dos animais... é gente perdida.
Investir em igualdade, será o kkk, ou o sonoro riso zombadeiro de um grupo americano... ou de demais.
domingo, 31 de março de 2024
CAFÉ COM LETRAS - HOTEL UNIVERSAL DO GERÊS
DISTRITO DE BRAGA
PARQUE NACIONAL PENEDA GERÊS
PORTUGAL
HOTEL UNIVERSAL
GERÊS
GRANDE HOTEL UNIVERSAL / GERÊS / PORTUGAL
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domingo, 24 de março de 2024
CAFÉ COM LETRAS - EU, O DIABO, DEUS E JESUS
EU, O DIABO, DEUS E JESUS
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Eu sou um carrapato do tempo
O diabo é um homem pequeno
Deus é um fragmento
Para não me sentir só
Jesus foi um homem
Que gostava da vida
Tais pensando, doida?
É.
O homem é engraçado.
Tinha tudo para dar certo.
Mas não, deseja tudo e se protege com Deus.
Na verdade, Deus é a nossa loucura.
Quando criança ouvia-se: "quem fala só é doido!"
E aqui estou, falando com Deus.
Eu sou louco pela vida. E tu doido?
Eu também sou louco pela a vida e falo com Deus.
E ainda confirmo com os pensamentos de Jesus Cristo.
(O pensamento de Cristo é bonito. É o limite do pensamento. Depois disso só existe um lugar, que eu gosto muito, que é a queda livre. Não sei porque os brasileiros vivem tanto a loucura, gosto da sanidade Europeia, na paz do europeu. Parece até o meu mundo é um silêncio que me dá paz. É como se todos estivessem vivendo em queda livre. Já o brasileiro parece que está aos prantos na beira do abismo.)
domingo, 17 de março de 2024
CAFÉ COM LETRAS - O MAR E UMA VEIA
O MAR E UMA VEIA
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Oi Fumarolo, bom dia!
Bom dia pequeno.
Porque tu me chamas de pequeno! Só porque tu és grande?
Nada disso, pequeno Tornico.
Acho engraçado quando sinto que tenho uma identidade.
Fumarolo, entrei numa veia de mar e saí da cidade das Fumarolas.
Lá vens tu com os teus abismos.
Não se sai da cidade das Fumarolas.
Mais eu saí…
Eu gosto do abismo. Só caí um pouco.
Flutuar o corpo e a mente é bom.
Sinto um friozinho junto com os pensamentos.
Os pensamentos são como estrelas.
Eu gosto, porque as estrelas explodem dentro do meu juízo.
Fumarolo, o corpo é muito bonito.
Quando eu estou na morte eu fico triste e o meu corpo chora.
É por isto que eu gosto do abismo.
Lá em baixo tem um mundo que tem muitas estrelas.
Desculpa, deixa eu voltar ao assunto.
...
Entrei pelo rio da Ribeira Grande.
Ohhh Ribeira
Que beira
Na poesia
Que grita
Como um choro
Querendo voltar
Oh Ribeira Grande
Porque
Eu não
Me joguei
Na ribanceira Grande
...
Vive em mim
O poeta
Que adormeceu
No banco da árvore
Que nos traz
Para a cidade das Fumarolas
E como tu saíste?
Por aquela veia, estás vendo?
Estou.
Não conte para ninguém, porque segredos dão-me felicidade e felicidade produz muitas estrelas, que explodem dentro do meu juízo.
...
Fumarolo a passagem é por ali.
Uauu
Não conte para ninguém, é segredo nosso, só se for para Ruth Pianista, combinado?
Combinado.
Lá tem um castelo, sobe rio acima, e chega uma hora que a água acabou Fumarolo. Começa a aparecer o rio de pedrinhas, aí aparece um castelo, visitei e vim me-embora. É assim que se escreve "vim-me-embora" Fumarolo?
É como se pensa Tornico.
Ai obrigado.
domingo, 10 de março de 2024
CAFÉ COM LETRAS - O SOPRO (NÃO EXISTIA LUGAR) II
O SOPRO (NÃO EXISTIA LUGAR) II
(Janiel Martins, RN/Brasil)
O silêncio estava tão forte, que dentro da minha cabeça começou a explodir uma estrelinha.
Criança está bem, até demais.
Não era dos ouvidos não, minha mãe. Era na parte da frente do juízo. A parte de trás só fazia doer de solidão. Nos ouvidos só entra uma pressão que faz outro som.
Oh menino doido.
Chega ao coração que acelera. Chega até a doer. Não gosto de sentir medo, não.
Vai dormir com os boi ou com as galinhas!
Eu vou.
Não podes, se não vais adoecer.
Então vou brincar com as galinhas.
Vá, só fique pelo terreiro e pegue este pedaço de pau para se protege.
Cócorococo...
Oi galinhas, como tu está? Vou brincar com vocês.
Ei menino não pode comer o que as galinhas comem. Vem para dentro de casa.
Ai que medo.