quarta-feira, 4 de maio de 2016

CAFÉ COM LETRAS - SERRA DA TAPUIA / RN


Homenagem ao Interior. 

Homenagem ao Homem e à Mulher do Interior. 


A interioridade brasileira, salvo raras excepções, tem tido a sina de ter sido condenada ao abandono e à desigualdade, tanto nas oportunidades, 
como no trato plasmado e consagrado na constitucionalidade.

Gratidão para com a garra e as vontades das populações do Interior,
 devidas por todo o povo brasileiro. 

Desigualdades nas oportunidades, traduzem, no imediato, um grave lanho na liberdade e no usufruto dos direitos, através da privação legal nas acessibilidades à justiça. 

Desigualdades no trato, traduzem, igualmente um desencontro de direitos e deveres, uma vez que a difusão de responsabilidades e os abusos de poder, pela via da escassez de meios e de recursos, surge como via reparadora de lacunas e de necessidades, 
onde as básicas, frequentemente, se incluem.

Um país civilizado não é um país abandónico, nem um país discriminatório, 
no que concerne aos direitos populacionais.
A igualdade rege-se pelo mecanismo de auto-protecção e auto-determinação colectivas, 
no regime constitucional.


O primitivismo operativo dos meios menos favorecidos, no concernente à 
igualdade, liberdade e justiça, fomentados pelas negligências governativas, 
institucionais e políticas, servem de bode expiatório a outras camadas populacionais, 
pela imatura e inacabada composição psicológica destas 
e pela sujeição a que aquelas outras estão condenadas, contudo erguidas!

Sistemas sociais salutarmente evoluídos não necessitam de bodes expiatórios para se vangloriarem e enfeitarem as suas lacunas psíquicas, ao ponto de não as reconhecerem!

Parece sina ... não o sendo!

A interioridade tem o seu qualificador nas origens e na serenidade, 
que muito pouco se tem considerado.
Na interioridade está o secretismo de cada um e o secretismo de cada comunidade. 
Está o cerne, a essência, o núcleo organizador. É o interior. É o interior de cada um.
Estão os desejos íntimos, estão os medos, os fantasmas e as aspirações, está a proximidade do genuíno, está o afastamento do falso e do supérfluo. 
Estão as regras de sobrevivência e vivência sociais, expostas nas atitudes e manifestos de todos, como mecanismo assegurador do equilíbrio social.


Estão também as partilhas e as seguranças de vida, onde o todo funcional não é redutível ao somatório dos diversos componentes, nem dos fragmentos 
de conveniência ou de logroso equilíbrio.

No sereno e no silêncio da interioridade está o som do discurso do pensamento e do desejo.
São as mais valias da segurança, onde o todo social é 
de todos e onde o todo individual se aconchega.

Os tesouros da interioridade, plasmados no folclore, na arquitectura, na música, na gastronomia, nas convicções e crenças, nos usos e costumes, vividos de Domingo a Domingo, parecem ritualizações rotineiras mas, antropológica e psicologicamente estão encharcadas de inovação, variedade e de criatividade.

Cada função, cada tarefa ou comemoração, não se iguala às anteriores, onde o tónico do prazer é colocado naquele momento, de forma peculiar, como se fosse uma primeira vez.


O Rio Grande do Norte é muito mais do que o seu rico, belíssimo e cosmopolita litoral.

INTERIORES E INTERIORIDADES

Bem Vindos 

Bienvenue

Welcome

Bienvenidos

Benvenuto

Willkommen

Uma paragem, para uma tarde numa amigável, acolhedora e ternurenta localidade do interior do Rio Grande do Norte, em passagem para terras da interioridade mais interior, 
já Sertão!
Serra da Tapuia inclusa no município de Sítio Novo, microrregião da Borborema Potiguar, 
no Estado do Rio Grande do Norte - Brasil. 

