sexta-feira, 29 de abril de 2016

CAFÉ COM LETRAS - DUAS CAJUROSCAS EM PIRANGI / RN


Fonte da imagem: internet

Pirangi - localidade costeira do Município de Parnamirim, distando cerca de 12 km de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte (RN), Região Nordeste do Brasil.

Tabulado em vários sites na internet ...
... lê-se, sobre Pirangi:

"O maior cajueiro do mundo está localizado em Pirangi do Norte, município de Parnamirim.
A árvore cobre uma área de aproximadamente 7500 m2, com um perímetro de 500 m. 
O cajueiro foi plantado em 1888, por um pescador chamado Luíz Inácio de Oliveira, que morreu com 93 anos de idade, sob as sombras do cajueiro.
O crescimento da árvore é explicado pela conjunção de duas anomalias genéticas.
Primeiro, em vez de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados.
Com o tempo, por causa do próprio peso, os galhos tendem a curvar-se para baixo, até alcançarem o solo.
Observa-se, então, a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos começam a criar raízes, e daí passam a crescer novamente, como se fossem troncos de uma outra árvore.
A repetição desse processo causa a impressão de que existem vários cajueiros mas, na realidade, trata-se de uma única árvore.

Pequena correcção: existem, de facto, dois cajueiros no parque.
O maior,  que sofre da mencionada anomalia, cobre aproximadamente 95% da área do parque.
Existe um outro cajueiro, plantado alguns anos antes, que não sofre da anomalia.
A Natureza parece tê-los colocado lado a lado, para que pudéssemos compará-los. 
O tronco principal divide-se em cinco galhos; quatro desses galhos sofreram a alteração genética, e criaram raízes e troncos que deram origem ao gigantismo da árvore.
Apenas um dos galhos teve comportamento normal, e parou de crescer após alcançar o solo.
Os habitantes do local apelidaram esse galho de "salário mínimo”.
Durante o período da safra, os cajueiros produzem cerca de oitenta mil frutos, sendo que os cajus são colhidos pelos visitantes."


Fonte da imagem: internet

Final de tarde de Verão, numa esplanada de Pirangi / RN, na desejada e familiar companhia do Pedro, numa das suas viagens de férias de Portugal ao Brasil.

Fonte da imagem: internet

Com os olhos deslumbrados de paixão e encanto renovado, sobre a belíssima praia que orientava o horizonte do pensamento, ouviu-se uma voz calma, vestida de um acolhedor sorriso, no sotaque quente que só o Brasil pode ter.
Fez despertar do sonho que não se perdia.
- Oi, boa tarde! Vão querer pedir alguma coisa? 
- Boa tarde! Em resposta realizou-se a frase "pediremos o que sugerir", 
vocalizada pela terna, mas firme e grave, voz do Pedro.
Arriscámos, ... , nada a perder!
Pouco depois vem uma bandeja feita de cipó com dois copos altos, adornados com as frescas cores das bebidas e a cor acesa do vermelho de dois hibiscos, acrescido da cor de um feliz e contagiante sorriso.

Sorrimos e não esperámos pelas cerimoniosas mordomias ... lançámos as mãos ao tabuleiro e, em sintonia perfeita, nada se desequilibrou!
Cada um com um copo na mão, a frescura a fazer-se sentir e os sorrisos já misturados!

Ergueram-se os copos ao encontro dos lábios, provou-se e nada foi dito em palavras ... mas o texto debitado pelos rostos, pela melodia dos olhares e pela linguagem do prazer, foi longo, mútuo e perigosamente provocante!

Fonte da imagem: internet
Motivação e assunto ... sabores e aromas do néctar do Olímpo que 
estávamos a partilhar com os deuses!

Sem rodeios, descobrimos todos os ingredientes, tal a clareza, perfeição e dedicação com que foram conjugados!

... dentro da boa e saborosa disposição que o momento oferendou, fixou-se a descoberta:

Fonte da imagem: internet


Ingredientes (por cajurosca):

- 1 caju
- 1 colher de sopa de açúcar 
- 50 ml de vodka
- Pimenta do reino q.b.
- Gelo q.b.


Fonte da imagem: internet
 Preparação:

Macere o cajú (sem a castanha), cortado aos pedaços, com o açúcar.
Junte o vodka, o gelo picado e a pimenta moída na hora.
Bata um pouco.
Sirva-se.
Decore como entender, glorifique-se e deixe-se levar!



Imagem de Janielson Martins
O Pedro guardou dois dos canudinhos (palhinhas, em Portugal), um de cada cajurosca.

Ainda os guarda, tal como os trouxe, enrolados num bocado de cordão, que cortou dos próprios calções de praia! Eram uns listados de várias cores! 

Carinho no manifesto!

De regresso a casa, a paragem foi obrigatória, no primeiro mercado que se encontrou! Faltavam cajus na fruteira!


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Janielson Martins











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