sexta-feira, 18 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - NO REINO DOS HOMENS



John Steinbeck. Fonte da imagem: internet.
"(...) Parece que os países novos seguem sempre a mesma rotina.
Primeiro, chegam os desbravadores, fortes e heróicos, mas vulneráveis. Podem lutar contra as forças da natureza, mas são ingénuos e impotentes perante o homem, e é talvez a ele que fujam. Quando a terra fica desbravada, chegam, por sua vez, os homens de negócios e de leis para auxiliarem o progresso e resolverem os problemas de propriedade, o que equivale a dizer que acabam também por contrair a febre da posse. Vem, por fim, a cultura que é, simultâneamente, distracção, descanso para os nervos e olvido da amargura de viver. E a cultura pode apresentar-se sob todas as formas.
A igreja e o bordel chegaram ao mesmo tempo ao Oeste. E ambos teriam ficado horrorizados se soubessem que não passavam de diferentes facetas da mesma necessidade. Porque, na realidade, ambos pretendiam alcançar o mesmo fim: os cânticos, os ritos, a poesia da igreja ofereciam ao homem o esquecimento da sua tristeza; o bordel, esse, oferecia-lhe outros esquecimentos. 


(...) Enquanto as igrejas, carregadas do suave odor da piedade, investiam como ajaezados e impetuosos cavalos de cervejaria em dia de festa, a sua parente pobre entrava com pézinhos de lã, toda curvada e velada, para evangelizar os corpos.


(...) E, na verdade, se depois de terem escutado os gritos de êxtase dos fiéis, pontuados pelos acordos dos harmónios, ouvissem os murmúrios que saíam duma casa de prostituição, era natural que confundissem as identidades dos dois ministérios. O bordel era tolerado mas não reconhecido." 

Em "A Leste do Paraíso", de John Steinbeck (EUA, 1902 - 1968).


Paulo Passos.

AS CORJAS
(Paulo Passos, Portugal)

          Estranhezas?

Semelhanças.

          Semelhanças pensadas e prenhes de coerência.

Hierarquização dos papéis e estatutos da classe dos abutres.

          Sanguessugas.

Roubança farta, legislada, autorizada, fartura de exploração.

          "A terra a quem a trabalha", diz-se ...!!!

Assim deveria ...!!!

          Mas não. Tem que haver lugar para a ladroagem.

Que se legisle ...!!!

          Foda-se ...!!!

Assim foi e assim é. 

          Será também?

Foda-se ...!!!

          Corjas ...!!!

De PUTAS?

          Assim fossem.

São CORJAS.

          São CORJAS, mas as putas só têm as costas largas.

São CORJAS ... NÃO de PUTAS.

          São CORJAS ... dos outros ... de GATUNAGEM.

CORJA.

          AS CORJAS ...!!!


Janiel Martins.


















terça-feira, 15 de novembro de 2016

SOPA DE OLIVEIRA


Ingredientes:
(... as quantidades são as suas ...!!!)

- Rama de oliveira
- Alho francês
- Cenoura
- Chu-chu
- Alho (2 dentes)
- Azeite
- Sal
- Pêras
- Queijo
- Marmelada



Modo de preparação:

Numa panela, depois de lavados e cortados aos pedaços, 
coza em água e sal, o chu-chu, cenoura e alho, 
com a rama, fazendo um cozido numa infusão de oliveira.



Deite no liquidificador, retirando antes a rama da oliveira, 
e deixe que este trabalhe, até ficar com uma textura bastante cremosa.
Na mesma panela refogue, levemente, em azeite, o alho francês, previamente 
lavado e cortado às rodelas, após o que misturará o creme de legumes. 
Envolva tudo de forma suave a aperitiva, conferindo o tempero.


Sugestão a não descartar ... acompanhe com pêras, marmelada e queijo ...!!!


Sinta-se ... mas tão bem ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - DENUNCIAÇÃO DE CHUNGARIAS E (DES)MORALIDADES I




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Bertolt Brecht. Fonte da imagem: internet.

"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento.
Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."

"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa.
É compreensível: eles já comeram."

"Muitos juízes são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça."

"Temam menos a morte e mais a vida insuficiente."

"Pergunte sempre a cada ideia: a quem serves?"

(Bertolt Brecht, Alemanha 1898 - 1956)
           

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Napoleão Bonaparte. Fonte da imagem: internet.
            "Do sublime ao ridículo, só um passo é necessário."
"as verdadeiras conquistas,as únicas de que nunca nos arrependemos, 
são aquelas que fazemos contra a ignorância."