A sede dava sinais de incómodo quando, já na Serra da Tapuia, 
surge a pousada que foi olhada como um oásis. 
 A simpática e protectora pousada - Pousada de Santa Inês. 
Os sucos de maracujá, bem reconfortantes, frescos, repositores e hidratantes, fizeram
o renovar do brilho e dos sorrisos.



Momento de esticar as pernas, num passeio calmo na pracinha e pelas ruas, de 
modo a integrar o espaço vital e colectivo da localidade.

Serra da Tapuia

Ambientes rurais e urbanos da Serra da Tapuia ...

... depois de entrar volte a fechar o portão!

Bem vindos à Serra da Tapuia.


A Serra da Tapuia, sem precisão, deverá ter um número próximo dos 1.500 habitantes.


Conta a lenda que, a índia Tapuia, habitante natural da região, 


de coragem invulgar e coerente nos seus intentos de liberdade, 


ao ser perseguida por um colonizador, 


e sentindo a dor do possível encurralamento,


decide lançar a filha de um lageiro, seguindo-se 



o suicídio.



Simboliza a coragem e a determinação dos tapuienses,


enquanto nobres e senhores das suas liberdades.


Jamais sujeitos a domesticações e a submissões subalternas.


A altivez das gentes da Serra da Tapuia está patente nos



genes da sua socialização e independência decisória.


Notável Povo, notável Índia Tapuia.

Serra da Tapuia, Tapuienses.

Encanto de nome, encantadora designação.
Glorificação da interioridade, do Interior.

Ouvida a lenda, no sereno do aliviante e inigualável pôr de sol,
o pôr de sol no Interior,
sente-se a presença da índia Tapuia, 
avistando-se um dos ex-libris da localidade - o Castelo do Zé dos Montes. 

É o deslumbre do sol em despedida, num "até amanhã" vocalizado
pela imaginação, como se fosse ele o mutável!

É uma despedida do dia ,..., da Índia Tapuia aos Tapuienses!

Tapuia dos desígnios libertadores.


Fonte das imagens: Janielson Martins







terça-feira, 3 de maio de 2016

CAFÉ COM LETRAS - NA APÚLIA ... COM PEIXE E COM LIVROS



Paulo ... o Paulo ... é um homem ...

      ... que se tem vindo a exterminar! 

Extinguiu-se!? 

É a raridade!


O Paulo existe no que se (re)conhece ser o património da palavra de honra!

O Paulo é um filho da pureza e do genuíno ... 

... da cristalinidade de afectos e de pensamentos!

É um "anjinho barroco" deliciador dos ambientes!

O Paulo é benfiquista, mas não gosta de ver ninguém a perder!


Por vezes ruboriza de raiva (mais de aflição!!!), mas de raiva desrancorosa, de raiva de momento que ,..., tanto vem, como já foi!

É um dador de si, feito de tudo e até de esquecimento ... 
esquecimento da pitadinha de maldade e de vingança!

O Paulo derrete, qual manteiga numa quente tarde estival. Derrete e faz derreter! ...! Ouve-se!

É ... é o Paulo, que também é Mariano ... Mariano, do símbolo de Maria! Maria fêmea, Maria mulher, Maria de protecção e de preocupação ... Maria de vida, de povo e de alma ... 
Maria de presença ... Maria de alheio!

O Paulo é o capítulo vivo da cultura e do conhecimento, das desmedidas correlações mentais que habitam na sua dourada interioridade e que oferenda a quem com ele convive.

O Paulo, que também é Mariano, é um psicólogo português, que honra e prestigia qualquer enquadramento das esferas do seu quotidiano.

Sapiência em gente, humildade em essência ... ingredientes para o desprotegido auto-conceito, que não se consciencializa nos puros e nobres sujeitos, para salvaguardar o espectro das tentadoras (mas paupérrimas) malícias da soberba e da vaidade.

Desconhece, em si, o poder do conhecimento, estando, contudo, sempre em débito permanente do enriquecimento de outrém, na naturalidade! 
Ele comporta, na naturalidade, o prestígio da institucionalidade da ciência e da cultura.
É precioso!

