sábado, 13 de fevereiro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - RECORDAR CAZUZA


Recordar um Homem 

Recordar Cazuza

Justa e carinhosamente um homem recordado e a recordar

Compositor, poeta, cantor e dador de sorrisos ... Cazuza (Agenor de Miranda Araújo Neto, Rio de Janeiro, 04/04/1958 - 07/07/1990) ... um pujante, avassalador e exigente promotor de mudanças!



Enriqueceram-se e enriquecem-se, os rastos deixados pelos seus pés, com melodias poetizadas e férteis da modernidade e da suada liberdade.


Acusador e denunciador, esculturalmente irónico, das moléstias sociais impostas por sistemas obscuros - fieis parentes medievais - paralisantes corrosivos da justiça, do direito, da igualdade, da cidadania, da civilidade e das pluralidades.

A beleza da sua categorização, a beleza da sua mobilidade social e a beleza, estão confundidas com a sua existência.

Naturalmente inconformado com o embotamento social vigente, com as parasitantes regras anti-liberdade e anti-sufrágio e enaltecido com a insatisfação, era nele que a criatividade bebia.

Lutador cantante, trovador dos imemoriais tempos do futuro, repelia os ascos sociais (tão bem implementados nas sociedades brasileiras - não sendo, porém, realidade única neste mundo chamado Brasil),  através da sua categórica função de letrista e da sua função de energizar, séria mas divertidamente, o próprio corpo, colorindo as existências.

Roía, de cima a baixo, os miseráveis e desprezíveis preconceitos e preconceituosos. 
Foi (e será) um magoador dos preconceitos e seus agentes ... nobremente magoador dos que o temiam doloridamente: os adeptos das diferenciações de gentes e corruptos aproveitadores de misérias. 

A áspera doçura da liberdade era confundida com ele e assumia-se nele.
A liberdade usava-o para os seus intentos e manifestos.

Coincidia-se, com o arejo das passagens, dos caminhos, onde quer que fosse, ou onde quer que fosse pensado ...

Qual mestre-sala, foi, é e será o dançarino onde se ferram mais desejos, quaisquer que sejam as proveniências!

A atualidade de Cazuza habita a eternidade da história, da revolução, ...,  mesmo que futura!

Nobre Cazuza, em ode, fiquemos com o teu inesquecível poema "Codinome Beija-Flor":


Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor




                                                                                                                                                                               Fonte das imagens: Internet
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

FERNANDO DE NORONHA




Fernando de Noronha

... arquipélago das belas adjetivações ...




Arquipélago brasileiro de origem vulcânica, formado por 21 ilhas e ilhéus.
Pertence à Mesorregião Metropolitana de Recife e à Microrregião de Fernando de Noronha.

Administrativamente integrado no Estado de Pernambuco, na Região Nordeste do Brasil, ocupa na sua globalidade uma superfície de cerca de 26 quilómetros quadrados, elevando-se no seu pico mais alto à altitude de 323 metros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 foi estimada uma população de 2930 habitantes em Fernando de Noronha, cujo centro de actividades económicas e culturais está, maioritariamente centralizado, na Vila dos Remédios.
Por declaração da UNESCO, Fernando de Noronha é Património Natural da Humanidade, desde o ano de 2001.

Como em todos os lugares de extrema e incontornável beleza, a magia assolou também este arquipélago brasileiro, de materialização de sonhos.
Deste modo, Fernando de Noronha, não escapou aos suspiros da fantasia, sendo visitada e habitada por líricas riquezas de pensamento e de medos que povoam a mente humana.
Conta a Lenda da Alamoa (Dama Branca), que a aparição de uma mulher de raça branca, cabelos fartos, ondulantes e louros, semi-nua, assombrava o arquipélago, com tentações de fácil cedência corporal, durante as noites.
Aparecia a caminhantes nocturnos, seduzindo e disponibilizando-se para receber o desejo masculino. Quando, na proximidade dos seus intentos, Alamoa transformava-se, sem tréguas
e surpreendentemente, num esqueleto, fazendo o terror invadir o aspirante a amante, provocando a sua loucura.
Quanto às polémicas e/ou questões dos motivos deste santuário de suprema naturalidade, onde a beleza e o encanto assumiram residência, pertencer a Pernambuco e não ao Rio Grande do Norte (Estado mais próximo) ou à Paraíba, considere-se que o posicionamento mais adequado é o de se sentir que Fernando de Noronha é Brasil e é dos brasileiros. 