(Napoleão Bonaparte, França 1769 - 1821)

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John Steinbeck. Fonte da imagem: internet.
"(...) Podemos gabar seja o que for, se nada mais tivermos. 
Quanto menos se tem, maior é a vontade de o gabar. (...)".

"(...) Certos homens sentem amizade por toda a gente, enquanto outros
se odeiam a si próprios e espalham o ódio à sua volta como se pusessem 
manteiga em pão quente (...)."

"(...) O espírito do homem não se pode contentar em viver com o seu tempo,
como faz o corpo (...)."

Em: "A Leste do Paraíso", John Steinbeck, (EUA, 1902 - 1968).

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José Rodrigues Miguéis. Fonte da imagem: internet.
 "(...) O fascismo tinha para ele uma clara significação: era o triunfo daqueles que o tinham mantido na fome, na ignorância e na miséria, e não só a ele, como a incontáveis milhões no mundo inteiro. Era a perpetuação dos males da humanidade, a morte da esperança e da luta. E a ameaça envolvia também a sua terra de adopção, a pátria do seu herói, Lincoln. Soube ler o aviso da História, e decidiu acordar a sua gente da apatia em que ela vegetava. Fez então muitos sacrifícios morais e materiais para esclarecer os que, tendo olhos de ver, não viam; e tendo ouvidos de ouvir, não escutavam. (...)"

Em: "O Cosme de Riba-Douro", conto incluso no livro "Gente da Terceira Classe", José Rodrigues Miguéis, Portugal.

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Antônio Baltazar Gonçalves. Fonte da imagem: internet.
SOBRE OS SUJEITOS 
(uma primeira parte)
(Antônio Baltazar Gonçalves, SP / Brasil)

O sujeito indeterminado agora é sujeito vestido

se apresenta mesquinho escondido atrás das rotundas 

invejoso, vaia e se consome assistindo o espetáculo que ama.

O sujeito indeterminado é velho conhecido 

transfigurado, sempre mesquinho, vive vida emprestada

nas quebradas do discurso costura trama de velha textura.

Usa máscaras, o sujeito indeterminado

pode ser que seja e pode ser que não é 

o amigo Otelo, a amante Desdemona 

ou Iago do próprio Iago.

Tão astuto quando perspicaz, está e não está

   na falta evoca ação; presente abre lacunas.


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Frederico Lourenço. Fonte da imagem: Internet.
A PINTORA CHIQUE
(Frederico Lourenço, Portugal)

"A pintora chique tem sempre uma alcunha como Cucha, Lucha ou Gucha e vende todos os quadros, logo de uma assentada, na abertura das suas exposições. Nunca andou em Belas-Artes, nem teve sequer uma única aula de pintura. Um dia, depois de se maçar com o negócio de fazer tartes óptimas ("sablées, apetitosíssimas") para vários restaurantes do Estoril, comprou telas, tintas, terebentina, óleo de linhaça ... ah pois, também comprou, ao que parece, um "jogo" de pincéis. Tem um estilo francamente inapto, a que as pessoas finas do meio dela chamam naif. Há umas manchas coloridas nos seus quadros que representam flores; umas coisas rugosas que são conchas; muito, muito azul. "O mar!" exclamam todos. Houve até quem lhe chamasse a "pintora do azul". Receosa de ficar conotada com temas azuláceos, pinta agora telas com enormes amontoados de coisas castanhas. "É a minha nova fase delabrée".

Em: "Caracteres", Frederico Lourenço.


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Paulo Passos.
"A hipocrisia é íntima do medo que insatisfaz a verdade."
                                                          
"Não sou ladrão. 
Jamais ficarei com o que não me pertence. 
Nem idiossincrasias, nem rancores, nem neuroticidades, 
nem caprichos, nem pequenezes, 
nem medos, provenientes de outrem.
Devolvo tudo ao proprietário."

   (Paulo Passos, Portugal)

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Janiel Martins.
CASUALIDADE
(Janiel Martins, RN / Brasil)

Mais ocê é atrevida memo!

Arrmaria, eu não posso falar nada
Aqui dentro.

Ritinha venha aqui pegá su irmã.
Ivonaldo vai tirá lenha.

Paínho, só manda eu!

Lançando das guelas comunitárias
Tornou um ponto de encontro,
Invenção do coisa ruim.
Armando para si,
Um saco com 2 pareias de roupa
Passa o dia no rio.

Dona Maricota sabe de tudo.

Vixi Maria, como sabe da vida alheia.
Gonzaga diz que aquilo é veneno,
Um dos mais fortes.
Invenção do diaxo,
 Aquilo é arma sem bala.