Estar com o Paulo, que também é Mariano, é um energético e vitaminado momento de elaborações mentais e de reestruturação do cognoscível.

O Paulo, que também é Mariano ...

A justiça encarrega-se, nobremente, de se fazer sentir, nos merecedores enquadramentos relacionais. 

O encontro do Paulo com a felicidade, dada pelo amor de sentir outro, dando-se o que só da pele do amante consegue ser dado, teve a materialização na doce, cuidadora e prestável mulher que lhe é a mão esquerda e a direita. 

O Paulo, que é o Mariano perdão, habita na segurança do aconchegante casulo, que faz as delícias da carinhosa Fernanda ... que faz as delícias do terno e desviciado Paulo!

A lenda pura da vida do Paulo e da Fernanda ... dádiva!

Notável pessoa que teve a cortesia de me acolher nas suas fáceis, mas muito selectivas, amizades, orgulho que me preenche as entranhas da satisfação ... sinto-me gostado!

... ao Paulo e à Fernanda ... na casa da Apúlia ...


...


...


Apúlia, 
local de mar, 
... balnear, 
... gastronomia, 
de gente de pesca ... de gente!


Apúlia - Concelho de Esposende, Distrito de Braga, Região Norte, Portugal!


Na Apúlia ... com peixe! ... naturalmente ... !!!


Uma refeição com Companhia ...


Foi assim ...


- Peixe (cavalas)
- Ovos
- Ervilhas
- Malagueta
Rosmaninho
- Louro
- Sal
- Limão
- Azeite
- Meloa
- Compota de figo
- Alcaparras

Cavalas amanhadas e cozidas em água, sal, louro, rosmaninho e malagueta.
Ervilhas escaldadas em água e sal, somente. 
Ovos cozidos.
Tempere com um fio de azeite e sumo de limão.
Acompanha com compota de figo, meloa e alcaparras.


Não comente ... sinta-se com a explosão dos diversos sabores e aromas ...
... misturados ou conjugados como entender!

Com chuva, sol, frio, calor, vento ... 
... quem determina o prazer, é o olhar de mar, revolto ou chão, que se apruma numa boa tarde, 
a poucos metros de si!

Está-se na sala do Paulo e da Fernanda ... 
... bem ao jeitinho da integração e de frente para o horizonte de água!
.
...
Pertencendo!
Pertencente!
...


...


...
Pertencente!
Pertencendo!
...
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Fonte das imagens: Janielson Martins



















segunda-feira, 2 de maio de 2016

ARROZ DO MAR E DA TERRA


Ingredientes:

- 1 malga de miolo de amêijoas
- 4 barras de delícias do mar
- 1 posta de peixe
- 1 malga de ervilhas
- 1/2 pimento
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- Coentros q.b.
- 2 colheres de sopa de polpa de tomate
- Malagueta (a gosto)
- Azeite
- Sal q.b.
- Arroz (o necessário)
- 1 laranja
- 1 limão

Modo de preparação:

Aproveitando um posta de pescada cozida, umas sobras de amêijoas e umas barras de delícias do mar, que já nadavam pelo congelador ... caracterizaram os assuntos do Mar!

As ervilhas, pimento, cebola, coentros, alho,..., e o arroz ... materializaram os assuntos da Terra!

Pique a cebola e refogue-a em azeite.
Adicione o alho, o pimento cortado aos pedaços, as delícias do mar, igualmente cortadas, o miolo das amêijoas, as ervilhas e a posta de peixe desfiada..
Tempere com sal e a malagueta.
Envolva tudo, carinhosamente!

Junte o arroz e, quando as pontas deste começarem a ficar opacas, misture a quantidade proporcional de água, que lhe é familiar.
Mexa suavemente, com um garfo (o arroz mexe-se com um garfo).

