ÀS VEZES
(Janiel Martins, RN/Brasil)
... sinto vontade de cair
num abismo
... seria bom
viver flutuando
... não sentir o peso
da terra.
O blogue – Comer e Saber – apresenta-se com o intuito de exterminar amarras. Impera-se em três rubricas: Sustento da Alma; Café com Letras; Gastronomia e Culinária, como ferramentas de promoção e fomentação de liberdades e pluralidades. Movimenta-se na consciencialização da noção de direito às criatividades, no débito da conjugação dos intrínsecos conceitos de SABER (enquanto fonte de SABOR) e o de SABER (enquanto fonte de CONHECIMENTO).
ÀS VEZES
(Janiel Martins, RN/Brasil)
... sinto vontade de cair
num abismo
... seria bom
viver flutuando
... não sentir o peso
da terra.
Em: https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2025/01/cacarejo-e-coro.html
Paulo Passos, psicólogo.
Braga / Portugal
"No
pujante provincianismo (em modo tuga... está de se ver!) alimentam-se os
tradicionais urbanismos (e os outros... que são sub e também rurais) alarmantes
(como convém), sobre uma dôr que, porque televisiva (de contornos de
espetacularidade), debuta-se, num sofrido colorido que (travestindo uma falsa
união) se impões (como se desígnio civilizado e balizado em determinismos de
rigor e de plausível sustentação), favorecendo o hastear (com sentido de
Estado... já se sabe!) das bandeirinhas e bandeirolas de bairro e de
associações, num glorioso formato de crença, palidez e opinião, motivados por
orgulhosas (domésticas) despertenças... quase históricas.
Tamanha é a idealização da convicção que o optimismo (e voluntarismo) se
transforma numa quase-coesa (não fosse o infantilismo) invasão nacional, mas...
azar dos azares, o mundo começa e acaba no bairro...!
... Jeremias desencanta-se (em repeat) com o sonoro
feitio de alma (e de corpo embaciado, mas empolgante e cacarejante, de Priscila
Manuela, rondando (quase) a felicidade e exaltação, numa sedução foleira
comandada pela ansia do seu nulo ego (modo masturbatório de saia rodada...
ainda que incapaz e de flacidez orgástica).
Priscila Manuela, baixota (em quase excesso) mas entusiasmada em
desmedida e escondendo a sólida aptidão para a pequenez, que a faz, aprecia-se
e salienta a própria satisfação, num cenário de, para quem a visse, moça segura
na determinação dos seus avantajados atributos peitorais e proeminência das
grossas coxas.
Priscila Manuela desdobra-se de modo a demonstrar a quanta (aparente,
tonta e delirante) importância (como ela quereria sentir) e nobre (como que
imprescindível vitalização da institucionalidade nacional) atributos que não
lhes eram.
... Jeremias raspou-se... de fininho..."
Texto original de Paulo Passos
Em: https://sai-qolo-gi.blogspot.
Justificativamente, apontam-se determinismos ligados à elevada incidência
de sintomatologia de desajuste na infância (considerando e incluindo os sinais
e sintomas de natureza ansiosa e/ou depressiva).
Salientam-se, sobretudo e
etiopatogenicamente, os determinismos históricos, sócio-culturais e familiares,
onde a significância de valores (ainda que adversos ao desenvolvimento justo e
livre) são incidentes e enraizados nos contextos de validação
clínica/disfuncional/patológica.
No concernente à cidadania e às
estratégias interventivas, sugere-se que o recurso a práticas sustentadas (e
fundamentadas nos devidos apriorismos e rigores de direito) de continuidade e
promotoras da implicação de realidades ambientais, sejam as de eleição,
considerando a excelência de oportunidades na adesão em âmbito da saúde
(ambiental, comunitária, grupal/familiar e individual) desprovida da função de
condicionamento ou de domesticação.