... arquipélago das belas adjetivações ...

Fernando de Noronha






Fonte das imagens: coleção particular 



PEIXE NO FORNO





Para esta receita rebuscaram-se pertences gostos que, na materialização da sua união, adornam a refeição de prazerosos sorrisos vocalizados (hum hum hum ...), roubados aos comensais!

Poderá ser até, um lugar universal, mas este foi, intencionalmente confeccionado, misturando pensamentos dos carinhosos atributos de Portugal (Região Açores) e do Brasil (Região Nordeste), servido e adornado com a gloriosa saudação dos resistentes!

Para esta receita, o peixe usado foi o bodião, mas, obviamente, qualquer outro poderá servir, desde que a sua escolha seja cumprida.

Os acompanhamentos, certamente também serão os que de maior conveniência se apresentarem, no respeito e consideração por quem cozinha e decide o que cozinhar (regra, infelizmente, não legislada!...)! 

Aqui, em acompanhamentos, foi escolhida uma salada, farofa e batatas de forno, cuja descrição será feita abaixo (Acompanhamentos).  

Ingredientes:

- 1 peixe inteiro
- Azeite q.b.
- Sal e pimenta q.b.
- 2 folhas de louro
- 2 dentes de alho
- Meia cebola
- Metade de um copo de vinho branco

Modo de preparação:

Amanhe o peixe de forma a que fique inteiro.
Golpeie-o, transversalmente, de cada lado.
Coloque-o numa assadeira com o azeite, o alho picado, cebola,  as folhas de louro, o vinho, o sal e a pimenta.
Acaricie o peixe com esta untura.
Cubra o tabuleiro com papel de alumínio (parte brilhante do papel virada para o peixe) e leve ao forno até ficar a seu gosto. O papel deverá ser retirado a meio do tempo de cozedura.

Optou-se por deixar esta refeição entre o cozido e o assado, no forno.

Acompanhamentos:

Batatas:

Lave bem as batatas e coloque-as inteiras, com casca e golpeadas, num tabuleiro.
Esfregue-as bem com um pouco de azeite, alho picado e sal.
Num tabuleiro leve-as ao forno, até atingirem o seu habitual interesse.
(Poderá começar por colocar as batatas no forno, uma vez que demoram mais tempo a cozinhar do que o peixe).

Farofa de banana:

Para um tacho, com um fio de azeite e 1 colher (de chá) de manteiga, pique meia cebola e 1 dente de alho, misturando.
Adicione 1 chávena de farinha de mandioca e uma banana cortada aos pedaços, sempre mexendo.
Deite uma pitada de sal a seu gosto e revolva. 

Salada:

Misture alface, cortada grosseiramente, tomate e pepino às rodelas.
Pique alho, hortelã e coentros, para envolver os restantes ingredientes.
Tempere com azeite, sal e sumo de limão.

 Exija ter um bom dia!

Fonte da imagem: Janielson Martins  











quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

BOLO DE MARACUJÁ

Ingredientes:

- 3 chávenas / xícaras de farinha de trigo
- 3 chávenas / xícaras de açúcar
- 3 colheres (de sopa) de manteiga
- 3 ovos inteiros
- 1,5 chávena / xícara de leite
- 2 maracujás
- 1 colher (de chá) de fermento

Modo de preparação:

Num liquidificador, misture o interior dos maracujás com o leite.
Coe a misture e reserve.
Seguidamente, num recipiente, misture bem o açúcar, os ovos e a manteiga.
Vá adicionando, aos poucos, a farinha e o batido do maracujá, envolvendo todos os ingredientes.
Junte o fermento de modo a que integre a massa.
Unte uma forma com manteiga, polvilhada com farinha e leve ao forno, a 180 º, durante cerca de 40 minutos.
Verifique, ao seu jeito, se o calor e a massa se uniram, promovendo uma deliciosa tarde de conversa e de um café.

Mantenha o lembrete de que a porta do forno não deverá ser aberta, durante os 40 minutos. 
A verificação de cozedura só deverá ser feita após esse tempo.



... saboreie-se, qualquer que seja o estado do tempo ... 