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Janiel Martins.

domingo, 6 de novembro de 2016

CREME LOURADO DE LEGUMES


Ingredientes:

- 2 folhas de louro verde
- Azeite
- Sal
- Salsa
- Couve
- 1 beringela
- 2 chu-chus
- 2 pés de aipo
- 1 nabo
- 2 dentes de alho
- Malagueta (opcional)


Modo de preparação:

Corte a beringela, nabo, chu-chu e aipo em pedaços e 
coza-os numa panela com água e um pouco de sal, misturando 
as folhas de louro verde (bastante mais aromatizado) e os dentes de alho.


Depois de cozidos (relembra-se que os legumes devem ser consumidos, 
tão próximo quanto possível, do seu estado natural), 


retire as folhas de louro e, com a consolidada 
amizade e confiança da liquidificadora, ponha-a a trabalhar ...!!!


Creme pronto ... ao que juntará mais um pouco de água, se for o caso disso.


Após farripar as folhas de couve, deite-as no creme de legumes e volta ao lume.


Já com o lume desligado, adicione a salsa picada e um fio de azeite.
Confira temperos.


Atreva-se com queijo, maçã, um copo de vinho tinto ... 
... e a presença da sua companhia e ...!!!


This is happiness ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - CHAGAS DAS MENORIDADES

              Coisas e coisas maquilhadas. 
ORFANATO DA INFERIORIDADE
(Paulo Passos, Braga/Portugal)

      Actualmente uma "faculdade" é todo o estabelecimento de ensino que não seja anterior ao ensino secundário. Do ensino secundário exclui-se, faça-se justiça, o regime das novas oportunidades. Este sim, com os mesmos direitos de académicos designatórios, merece o respeito inerente e, assenta bem dizer-se que “…vou para a faculdade comprar o 12º ano …” em vez de “…vou para as novas oportunidades fazer macramé…”.
      O aproveitamento, de quase tudo o que é ensino pós secundário, ter passado à designação de licenciatura (umas, verdade, justa ou injustamente, outras, mentira!), certamente com muito duvidosos critérios, dizem as más-línguas, foi de tal modo abrangente que “licenciatura” (já íntima de curso técnico/profissional) passou a ser sinónimo de doutor ou doutora.
     De bom e justo tom (felizmente), salvaguardar os honrados e genuínos licenciados em Arquitectura ou Engenharia, que jamais lhes passou por qualquer neurónio motivacional serem designados de outro modo a não ser de “arquitecto ou engenheiro”.
       Contudo, saliente-se que, o "Manel" e a "Maria", continuam a ser o mais nobre, insuspeito e irrepreensível trato. 
       Foi um proliferar de "faculdades" e "universidades", por esse país fora, encontrando-se, num registo geográfico, "universidades" em variadíssimos locais. Só a título de exemplo, apontam-se a universidade de Mesão Frio, a universidade de Mértola, a universidade de Campo Maior, a universidade de S. Brás de Alportel, a universidade de Castro d`Aire e por aí adiante. Para os interessados numa completa listagem, podem dirigir-se a qualquer centro comercial e perguntar às moças que nos querem ver as mãos (mas não é para lerem a sina), em que "faculdade" andaram e, assim, vão completando a lista, indo perguntando a estes licenciados onde estudaram.

         
        Tudo anda, ou andou, numa "faculdade" qualquer. É uma questão de sobrevivência. Até o pequeno dos desportos radicais diz, que andou na "faculdade" em Rio Maior.
         A pequena, que sempre carregou, e bem, no botão para activar o mecanismo radiográfico, para o povo fazer as chapas (ou raio-x), agora também tem uma licenciatura porque andou numa escola que chamou de "faculdade". Não mudou de trabalho nem de funções, mudou só de grau, porque na escola (isenta de culpas, certamente) que frequentou, houve a libertinagem de se auto-intitular "faculdade". Aliás, tal como a rapaziada que esfrega os ossos dos desvalidos com dores ...!!! São os doutores das massagens, como as pedicures/manicures e gentes das dietas também o são, no seu respectivo ramo.
         Há já quem se tenha formado em manutenção de campos de golfe, com o devido rigor, apreciado e validado por hostes experimentadas na construção de planos curriculares. Destes não há a certeza se foi em regime de licenciatura ou de mestrado.
A criatura que sempre segurou (tão bem) o aspirador que suga a saliva da boca das pessoas (ali escancaradas e silenciosamente (exceptuando os fanhosos "nha-nha" que se vão libertando, consoante as dores, medo ou incómodo) de bocarra aberta) para o dentista poder trabalhar, também passou a doutora. O mesmo com a rapaziada das análises laboratoriais, técnicos de diagnóstico e ... qualquer coisa mais!
Catequistas ... mesmo cenário! Qualquer alma que tenha andado sempre enfiada numa igreja e paróquia, num automático processo de equivalência, também passou, divinalmente, a ser portadora, de direito, do tão desejado título. Aqui, a "faculdade" tanto pode estar localizada nas traseiras do adro da igreja, como em qualquer sala de costura de uma qualquer dedicada paroquiana, ainda não beatificada, mas acredita-se merecedora.