O Chefe-de Família e a Dona-de-Casa:
Neste modelo inter-activo, e no
que concerne à criança, não são cumpridas as necessidades de
satisfação/gratificação da liberdade e do direito existencial, na sua esfera
promotora de integração, adaptação e de participação implicada e construtiva.
Neste registo, recai sobre a
criança a exigência de funcionalidade com caracterizações (de imposição) de
natureza histórica, institucional, política, económica, social, cultural e
familiar, em detrimento da existência centrada na realidade (actualizada e
actualizante) da infância.
Estas práticas operam e estão
sustentadas (entre outras responsabilidades) em posições feudais na paisagem
familiar e sócio-cultural.
Na demonstração deste, a
despromover, desígnio (usual e manipulador pró-tirano), estão:
- As práticas relacionais e educativas
referentes às lideranças centradas na hierarquia sócio-familiar (treino de
subjugação);
- A tendência ao cumprimento de
um programa de vida impositivo e pré-existente (auto-desinvestimento, fatalismo
e dependência);
- O recurso conveniente à opinião
como certeza educativa (invalidação de alternativas); a sujeição às matrizes de
valores dominantes (acriticismo);
- A exigência da aceitação
passiva de normas (conformismo e adesão acéfala);
- A função de condicionamento
como estratégia educativa e relacional (despersonalização do sujeito);
- A segregação da autonomização;
- A inibição da implicação e da
estimulação do decisório;
- A castração da responsabilidade
e independência;
- A intoxicação da
espontaneidade…!
O Pai e a
Mãe; o Pai ou a Mãe; os Pais ou as Mães:
Contrariamente ao cenário
anterior, neste registo de relacionamento, são debitadas vivências de
gratificação onde a incidência recai sobre a criança, por si, com extermínio
das caracterizações de conveniência e das crenças das ditaduras das hierarquias
sócio-familiares.
Salienta-se, como substracto
referencial à mudança, a revisão e renovação de enraizados e acríticos
constructos sócio-histórico-culturais, assim como a responsabilização para a
pertença e para a integridade ambiental.
São sistemas familiares e
culturais promotores de salutar desenvolvimento, onde a matriz da relação entre
a criança e o meio cuidador, estão centrados:
- Na qualificação da estimulação
afectiva;
- No recurso à naturalidade do
desenvolvimento e da interacção;
- Na disponibilidade para a
segurança e protecção;
- Nas acessibilidades para a
relação em direito e em justiça;
- Na democratização de formatos
comunicacionais e de socialização;
- Na confiança ambiental;
- Na implicação harmoniosa,
lúdica e integrada da criança no próprio desenvolvimento;
- Na facilitação gradual da
construção da noção do outro como parceiro nutritivo;
- Na conjugação e adequação de
expectativas;
- Nos procedimentos de
participação e de elaboração;
- Na operatividade assertiva,
livre e equitativa;
- Na facilitação de experiências
de variedade, através do aperfeiçoamento de modelos avaliativos;
- No exercício da função
gregária;
- No treino de alternância com
posturas hipotéticas…!
Os Outros:
Este enquadramento espelha as
intenções e os desígnios de outrem (de cidadania, profissionais e de
institucionalismos de rigor) no panorama (integrado e sustentado em apriorismos
de validade) promotor de saúde ambiental, comunitária, grupal, familiar e
individual.
A materialização das intenções de
maturação dos sistemas (promoção de saúde e prevenção de disfuncionalidades e
de patologias) incluem cenários laborais centrados no sujeito, nos manifestos
grupais e nos de realidade comunitária.
No que concerne à
institucionalidade, esta deve favorecer a possibilidade de se manter actualizado
o real cenário das necessidades comunitárias, pela leitura epidemiológica de
rigor e, consequentemente, pela construção de programas de benefício
comunitário, com fomentação dos próprios recursos das comunidades.