Fonte da imagem: Janiel Martins




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

SOPA ALENTEJANA

Ingredientes:
(dose individual)

- Pão duro

- 1 ovo

- 1 dente de alho

- 2 ou 3 pés de coentros frescos

- Azeite q.b.

- Sal e pimenta q.b.



Modo de preparação:

Numa malga individual, migue grosseiramente o pão.
Adicione o dente de alho picado.
Tempere com o sal e a pimenta (acabada de moer).
Regue com um generoso fio de azeite.
Ponha um ovo sobre a mistura (como se o fosse fritar),
Deite água a ferver sobre o preparado e vá mexendo de forma a incorporar todos os ingredientes.

Deixando ao seu gosto a textura da sopa, acaricie-a com uma orvalhada de frescura, dada pelos coentros partidos com as mãos.


                                                                                                                                                                   Fonte das imagens: Janielson Martins

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - I


Para esta receita são indispensáveis ingredientes ricos em:

- Justiça
- Direito
- Igualdade
- Honestidade
- Liberdade
- Sanidade (mental)

... como elementos fulcrais para a ajustada e vivificante serenidade da alma!

Outros ingredientes, obviamente, poderão ser acrescentados consoante as pluralidades das necessidades, desde que contenham o teor mínimo de nutrientes ricos nos legados da veracidade humana e da democracia.
Poderá, sempre que necessário, acrescentar alguns dos ingredientes descritos, no caso da moléstia resistir.

/// ... /// ...

Esposende, 26 de Setembro de 2015. 
Local e data debitadas no artigo que se encontra publicado no Portal dos Psicólogos: www.psicologia.pt (Portugal, Dezembro de 2015), com o título: "Psicologia da Doença da justiça - contributos", cujos autores são adeptos, convictamente, dos desígnios da letra "P". 
A saber, são 3 homens com o nome de Paulo, com a profissão de Psicólogo e em Portugal.

A referência (e transcrição) a este artigo, no espaço social que este blog já ocupa, prende-se com questões inerentes ao valor atribuído à transparência e à verticalidade dos manifestos da justa nobreza humana.  
Nos intentos desta rubrica (Sustento da Alma), que hoje se inaugura neste blog, cabem os mais preciosos contributos e validades, de tudo o que se canalize e mova na denúncia dos meios, dos atores e dos responsáveis pelas manipulações e/ou logros bem ponderados, nos terrenos públicos e comunitários, vandalizados por forças de obscuros interesses particulares.

A atualidade do artigo, que neste blog merece saliência, não é estranha à realidade de muitos outros países, incluindo o nosso tão querido Brasil!
De facto, o artigo espelha parasitantes e paralisantes realidades que, só com bons materiais opositores, denunciadores e de exigência na hosnestidade (mulheres e homens de bem), se consegue eliminar a praga invasora. 
Não podemos ficar pela minimização da praga, que suga até o que já está seco! 

Inaugura-se, hoje, esta rubrica, intencionalmente no dia de Carnaval (de 2016, como poderia ser de qualquer outro ano!), eventualmente pelo lírico poder de semelhança entre os posicionamentos carnavalescos e determinadas práticas político-institucionais.

Eis ..... o modo de preparo: 

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Eis, então:


Psicologia da doença da justiça – contributos

Paulo Correia / Paulo Mariano / Paulo Passos  (Psicólogos)
Ano: 2015

Idioma: Português (Portugal)
Palavras-chave: Psicologia, psicologia patológica, justiça e injustiça; (in)direito, cultura da incultura