Quando a ser prazer, apague o lume e, na hora de se deliciar, polvilhe com uma chuvada de coentros, grosseiramente cortados ou partidos.


... felicite-se, abuse e vitamine-se com um suco de citrinos ... 

Fonte das imagens: Janielson Martins



domingo, 1 de maio de 2016

CAFÉ COM LETRAS - UM 1º DE MAIO COM JOSÉ DE ALENCAR

1 DE MAIO

DIA DO TRABALHADOR

HOMENAGEM AO TRABALHADOR E AO TRABALHO

Fonte da imagem: internet. Cartaz do Rio Grande do Norte, Brasil




Fonte da imagem: internet
Fonte da imagem: internet

"O Dia do Trabalhador, Dia do Trabalho ou Dia Internacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia 1 de Maio em numerosos países do mundo.
No calendário litúrgico celebra-se a memória de São José Operário, sendo o santo padroeiro dos trabalhadores.
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos EUA.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos Estados Unidos. No dia 3 de maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de três manifestantes. No dia seguinte, 4 de maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes matando um agente, na rixa que se seguiu sete outros morreriam. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. No seguimento cinco sindicalistas foram condenados à morte e três condenados a pena perpétua. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haimarcet. 
Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu por proposta de convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o primeiro dia de maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891, uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas, proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o Senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano como dia feriado. Em 1920 a URSS, adopta o dia como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias."
Fonte: wikipédia


Curiosa sina ... em 1 de Maio de 1829, nasce José de Alencar, em Messejana, Fortaleza / Ceará.

Dia e Mês em que, anos mais tarde, ainda no seio do Século XIX, se geram os desígnios do Dia do Trabalhador que, louvavelmente, se comemora, num colossal registo pelo Mundo, 
em todos os dias 1 de Maio. 

José de Alencar, morre em 12 de Dezembro de 1877, no Rio de Janeiro. 


Com a trilogia relativa ao Índio brasileiro, a posição de indianista é atribuída 
a José de Alencar, 
como uma saliente referência literária. 


A trilogia é composta pelos seguintes títulos:

Ubirajara
O homem índio alheio e desconhecedor da existência do homem branco.

Iracema
 Zona comum de convivência entre o homem branco no cenário do homem índio.

Guarani 
O homem índio no ambiente do homem branco.

É comummente aceite o valor literário e histórico-psicológico de Guarani, 
no concernente aos indícios e sinalizadas considerações, sobre 
critérios antropológicos da criação da nação brasileira.




Contudo, é em Iracema que se projecta a obra mais emblemática 
de José de Alencar.

Iracema ou Lenda do Ceará a Magnum Opus de José de Alencar.

Lê-se na wikipédia:
"Para José de Alencar, como explicita o subtítulo de seu romance, Iracema é uma "Lenda do Ceará". É também, segundo diferentes críticos e historiadores, um poema em prosa, um romance poemático, um exemplo de prosa poética, um romance histórico-indianista, uma narrativa épico-lírica ou mitopoética. Cada uma dessas definições põe em relevo um aspecto da obra e nenhuma a esgota: a lenda, a narrativa, a poesia, o heroísmo, o lirismo, a história, o mito."
“Originalmente “Iracema – Lenda do Ceará”, “Iracema" é um termo Tupi que significa "saída de mel, saída de abelhas, enxame" (ira, mel, abelha + semu, saída). É um anagrama da palavra “América”. É um romance romântico, publicado em 1865.”
“Na obra, o escritor José de Alencar explica que "Iracema" é um termo originário da língua Tupi, que significa "lábios de mel": porém, segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, tal etimologia não é correta.” 
"Em Iracema, Alencar criou uma explicação poética para as origens de sua terra natal, daí o subtítulo da obra - "Lenda do Ceará". A "virgem dos lábios de mel" tornou-se símbolo do Ceará, e seu filho, Moacir, nascido de seus amores com o colonizador português Martim, representa o primeiro cearense, fruto da união das duas raças. A história é uma representação do que aconteceu com a América na época de colonização europeia."

