sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CAFÉ COM LETRAS - PONTE DE LIMA NOS DETALHES


PONTE DE LIMA

Distrito de VIANA DO CASTELO

Região NORTE

PORTUGAL


Duas pontes ... romana e medieval ...


... cumprindo o histórico das exigências do curso do rio ... 


... este que é o LIMA, 
nascido no monte Talariño, em Ourense (Espanha), 
desaguando em Viana do Castelo (Portugal).


Ponte de Lima ... a Vila mais antiga de Portugal ...


... rica em simbolismos e prosperidades que se balançam entre os marcos ...


... que debita a História e as virtudes mantidas pelas populações, 


... que, natural e notavelmente, estão mobilizadas para a sua manutenção, 


... ajustando e integrando os caracteres que estão na subjacência ...


... da evolução e actualização, orgulhosamente, sustentadas.


Vila de compromisso entre a tradição e a modernidade,


... onde a inteiração dos valores que a sustentam e caracterizam,


... estão na receptividade do que necessário, promete a inovação.


Vila repleta de satisfações e belezas folclorizadas ...


 ... na elegância do saber estar na essência e na pertença.


Versada pela harmonia, implementada pela sua própria natural socialidade, 


... plasma o seu belo na virtude do seu padrão antropológico de se ser VILA.


Revisitação, como sempre, encantadoramente considerada.


Saudosa e carinhosamente ... até sempre ... Ponte de Lima ...!!! 

Fonte das imagens: Janiel Martins




quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

CAFÉ COM LETRAS - CARNE DE SOL (VERSADA)



CARNE DE SOL - II
 (Janiel Martins, RN / Brasil)

Ó mulé vai lá em Zéquinha machante
Comprá uma costelinha
Pra nós comê na janta
E traga uma carne verde
Pra tu fazê uma carne de sol, troce!

Eu vou não, seu safado!
Cuida mulé.
Vai lá, é tão bom uma costelinha
Qui só tu sabe fazê,
Bem torradinha com cuscuz e com uma graxinha.
Aproveite e traga sá, que acabou.

Eu vou … mais
É tu quem vai ajeitar a carne, viu?
Tá bem mulé.
Tá aqui home.
Que carne bonita, mulé!
Pare com isso, véio safado.

Vai saigá a carne.
E cuide em ajeitar o varau,
Se não os gato vão fazê a festa a noite.
Cadê o varau prá pendura a carne, mulé?
Tá no muturo, home.
Mais tu é desmantelada mêmo, mulé.
Cuida vá saigá e não deixe saigada de mais não, viu?
Qui eu quero assá amanhã pró aimoço
E deixá secá para colocá na fava.

Os gato passaram a noite namorando,
Enquanto a carne dormia no sereno banhada em sá.
Nos primeiros raios de sol o sertão dá sinal que ali existe vida.
Ó mulé vá tirá a carne do sol, troce.
Cuida mulé, vai pegá a carne … o sol já tá auto.


Versado o deguste ... deu água na boca ...!!!

Chama o teu pai pra comê ...
O comê e os prato já tá na mesa ...!!!


CARNE DE SOL

Carne bovina fresca (verde) ...


... sal grosso em generosidade ... paciência e harmonia ...!!!


Banhada a carne em sal
 Colocada num escorredor ou no varal 
 Soltando a samoura (sal moura) 
Caída em malga que protege
Apura por dois dias no frio da geladeira
Virada algumas vezes.


Lavar a carne tirando o excesso de sal
Coze, meia hora, em panela de pressão
Saída a pressão, tirada a carne
Quando esfriada, desfiar com as mãos.
Refogar em cebola e alho


Batatas a murro em companhia
Lavadas e cascadas
Cozidas em lume brando
Esperar para esfriar
Envolver num pano 
Levemente esmurrar
Temperar e regar com azeite
Alourar no forno


Verdes complementares
Cozidos em água e sal
Colora, ajusta e decora.

Viximaria ... deu um sono tão condenado ...!

Fonte das imagens: Janiel Martins





sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CAFÉ COM LETRAS - MONTALEGRE


Montalegre...Vila transmontana do Distrito de Vila Real...Região Norte de Portugal...