Os manifestos representativos na (ainda) actualidade estão excessivamente revisitados por oportunistas ocorrências domésticas e de mau feitio corporal, transbordando de imorais conveniências e benefícios para os seus protagonistas (e colegagem).
A indignação é elevada e as vozes têm-se feito ouvir.
Só não ouve quem não quer!
É, neste sentido de confraterna solidariedade, que se movimenta este texto, no registo contributivo para o reforço de meios que desinfectem esta patologia da justiça, salvaguardando todos os que se integram, oposicionalmente, à destruição das dignidades, igualdades e pluralidades.
Na salvaguarda do justo e do direito. 
É uma repreensão ao país, sim!
É uma repreensão à sobrevalorização do livre arbítrio, da coisa qualquer, da cultura do disparate e da incultura.
É uma repreensão causada pelas indignações e pela, estranha estranheza, onde e quando já nada deveria estranhar.
É uma repreensão pelas ofensas, pelos abusos, pelas indelicadezas, pelos absurdos, pelas violações, pelas incompetências, pelas leviandades, pelas imoralidades, causadas ao património ético, estético, humano, material, institucional e, igualmente, ao património da honra e futuro.
É uma repreensão porque se permitem e promovem movimentos, de legitimidades psicológicas duvidosas, nos territórios dos afectos colectivos, pela via de práticas contrárias às da nobreza da transparência e da honestidade.
Salienta-se, a título exemplificativo e infelizmente muito praticado, com um cariz de frontal indicador denunciador e punitivo, as nomeações de criaturas, alheias a qualquer acto de agência pública, para ocuparem lugares de directoria e similares, nalgumas instituições estatais, em momentos de ditas dificuldades financeiras, ou noutras quaisquer.
Criaturas que, desprovidas de qualquer currículo vivido ajustado à missão, são ornamentadas com adjectivações de conveniência, incluindo os de subalternidade aos verdadeiros vilões, para que voguem nesses lugares à luz de uma ridícula e baça virtualização.
É uma repreensão sim!
É uma repreensão pelos inúmeros e sangrentos lanhos ao direito e à justiça.
É uma repreensão acusatória aos rastejantes donos dos rastejantes e aos rastejantes, globalmente travestidos de sapiência e competência, tal e qual uma sela em cima de uma vaca, exibindo a plenitude da nulidade.
É uma repreensão ao incumprimento (sabe-se lá em que dia começa a semana e o fim-de-semana, para estes “virtuosos eleitos”!?) e à desobediência à decência e à equidade.
É uma repreensão aos abusivos e indevidos aproveitamentos dos regimes de excepcionalidade.
É uma repreensão, sim, pela epidémica e institucionalizada doença do carácter.
É uma repreensão porque há quem pense, sinta e ofenda.
Porque se permite cumprir e manter necessidades patológicas, num exercício narcísico de saliência psicológica burlesca e fúngica, manifestadas pela vergonhosa mendicidade ou corruptibilidade para um qualquer cargo ou poder, a um qualquer desrespeitoso custo?
Porque se colocam criaturas em cargos de directoria (ou outros), em determinados serviços estatais, chulando e empobrecendo o erário público, sem nunca terem dado nenhum contributo a essas mesmas instituições, nem nunca terem integrado esses mesmos serviços?
Para além da imoralidade salarial (proveniente do erário público), quem assume as responsabilidades (nunca apuradas!) jurídicas, psicológicas, éticas e económicas, pelo rasto de destruição efectuado e deixado, por estes figurantes?
O que dizer à seriedade e à honestidade, perante estes fenómenos tão característicos do patético e familiar caseirismo e da paupérrima forma de manipulação?
O que dizer, no registo da vergonha e da limpeza de feições, aos indivíduos que são, na sua grande maioria, de facto, as mais-valias da qualidade da coisa pública? Quer-se dizer que são inválidos e incapazes de, com o seu vencimento de devido (porque concursado) trabalhador público, dirigirem essa mesma instituição? Quer-se dizer que qualquer “burgesso ou burgessa”, bem apetrechados de mentiras, disfarces e incompetências (para além dos “famosos” cartões), que, nos intentos escandalosos e exploradores de quem neles e nelas mandam, sendo estranhos às instituições, estão apetrechados de qualificações superiores às dos outros, estes, elementos intrínsecos à casa pública? Sublinha-se, igualmente, que esta desgraça também habita no interior deste prédio, sendo os exemplares candidatos e disponíveis à função em causa, os mais propensos às vocações da dogmática religiosidade para assumirem as rédeas dos comandos. Resguarda-se, certamente, as justas, mas escassas excepções.
Espera-se, em bem terapêutico, que muitos aqui se vejam e/ou se revejam!
Enfim!
Haja vergonha por tantas ofensas ao património público.  
Haja vergonha por tanto logro e tanta farsa.
Haja vergonha por esta infecção nacional.
Haja (duvidosa esperança) cura, ou no mínimo algum alívio, para esta portugalite!
Bem-haja a ode aos eleitos nobremente sufragados pelos pares.
Bem-haja a nobreza da honra e da honestidade que nunca alguém conseguiu travestir!