Um burrinho enfeitado ...  aparentemente feliz ...!!!
        Quem tiver a chave do armário das vassouras e dos panos de pó, também é titular, porque tem a responsabilidade de tomar conta da chave, desses bens tão preciosamente antagónicos ao esterco que de nós sai.
        Por falar nisto ... e em ode a quem costuma ter as chaves dos armários deste género de materiais (e outros bens a distribuir!) ... que tanto sofrem na mendiga exibição do tão aspirado título ...
        Falha grave, e injusta, não aludir ao merecido empenho, ao longo dos tempos, das senhoras da assistência social, continuando o louvável trabalho de entretenimento e de ocupação dos tempos livres (em regime de voluntariado, mas com hierarquias), em nome de um apoio que chamaram de “moral”, dado pelo movimento nacional feminino, durante a guerra colonial portuguesa. As senhoras, ou meninas, consoante a idade e os anos de serviço, que muitas vezes não coincidem, também fizeram os telefonemas, também iam esperar os necessitados e indicavam-lhes os percursos, também distribuíam roupas, alimentos e medicamentos, davam um conforto aos de rua, com uma conversa sobre paciência e um aconchego com a sua presença, repreendiam os gastos excessivos pela parte dos necessitados, do que ofertado por tão nobres corações da sociedade. Nunca exigiram nada, estas santas. Nem títulos, nem vencimentos, nem condecorações.  
         A porca torce o rabo, no concernente às pequenas da assistência, quando as referências e as pertenças não se movimentam em sobreposição. Ora, muitas destas senhoras não estavam satisfeitas com tanta injustiça que, nos últimos anos, estavam a acontecer. Então tudo vinha de uma "faculdade" (eram as enfermeiras, eram as moças dos laboratórios, os contabilistas, as ascensoristas credenciadas, costureiras com mais de 10 anos de nobre serviço à agulha (desde que fizessem uma formação de 50 horas, num centro formativo do Estado, mas gerido pela filha mais velha (que é decoradora), de um qualquer secretário de Estado) e elas (as meninas da assistência) com história de louvores e de presença associativa (sim porque não há nenhuma associação que se preze que não tenha uma senhora da assistência (vulgo assistente social)), não teriam direito a um titulozito mais pomposo do que apenas “as meninas da assistência”?


"Um burro entre livros é um doutor". Provérbio popular.
       Vai de se criar uma comissão de estudo para definir critérios. Escusado será dizer que, o que surgiu dessa comissão foi um tratado de tudo o que era conveniente para cumprir os fins.           Os sentimentos de injustiça deram lugar aos de revolta e não é que, num tempo record, auto-intitularam-se doutamente de “doutoras”. Facto que ainda hoje se verifica e, de modo já tão enraizado, que não restam alternativas, nem justas nem injustas. Agora são doutoras, pronto!      Mudaram de funções ou de conhecimento? Isso não interessa. Só interessa o que está contemplado nos critérios definidos e aprovados na associação das moças da assistência.
Vai-se passar o mesmo com os pequenos das andanças do futebol. És jogador? Então andaste numa "faculdade". E o que é válido para os jogadores é válido para os bem-falantes treinadores, os pequenos que marcam as linhas do campo, a pequena dos gelados e, imperdível, a moça da bilheteira.
As escolas profissionais, com requisitos mínimos do 9º ano completo, são as que estão a dar o grau de bacharel, em várias áreas.
Perdoem se há algum esquecimento, de algum grupo profissional enquadrado nestes movimentos “ascendentes”, mas a intenção nunca por aí se referenciou.
Saliente devido é o que justifica que academismo (titular, sub-titular, para-titular, ou outra coisa qualquer) e conhecimento não são gémeos nem vizinhos e, jamais, se deverão tratar por tu. São, em jeito sócio-decorativo, um eventual divertido passatempo, quando não, alvo de uma justa ridicularização ou, pior, de um colosso desprezo...!!!
É um manto negro académico que se pairou sobre o pobre país, já escuro de alma, em si.
Se é para estar tudo na mesma panela, porque não ser tudo uma grande corja de bichas mariconças? Só difere o valor social (o que não se entende!), mas mantém-se o princípio. Basta continuar a travestir conceitos e modelos!
Ensino superior e ensino superior universitário não são sinónimos e nenhum deles é melhor ou pior que o outro (ou outros!).  
Respeito por todos (na sua naturalidade) é respeito genuíno, não é clonado.
Infeliz travestismo sócio-profissional, que tanto podre traduzes ...!!!
Muito esquecido está o elogio da diferença e da diversidade ...!!!
Vale, re-citar: "uma gralha vestida de pavão, não é reconhecida nem pelas gralhas nem pelos pavões." - Esopo, 621-564 a. C."


