segunda-feira, 25 de julho de 2016

CAFÉ COM LETRAS - PÓVOA DE LANHOSO REVISITADA



PÓVOA DE LANHOSO

TERRAS DE LANHOSO

DISTRITO DE BRAGA

REGIÃO NORTE

PORTUGAL


Póvoa de Lanhoso ...

... Sede de Concelho ...

... com cerca de 22 mil habitantes.


Carta de Foral atribuída pelo Rei D. Dinis, em 1292.

Renovado o Foral pelo Rei D. Manuel I, em 1514.


Póvoa de Lanhoso ...


... Terra de honra dada pelo sangue que corre nas veias com garras
de Justiça, com garras de Povo que se quer livre 
e que se faz ouvir em voz e em manifestos ...!!!


Gente de beleza, de labuta e de presença ....


... de presença viva e entranhada da filha da Terra ..

... Heroína ... MARIA DA FONTE ...!!!


Maria da Fonte ou Revolução do Minho (1846) foi um acto de revolta popular
encabeçada por Maria da Fonte, contra os intentos do Governo de Costa Cabral ...
... conhecido por Cabralismo ou Cabrais.


Canta Vitorino, cantor e compositor português ...

Maria da Fonte

Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os cabrais
Que são falsos à nação

É avante Portugueses
É avante não temer
Pela santa Liberdade
Triunfar ou perecer

Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta
A tocar a reunir

Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho que primeiro
O seu grito fez soar


MARIA DA FONTE ... Mulher de Frente ...

Mulher ... em Hino ...

Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com a corneta na boca
A tocar a reunir

Eia avante, portugueses
Eia avante, não temer
Pela santa liberdade
Triunfar ou perecer!(refrão)

Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho, que primeiro
O seu grito fez soar!

Essa mulher lá do Minho
Que da foice fez espada
Há-de ter na lusa história
Uma página dourada


Terra doutrinada na fé e na fé exigida da iluminada liberdade ...


... Gente muralhada por notabilidade dos seus princípios ...


... onde o património coabita ...


... com a modernidade e o desenvolvimento ...!!!


Desenvolvimento que se faz em justo ...
... no rigor da Justiça em cor, que corre nas essências do Povo ...


... em educativo ...


... criativo e harmonioso ...


... e ... culturalmente sustentável ...!!!


Póvoa de Lanhoso ...


... Terra de certezas e de convicções ...


... Terra de inovações e sãs aspirações ...


... de símbolos e de sinais ...


... sinais do passado ...


... sinais de um passado recente ...


... e sinais de moderna evolução ...


... evolução que acarinha a origem ...


... como acarinha visitantes ...


... integrando, interpretando e fazendo pertencer ...!!!


Visitar Póvoa de Lanhoso ...


... é visitar, ou revisitar, a própria vida de ser Gente


... de ser um POVO...


... um POVO vigilante e atento ...


... um POVO com passado ...


... um POVO com passado conjugado ...


... um POVO com crescimento e Glória ...!!!


Bem haja ... PÓVOA DE LANHOSO ...


... e até muito em breve ... com carinhosa admiração
e estima de um brasileiro do Nordeste ...!!!


Fonte das imagens: Janiel Martins





domingo, 24 de julho de 2016

BOLINHOS DE PEIXE COM MELANCIA



                                                                    Bolinhos de peixe



Ingredientes:

- Lombos de peixe (a gosto)



- Melancia



- Funcho
- Alcaparras
- Azeitonas
- Limão



- Cebola
- Pimento
- Alho
- Azeite
- Sal
- Malagueta



Preparação do recheio

Coza o peixe numa panela com água e sal.
Retire o peixe e guarde o caldo.

Num tacho, refogue a cebola e o alho, em azeite.
Bem picado, adicione os pimentos, o funcho,
as azeitonas, a malagueta e as alcaparras.
Misture o peixe desfiado.
Mexa com cuidado, para não empapar. 
Ajuste temperos.
Desligue o fogo e regue com suco de limão.


Preparação da massa

Ingredientes:

. 400 ml do caldo da cozedura do peixe

. 400 ml de leite
. 3 colheres de sopa de manteiga
. 500 gramas de farinha de trigo

Leve um tacho ao lume com o caldo de cozer o peixe e adicione a manteiga, até esta derreter.
Junte o leite.
Coloque uma boa parte da farinha, vá mexendo continuamente e acrescentando o restante,
 até ficar a massa com a textura lisa e moldável.
Tire do lume e deixe esfriar.

Preparação dos bolinhos

Pegue em pequenas porções de massa, de forma a que cada uma delas, após bem espalmadas (com as mãos), fique com a dimensão aproximada de um pires de chávena de café. 
Coloque, generosamente, o recheio sobre a massa e molde-a de modo a adquirir a forma final dos bolinhos (bolinhas).
Repita este procedimento para a feitura de todos os bolinhos.