Esposende, 26 de Setembro de 2015

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                                                     ... Bem-haja a perfeita união entre a 

                                                                  LIBERDADE e a JUSTIÇA 



                                                                                                                  

                                                                                                                                                                
                                                                                                                                                         Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

FAVA RICA COM CHOURIÇO


Ingredientes:
- 1 Kg de favas
- 2 chouriços / embutidos 
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 1 pimento
- 2 cenouras
- Coentros (a gosto)
- 2 folhas de louro
- 3 colheres de sopa de polpa de tomate
- Sal q.b.
- Pimenta q.b.
- 1 copo de vinho branco
- Azeite q.b.


Modo de preparação:

Num tacho, coloque a cebola picada e o azeite, para preparar um translúcido refogado.
De seguida, adicione as folhas de louro, os chouriços cortados (ao seu jeito, obviamente!), os pimentos, as cenouras e os alhos cortados aos pedaços, a polpa de tomate e o vinho.
Incorpore os ingredientes, mexendo, com a ternura que os aromas vão exigindo.
Deite as favas e mexa, controlando as necessidades de líquido, até ficarem guisadas.
Apure os temperos com o sal e pimenta.
Polvilhe com coentros frescos e faça-se encantar ... 

Dicas:

Se as favas forem congeladas deite-as no tacho, sem descongelar.
Pode escalfar ovos por cima das favas já cozinhadas.

                                                                                          
                                                ... encontre-se no seu aromatizado sorriso ...

Edição: Janiel Martins




domingo, 7 de fevereiro de 2016

ROUPA VELHA

Esta receita, oriunda do Norte de Portugal, é mais um excelente exemplo de aproveitamento, que a culinária se pode orgulhar de ter nos seus princípios.
Tradicionalmente, na época de Natal, o bacalhau é rei!
Este prato - Roupa Velha - surge da necessidade de não se desperdiçarem alimentos de uma época farta (...) e, por vezes, até de exageros.
Enreda-se pela mistura de todas as sobras de legumes, ovos cozidos e de bacalhau, transformando-o numa saudável e saborosa refeição.

                                                                                   

Ingredientes:


- Bacalhau

- Batata

- Cenoura

- Chuchu

      - Cebola

- Ovos

- Alho

- Hortelã


Modo de preparação:

Basta deixar a mistura refogar muito ligeiramente, num tacho com uma generosa dose de azeite,
Vá envolvendo os aromas e sabores (juntando a sua satisfação), para que o requinte campestre fique, alegremente, instalado.
Verifique os temperos (sal e pimenta) e polvilhe com uma chuva de alho e hortelã picados.






A receita pode ser feita com os legumes que entender e em qualquer época do ano, com o aproveitamento de tudo o que a sua criatividade puder acrescentar à sua "roupa velha".


... delicie-se!




Fonte das imagens: Janielson Martins




sábado, 6 de fevereiro de 2016

COELHO FRITO


Ingredientes:


- 1 coelho

- 2 dentes de alho (esmagados)
- 1 folha de louro
- 4 folhas de hortelã
- Carqueja q.b.
- Malagueta q.b.
- Sal q.b.
- Vinho branco q.b.


Modo de preparação:


Corte o coelho em pedaços e tempere com todos os ingredientes, 
esfregando bem para misturar os sabores e os aromas e 
para que estes se infiltrem na carne.
Cubra o recipiente e deixe apurar durante cerca de 2 horas, no frigorífico.
Coloque, numa panela, um pouco de vinho e uma subtil pitada de sal, 
adicionando o coelho e a marinada, deixando cozer por cerca de 15 minutos.
Escorra bem e pane os pedaços do coelho (passe-os pela farinha de trigo 
e envolva-os numa mistura de leite e ovos inteiros, 
embrulhando-os, seguidamente, em pão ralado / farinha de rosca).
Frite-os em óleo quente, até ficarem com o apetitoso e crocante dourado aspecto.
Repouse os pedaços do coelho num tabuleiro com papel 
absorvente e destaque-se, também, pelos acompanhamentos.

Sugere-se que o coelho seja acompanhado (ou acompanhe!), 
com um caseiro puré de batata, assim como com um vivificante 
cozido de bróculos, couve-flor e couve-romana ... sendo, 
contudo e certamente, o seu prazer a determinar!


                                                                                                                                                                                                                            Edição: Janiel Martins

                                                                                                                                                                   

                                                                                                        
    

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

CAFÉ COM LETRAS



        Café com Letras - I
Fonte da imagem: Janielson Martins



1964 - Brasil, Rio Grande do Norte, Natal.