Dias ou Sextas-Feira 13 ... em Montalegre.


Terra de peculiar folclore, interpretando-se pela via da magia ... 


... ou das fantasmagóricas magias que assumem a fantasia ...


... e a crença do colectivo, do franco e genuíno popular.


Terrificar, através da materialização dos medos (ou desejos) ...


... e do fascínio pelo desconhecido, 


...trás a Montalegre a bem-aventurança de se localizar, psicologicamente, 


...na encruzilhada do mito, do tabu, dos receios e dos anseios e, 


...geograficamente, numa região, de todo apetrechada para os manifestos ... 


... que se plasmam acolhedores férteis da cultura do transcedente.


Ambientes de "Terra Fria", notavelmente cantada em escrita por Ferreira de Castro, 


... inclui Montalegre no itinerário das inesgotáveis criações do aquém e do além, onde o homem se versa pelas profundezas das suas imaginações e confabulações que enfeitam e iluminam almas.


Folclore, cultura, tradição, desenvoltura de gente (de cá e de lá) que se enfrenta 
e enfrenta medos, demónios, assombrações, fantasmas e anjos de com e sem fim.


Inclusão, interpretação, libertação das aventuras do espírito colectivo.


Mesmo com trânsito muito congestionado ...


... notável viagem a ti. 
Bem haja, MONTALEGRE ...!!! 


Fonte das imagens: Janiel Martins



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

FEIJÃO TROPEIRO


Ingredientes:

1/2 quilo de feijão frade (ou outro). 
100 gramas de lombo de suíno.
100 grama de linguiça.
100 gramas de bacon.
100 gramas de farinha de mandioca.
4 ovos.
1/2 cebola.
2 dentes de alho.
Azeite q.b.
Coentros ou salsa a gosto.
Sal e pimenta a gosto.


Modo de Preparação:

Corte o lombo, a linguiça, e o bacon em cubos pequenos.
Leve uma panela ao lume brando, com um fio de azeite e deixe aquecer.


Adicione o bacon, deixando-o fritar bem. Retire-o da panela.
Igualmente de forma isolada, frite o lombo temperado com sal e pimenta.
Frite, finalmente, a linguiça e retire-a da panela.
Acrescente o alho e, seguidamente, a cebola cortada em cubos pequenos, refogando-a.


Acople a farinha de mandioca e mexa bem, mistura onde vão acoplar todas as frituras.
Coloca-se o feijão, previamente cozido e escorrido (pode usar feijão enlatado), 
deixando aquecer mais um pouco.
Desligue o fogo.
Finalize com os ovos cozidos cortados as tiras e uma chuva de coentros ou salsa picada.



Saliente-se ... e comente-se sentindo paladares...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins




sábado, 14 de janeiro de 2017

CAFÉ COM LETRAS - CANTANDO HONRA SERTANEJA



Janiel Martins, RN / Brasil

SI AJUNTANDO, NO SERTÃO

Si eu desconfia que tu anda
Si achamegando com algum macho,
Eu coloco tu pra correr de casa, Maria.
Não importa com quem seja!
Qui tu não tem idade pra tá se achamegando, não.
Quem avisa amigo é. Tu sabe.
Eu só aviso uma vez!
E não quero nem sonhá com isso.
Mas não tem jeito pra minina ruim...!!!
Eu não quero filha minha errada,
Dentro de casa, não.

Joãozinho, inocente,
Ouve a mãe dando o sermão, com ódio.
Pergunta: mãe, e eu?
Isso não é conversa di minino, não!
Vá pra lá, meu minininho,
Qui mamãe tá di conversa com sua irmã.

Ainda bem qui eu não tenho cabelo grande.
Até tu, Joãozinho, tá mi perturbando?
Ocês vão me deixá é doida!
Mas a conversa não acabou ainda não!

Quando eu era pequena,
Meu pai colocava todos pró roçado.
Não havia essa peste de escola,
Qui só ensina coisa ruim.
Chega aqui perguntando o que é um pau?!
Qui escola é essa, qui só ensina coisa qui não presta?
Só besteira!