1 de Maio, Dia do Trabalhador, dia e mês em que José de Alencar vê luz de vida ...!!!

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Fonte das imagens não identificadas: Janielson Martins

sábado, 30 de abril de 2016

CAFÉ COM LETRAS - SOPA DO SERTÃO COM NARRATIVAS

SERTÃO MEU INTERIOR
(Janiel Martins - Braga / Portugal, Novembro de 2015)

Sertão de desígnios
Serves a todos sentido e amado Sertão
Serves a todos que te escorraçam até
Escorraçando o que de mal lhes corre nas entranhas da alma
Usam-te como a infelicidade que lhes é
Querem-te para purga
Para se verem nos próprios fantasmas
Para se reverem nas próprias perseguições
Purgar a dor e a moléstia
Cravadas nas essências das almas
Sertão de coração de gente
És nobre e não reclamador
Na altivez do teu sereno
Reclamas apenas o amor dos filhos que em ti se pariram
Serás a eternidade da honra no sol da tua fogosa frescura
Frescura sentida por quem é Sertão
Frescura no sol do teu ser Sertão
Sair de ti é ficar no louvado Tu


Lides sentidas no corpo, indiferentes às dores tatuadas 
nas almas caminhantes pelos verdes prenhes de secura.
Secura que a alma de todos conhece!
Não há estranheza ... há beleza!

(Excerto de "Vidas Secas" - Graciliano Ramos)

Homenagem a Fabiano, Sinhá Vitória, cachorra Baleia, papagaio
 e aos dois filhos, que eram ... o mais velho e o mais novo!
No Sertão!


Tradicional e genuinamente é a carne de bovino que se usa para a sopa sertaneja.
Contudo, a liberdade de decisão é, exclusivamente, um desígnio a obedecer.
É um desígnio de quem trabalha, de quem cozinha.

Nesta sopa, chorada e sorrida ao Sertão, foi usado um peito de frango, preparada como 
carne de sol (ver matéria de 19/Janeiro/2016).


... mandioca; carne de sol (referência citada acima); 1/4 de pimentão; 2 dentes de alho;
1 cebola; gengibre (a gosto); funcho (a gosto); azeite e sal ...

Corte a mandioca em rodelas e descasque-as.
Coza em água (sem sal), levando um choque térmico, cerca de 20 minutos 
depois de estar a ferver - adicione 2 copos de água fria.


A carne pode ser cozida juntamente com a mandioca, devendo ser retirada 
logo que esteja no ponto.

Mandioca, pimento, alho e gengibre ... feito puré (a liquidificadora
é a responsável por este procedimento).


Cebola refogada no azeite, ao que se junta a mistura do puré.

Envolve-se, como o sereno!

Desfiada a carne, adiciona-se à sopa, juntamente com o
 funcho picado (ou outra erva aromática).

Ajuste temperos.


Enobrecendo os naturais requintes sertanejos, esta sopa foi 
presenteada com tostas, queijo fresco, alcaparras e compota de ameixa.

Ingredientes que o Sertão autorizou acolher, nas liberdades das suas
 imaginações, cortesias e delicadas rudezas!

Sinta com Guimarães Rosa o ar que rodeia o ser Sertão ...

(Excerto de "Grande Sertão - Veredas" - Guimarães Rosa)

Sempre que conseguir sentir que o capricho e a fome de ser, se exibem em si, 

REMEMBER ... 

... que muito bem conhece, porque a si pertence ...

... a lexicologia dos seus genes:

... dez ovo ... por favô ... !!!

Nas "OPINIÃES" de Guimarães Rosa ...
... e como em Guimarães Rosa ...
"... O SERTÃO ESTÁ EM TODA A PARTE ..."

... é pureza!

Está em quem é gente! ... no tesão do genuíno! 

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Fonte das imagens: Janiel Martins
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