Luís da Câmara Cascudo escrevia, no preliminar de "Flor de Romances Trágicos":


"... Essa Flor de Romances Trágicos comprova, nos limites pessoais da seleção, o registro pela aventura do homem valente não confundido na entidade capitulada no Código Penal. Coragem, bravura, arrojo, provocam a simpatia mas não a solidariedade ... é indispensável uma justificativa moral - ("ética", direi!) - que todos compreendam ...".

Acrescentava, ainda, Câmara Cascudo, nesse mesmo preliminar:

"...Todos os animais bravos, touros, onças, marruás que longos anos fugiram à servidão curralenga foram exaltados em versos de louvor. Mesmo o Boi Surubim, a Vaca do Burel, o Bode dos Grossos obtiveram as glórias cantadeiras."

Aludindo à adesão revisitada em Câmara Cascudo (como na justiça feita de honra lavada), através dos versos da vida das "glórias cantadeiras", singela-se este texto numa revisitação a algumas das figuras de nobre destaque da literatura brasileira.

Esta receita "Café com Letras", move-se no cenário da motivação à consideração do que é maior na condição humana: o ato de criar.
No sentido de contribuir para os prazeres inerentes à companhia da leitura, com os valores da nossa casa literária, visitam-se alguns personagens de obras consagradas pela notável qualidade da literatura brasileira.

O namoro da culinária com a literatura não é um caso recente. 
Sempre se conjugaram, tanto na evidência como na subtileza.
Pese embora as, vãs, tendências para a sua generalização, estarem em mãos tão pouco sufragadas de regência cultural. 
A falta de nobreza e de clareza dos poderosos pacotes de interesses, falsamente referenciados como institucionais, têm mantido a motivação e o prazer para a leitura, residente na desprezível Rua da Amargura.

Mas, sendo a fuga à "servidão curralenga"(como no dizer literário de Câmara Cascudo) o patamar básico de liberdade, urge consciencializar que a sua prática está muito aquém das premissas da igualdades nas oportunidades e práticas vigentes. 
É atual, aliás, é ainda muito atual no nosso país! ... como Graciliano Ramos, em 1938, na publicação de "Vidas Secas", qualifica Fabiano (tão fiel representante das ingénuas existências ...) quando comenta: "... Fabiano dava-se bem com a ignorância", ou o terrífico conceito que, também Graciliano Ramos usou na mesma obra, tão dolorosa mas visivelmente banalizado "... apanhar do governo não é desfeita". 
Desigualdades e desigualdades no direito de sentir e pensar, neste país, têm massacrado a mais pura e rica fruta da nação - a própria população. 
Grandiosamente, essas desigualdades têm como opositoras as denúncias dos poderosos manifestos culturais - bem hajam estes genuínos manifestos. 
Não os manifestos subjugados a interesses e idiossincrasias individuais e duvidosas, ainda que com disfarçados com o conceito de Cultura ...!!!...

Salientam-se, neste texto, e na sua intenção revisitadora e de motivação literária, alguns personagens que habitam as narrativas dos nossos maiores.
Sem desprimor por nenhum ou nenhuma dos e das que integram o Olimpo da Cultura Brasileira e que aqui não foram referenciados, ilustrativamente, debitam-se:  

... Capitu, Bentinho e Escobar em "Dom Casmurro" do grande Machado de Assis ... !

... Meninos de rua em "Capitães da Areia" do eterno Jorge Amado ... ! 

... Albino, o decorativo Albino, ansiando existência, em "O Cortiço", do coloquial Aluísio de Azevedo ...!

... Amaro, desamparado pela paixão, em "Bom Crioulo", do corajoso realista Adolfo Caminha ...!

... Iracema, a "virgem de lábios de mel" (lenda do Ceará), em "Iracema" do romântico José de Alencar ...!

... O jagunço Riobaldo de "Grande Sertão: Veredas" do erudito João Guimarães Rosa ...!

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Relaxe e deixe-se adotar por Livros e tome-os com um café ou tempere-os com Liberdade.. !

     Disponibilize-se e entregue-se aos seus diversos bons apetites...! 


     Saliente-se! O dia 5 de Fevereiro de 2016, será a sua data...!


"Um quadro pode ser uma arma de guerra"
Pablo Picasso