Dentro das práticas de
intervenção comunitária, os meios de excelência, são os que consideram a
implicação da comunidade como:
- Protagonista;
- Actuante;
- Pensante;
- Crítica;
- Coesa;
- Articulada;
- Influente;
- Capaz de ajustes em
auto-regulação e auto-determinação, no sentido dos poderes da coerência da
justiça nas equidades e nas liberdades…!
A ditadura (mesmo na
sua travestida e corrosiva forma de auto-indulgência) encobre-se com a
propaganda e o aplauso.
Evite-se ou,
preferencialmente, extermine-se…!
Texto original de Paulo Passos
Em: https://sai-qolo-gi.blogspot.
" Crianças tão domáveis quanto o poder da doença da resignação possa exigir.
Crianças tão indomáveis quanto o são e prazeroso feitio (de corpo e de alma) determine.
A subjugação aos dogmatismos relacionais e educacionais pré-definidos, num arcaísmo acrítico, são mecanismos ditatoriais sustentados pela crença e valorização de um banal “bem-feitorismo” (que começa em casa, continua na escola e segue nos meios sociais próximos e alargados…), registado na sua hábil tacanhez de intenções e de competências, enquadrado num cenário impositivo e de intento castrador…!
A
identificação de práticas de relação (no manifesto ou no determinismo do
latente), onde a criança é elemento interveniente, está o motivo do presente
texto (*), na sua vertente de inventariação e sistematização dos discursos e
das posturas psicológicas que sustentam as variedades dessas (valorizadas)
práticas.
A análise de conteúdo dos
registos de observação, bem como a interpretação dos significados, atribuídos
às modalidades de valorização histórica, social, antropológica e cultural,
estão na base dos constructos dos padrões comunicacionais, que se identificaram
e deram motivo ao presente texto.
Foram inventariadas expressões,
verbalizações de pareceres e relatos de relação (directas ou por tradução
clínica), as posturas inerentes às práticas relacionais, bem como os mecanismos
de condicionamento, no contexto do cumprimento dos processos (dogmáticos) de
influência interactiva.
A estruturação do texto enquadra-se na divisão e saliência (do que inventariado e sistematizado), no quadro das práticas sócio-familiares de interacção, tendo a criança como um dos intervenientes, organizando-se nos seguintes desígnios:
- Desígnio
1: O Chefe-de Família e a
Dona-de-Casa (Contextos domésticos e vulgares de relacionamentos. Tipo de
relações com elevado cariz condicionante e patologizante).
- Desígnio
2: O Pai e a Mãe; o Pai ou a
Mãe; os Pais ou as Mães (Clarificação de intenções equilibradas de promoção
relacional e existencial).
- Desígnio
3: Os Outros (Identificação de
posicionamentos de intervenção, de responsabilidade institucional e de
cidadania, no sentido dos seus intentos sanitários de abrangência ambiental,
comunitária, grupal, familiar e individual)."
Texto (autoria: Paulo Passos) publicado em:
https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/04/o-papelaco-da-sala-e-da-sala-de-aula.html
"O massacre
(amordaçado) da infância começa na família e é continuado na escola, de forma
dedicada, protegida legislativamente, irreversível e infalível.
...ainda que e na
presença de...
Tantos talentos sem
quaisquer escolarização/formação/academismo formais.
...e... em
demonstração...
Raros talentos (em
proporção aos milhões de alunos/formandos) com tanta (e mais alguma)
escolarização/formação/academismo oficiais...!
Em talentos autodidactas... e noutros didactizados (fartazana) desprovidos de tal.
"(...) na educação da juventude (...) as escolas são consideradas como os espantalhos das crianças, ou as câmaras de tortura das inteligências (...)". Pág. 157, Coménio (1592-1670), "Didáctica Magna", 3ª Edição, Fundação Gulbenkian, Lisboa.