Quatro ventos de cores (acrílico sobre telas). Painel de Janiel Martins.
Para o processo de panar e fritar, precisará dos seguintes ingredientes:

. Leite
. 2 ovos inteiros
. Uma pitada de sal
. Pão ralado (farinha de rosca)
. Óleo

Misture o leite, os ovos e o sal, envolvendo os bolinhos, individualmente.
Passe-as por 2 vezes no pão ralado.
Com o óleo ao lume e, sem deixar aquecer excessivamente, vá fritando os bolinhos, mergulhando-os no óleo.
Quando o dourado os invadir, poderá retirá-los e repousá-los sobre papel absorvente.

Dica:

Pelo facto do pão ralado queimar facilmente, atente-se em não permitir que o óleo aqueça em demasiado.
Não mexa nos bolinhos logo após a sua imersão no óleo. 

Contudo, muito suavemente, deverá acompanhar a fritura com o carinho do seu intencional aconchego, tal e qual como nas coxinhas de frango, já aqui publicadas (2/2/2016).


Acompanha com melancia ...
... junto a uma salada ... a que lhe for mais conveniente ...!
Esta foi de agriões com alface roxa.


Bolinhos de peixe ...!!!


Entregue-se ...!!!


Fonte das imagens: Janiel Martins

sábado, 23 de julho de 2016

CAFÉ COM LETRAS - TEXTOS EM UNS

Uma conversa do tamanho de oito mil quilómetros.

 Dois
(Janiel Martins, RN / Brasil, 2016)

Homens são 
Brotam predicados 
Dos respiradores dos desejos 
Suspiros alentos 
Dos épicos alívios 
Que se encontram 
No cruzar dos jactos
Amantes dos gemidos 
Prazerosos e tremidos
Parceiros por iguais
 Com cor de derramação
Dois rumos de tesão


Fonte da imagem: Janiel Martins
Caetano Veloso
(BA / Brasil) 

Fonte da imagem: internet
Rapte-me, Camaleoa
(Caetano Veloso, 1981)

Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De um quasar pulsando lôa
Interestelar canoa...
Leitos perfeitos
Seus peitos direitos
Me olham assim
Fino menino me inclino
Pro lado do sim...
Rapte-me
Adapte-me
Capte-me
It's up to me
Coração
Ser querer ser
Merecer ser
Um camaleão...
Rapte-me camaleoa
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas...

Jacques Brel
(Bruxelas, Bélgica / 1928 a 1978) 

Fonte da imagem: internet
Ne Me Quitte Pas
(Jacques Brel, 1959)

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le cœur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Ou il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-la
Qui ont vu deux fois
Leurs cœurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
D'un ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas?
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Antônio Baltazar Gonçalves
(SP / Brasil) 

Fonte da imagem: Antônio Baltazar Gonçalves
... rapte-me, adapte-me, capte-me mensagem à toa
de um quasar pulsando lôa
Interestelar canoa...
... ne me quitte pas ...

Ne me quitte pas? Jamais, mon homme de rêves!

Num
(Antônio Baltazar Gonçalves, 2016)

Sou desigual, gosto das coisas desiguais e tudo tem um lugar em mim.
Nada dispenso e me acho arranjando harmonia pra tudo.
Falo com um amigo e aceno despedida pra um estranho que me quer bem.
Ouço Joy division porque gosto do punk rock dos anos 80.
Gosto do preto e do branco do cinema mudo alemão,
gosto do amanhecer colorido.
Gosto de ver o Sol iluminar o que se mostra à minha volta tingindo cada coisa com camadas de uma tinta sempre nova.
Gosto de pensar que um dia vou navegar o Atlântico, sobrevoar o Líbano 
e escalar o Ebron.
Gosto de pensar que escrevo quando na verdade estou pensando, gosto de pensar que o Amor vai se pôr em mim permitindo que eu feche os olhos 
pra descansar um pouco de viver.
Eu projecto o que sonho em tudo que faço e quando me revejo sei que o lugar onde o eu habita é uma palavra.
Eu está no som da palavra, eu é o som impronunciável de num.

Janiel Martins
(RN / Brasil) 

Fonte da imagem: Janiel Martins
Ser...tão. 
Sertão.
Sertão é ser tão...cheio de completo homem...!!!

SERTÃO MACHO 
(Janiel Martins, 2016)

Ser...tão Sertão
Sertão é ser tão
Ser a jorrar masculino
Do substantivo que é singular
Mas tem também plurais
Tem Sertãos e tem Sertões

De honra brotou sem horizonte
O leite de pai jorrado
De homem sim, de homem
De homem que só se avista
De já no leite macho
Por chãos ejaculado

Derramado sai em si
Do desejo encerra a questão
Pode cair em seco
No desejo que faz tremer
Mas cumpre de seu tesão
Num seio que não é vão

Machos Sertãos, machos Sertões
É Sertão, Sertãos ou Sertões
É fértil, é rijo, é inteiro
É substantivo
É masculino
É macho com colhões

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Janiel Martins