O lugar onde as Referências divergem das Pertenças ...!!!
É invejar o lugar de Pertença de outrem ...!!!
É o reino da Imitação ...!!!
É a assunção da Desidentidade ...!!!
É o despropósito do Não-Ser ...!!!
É DesVida ...!!!
São colossais calhoadas na Verdade ...!!!
São colossais Mentiras ...!!!


Entenda-se, então, à luz do enquadramento psicológico (real e objectivo), 
onde se deveria fundamentar as práxis do ser ... 
... considerando Louis Althusser - "Política e História - de Maquiavel a Marx":

Louis Althusser (1918 - 1990 / França). Fonte da imagem: internet.
"(...) A filosofia não desempenha apenas o papel de garantia da racionalidade da história; também desempenha um papel teórico fundamental: necessidade de uma teoria abstracta em toda a ciência.
(...)
A que corresponde essa teoria abstracta? "O importante ... nesse processo do entendimento científico é que o essencial seja distinguido e separado daquilo que se chama insignificante ... voltar-se para o que é realmente essencial."
Esta teoria abstracta é frequentemente tomada como um elemento a priori e estranho ao conteúdo empírico das ciências.(...)". (Louis Althusser).



Apriorismo, é o saber estar, exacta e intrinsecamente e prévia aos conteúdos de rigor, 
nos contextos e nas relações entre os propósitos, determinismos e consistências, 
aquém e além de qualquer jeitinho fácil, opinião ou boa vontade ... 
ou (tão comum!) ruinosa idiossincrática frustração causada pela menoridade ...!!!

É o posicionamento onde não é preciso fingir ...!!!

  Onde não se sabe mentir ...!!! 


"(...) Kepler ... devia a priori conhecer as elipses, os cubos, os quadrados e as ideias das suas relações, antes mesmo de descobrir, de acordo com dados empíricos, as suas leis imortais que consistem nas determinações dessas esferas de representações. 
Sem essa teoria absctrata, ou seja, sem o conhecimento dos princípios da esfera, ou seja, da região da objectividade visada pela ciência, Kepler poderia ter estudado o céu pelo tempo que quisesse, e não teria  descoberto as suas leis (...)." (Louis Althusser).



Natural. 
Naturalmente. 
Naturalidade.

 Sem disfarces ...!!!

          Eis ...!!!

Edição: Paulo Passos










domingo, 30 de outubro de 2016

COZIDO DE LEGUMES COM PEIXE


Ingredientes:
(As quantidades são as necessárias em cada cozinha)



- Peixe
- Cenoura
- Nabo



- Beringela
- Chu-chu
- Couve-flor
- Pão



- Ovos
- Alho
- Azeite
- Vinagre
- Sal
- Pimenta


- Salsa
- Rosmaninho (um pequeno galho)
- Oliveira (um pequeno galho)

Modo de preparação:



Num tacho com água e sal, misture rama de oliveira e os legumes 
cortados aos pedaços, ao que adicionará, pouco depois, os ovos.
Primeiramente o nabo e a cenoura e, quando quase cozidos, 
misture a beringela, o chu-chu e a couve-flor.
Desligue o lume e escorra a água.



Num outro tacho, com sal e apenas o fundo coberto com água, 
aromatize com o rosmaninho e coloque o peixe por cima.
Cubra o tacho com a tampa e deixe cozinhar apenas o suficiente
 para que o peixe coza levemente.



Retire-o do tacho e coloque-o numa travessa com os legumes.
Adicione os ovos cozidos (opcional) e tempere com 
um fio de azeite, vinagre, pimenta acabada de moer e salsa picada.



Não descarte a fruta ... foram as uvas ... as eleitas nesta refeição.



Um sereno e feliz Domingo ... nas companhias do seu agrado.

Fonte das imagens: Janiel Martins