Entre os
escolarizados fazedores de coisas (categoria Épsilon em "Admirável Mundo
Novo" - Aldous Huxley) e os debitantes de meros determinismos opinativos
(enxurrando serviços, agravadamente, quando estes são públicos), está o produto
do "trabalho", este vandalizado mas vangloriado e glorificado pelas
conveniências da incompetência e da corrupção ética e estética (no mínimo).
...contudo... e em
pecado, legislativamente, mortal...
Insiste-se na escola
enquanto modelo sequencial à família, num violento processo de domesticação da
infância, onde os sorrisos se materializam na palidez da incompletude e da
delinquência aprovada, da acrítica e a-noção, de um patético benfeitorismo
patriótico e da plenitude da irresponsbilização.
"(...) perto de ti é difícil pensar, Zé Ninguém.
É apenas possível pensar acerca de ti, nunca contigo. Porque tu sufocas
qualquer pensamento original. Tal como uma mãe, tu dizes às crianças que
exploram o mundo: isso não é próprio para crianças. Como um
professor de biologia, dizes: isso não é coisa para bons alunos. O
quê, duvidar da teoria dos germes no ar?. Como um professor primário,
dizes: as crianças são para ser vistas, e não para se ouvirem. Como
uma mulher casada, dizes: hã! a investigação! eu e a tua investigação!
Porque é que não vais para um escritório, como toda a gente, ganhar
decentemente a tua vida? (*)
"(...) ris-te do
Zé Ninguém, sem entender que é de ti que te ris, tal como milhões de outros Zés
Ninguéns(...)" (*)
(*) Wilhelm Reich,
"Escuta, Zé Ninguém".
BY THE WAY...
Lá pelo século XIX,
os franceses invadiram Portugal, por 3 vezes. Na escola pública portuguesa há
um capítulo da História, debitado aos alunos, que se chama Invasões Francesas.
Há um outro capítulo
da História, na mesma escola pública portuguesa, igualmente debitado aos
alunos, em que os portugueses invadiram o Brasil (e demais) e que se
chama Descobrimentos.
O mesmo guião, o
mesmo acto... um é Invasão e outro é Descobrimento... (conforme o jeitinho).
The best of tugas...!"
Cada dia o ar está mais distante.
Ruth, tu achas que a comida que nós comemos, serve de alimento só para o nosso corpo e o ar serve de comida para a nossa imaginação?Pode falar o que tu queres mais?
Já que não vou tomar café, posso ir dormir e só acordar quando o sol for dormir, para ver o céu com aquelas cores de fogo que dá um medinho na pessoa. Se puder, eu quero acordar de madrugada para ver as estrelas e as estrelas cadentes.
Ai Ruth, para tu não se abusar de fazer as mesmas coisas, tu vai pensado em coisas que pode melhorar o teu corpo. Só não vai pensar em se apiriquitar e pensar em perfumes, porque cada animal tem o seu cheiro próprio.
Mas amigo, nosso sovaco não é muito agradável, não.
É a nossa defesa. Gosta de nós, quem gosta realmente.
Deixa eu pensar só em desodorizante?
Não pode, Ruth porque tem água e pode causar um curto circuito no corpo, porque a energia vai está mais concentrada.
O que não fazemos para viver mais um tempo! Isto vai dar certo, amigo?
Tem tudo para dar certo. Temos que deixar de viver para a morte e viver para nós.
Isto não é egoísmo, amigo?
Tu estás insinuando que é bom que nos falte o ar?
Não amigo, mas não temos que abrir caminhos para as novas gerações?
Temos que ser a vida e dela usufruir.
A vida é cansativa, amigo?
É porque gastamos energia com pensamentos que desgastam o nosso cérebro. O ser humano levou a vida para os problemas e não sabemos viver a vida como os animais. Tu já imaginou, Ruth, como uma cobra é inteligente? Até veneno tem. E nós o que temos? um par de sovaco podre.
Devia ser usado para nos defender de algum bicho!
Será Ruth?
Veio na imaginação, assim sem querer.
Faz algum sentido.