Depois de alguma pausa
Joãozinho pergunta:
Mãe o que é caráio?
Toma um caralho, peste ruim, moleque sem vergonha!
Prá ocês não aprenderem mais essas bobagens.
E nunca mais falá com essa falta de respeito...!
Dentro de casa e em lugar nenhum.

Já sabemos que escola não é coisa prá aprendê nada!
Refletiu Joãozinho.
Pensou: deve ser só prá brincá e ouvi professora!
Que toda a vida que alguém fala,
Ela manda calá a boca!
E manda escrever...!!!

Mas no intervalo, Joãozinho aprendeu uma brincadeira.
Na janta, decidiu fazer essa brincadeira, logo com a mãe.
Mãe, a Senhora dá?
O quê, meu filhinho?
A Senhora dá, mãe. Tou perguntando.
Dou sim, meu filhinho.
Mãe, aí a Senhora dá a buceta pra mim comê?
Não houve reflexão...
Foi de chinelo escolhido a dedo.
A mais dura pisa.
E daquelas prá aprendê.
Que não se deve comê buceta, mas é nunca.
E que Deus castiga e o castigo é dos grandes.
Talvez até nem tenha perdão divino.
Deus manda direto pró andá de baixo,
Juntinho do Capeta.

Joãozinho acorda assustado, com sua mãe chamando
Pra ir levá uns saco com as roupa,
Da sem vergonha de sua irma, Maria.

Sua peste, ocê vai ficá lá na casa daquele macho.
Não mandei ocê sê errada.
Quem mandou ocê sê ruim com ele?
Ocê vai ficá lá de qualquer jeito!
Só não vai voltá pra casa, de jeito nenhum.
Vai morá com aquele vagabundo sem futuro.

O sermão continua a todo o vapor...
Eu saí de casa moça,
Com a minha honra.
Meus pai nunca precisaram di fazê isso comigo.

Cadê teu filho, Chicó?
Olha, ele buliu com minha minina.
E tá aqui a sem vergonha.
E cadê o sem vergonha?

Venha cá, Carlinho, seu filho da égua.
É verdade que ocê buliu com ela?
Se tão falando...é porque foi!
Tenha calma Dona do Carmo,
Que ele vai ter que ser homem pra assumir.
Não é, meu filhinho?
É sim, papai.
Deixa ela que agente vai cuidá dela.
Não se preocupe, minha filha.
Entra pra dentro.
E a Senhora, do Carmo, também qué entrá?
Não. Tenho mêmo é mais qui fazê!

Carlinho ficou no fogo encruzilhado,
Sem entendê nadinha.
Como era filho homem,
Foi fácil seus pai cuidarem de tudo.
Arrumou um colchão, que colocou pra dormir,
Num quartinho dos fundo.
Seus irmão foram dormi na sala.

Carlinho foi dormi com Maria.
Maria, dizia: e tu vai buli comigo, não, Carlinho?
Carlinho dizia: e eu não tou bulindo com tu, não?
Dando uns beliscão.
Só assim, Carlinho? 
E tu qué mais o quê, muié?
Não tu bulindo com tu, sua troce?
Qui tu mexa comigo!

Coitados da Maria e do Carlinho.
Ainda criam em história de cegonha.
O mistério da pomba e da priquita,
Cozeu a cabeça dos pobre...!!!

Maria não tinha cabaça quebrada.
Carlinho não rasgou o cabresto.
Anjinhos por demais,
A inocência foi madrinha do casamento.

Janiel Martins









quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

MARINADA DE ARENQUE COM CALDO DE FUNCHO


Ingredientes:

- Arenque em marinada de endro.
- Funcho.
- Couve.
- Abóbora.
- Cenouras.
- Sal q.b.
- Azeite q.b.
- Maçãs.
- Castanhas.
- Azeitonas.


Modo de preparação:

Coloque as cenouras e a abóbora numa panela com água e sal, deixando cozinhar.
Quando próximo da cozedura das cenouras, mistura a couve e uma parte do funcho.
Liberte-se de trabalho e ponha a liquidificadora em marcha, triturando fortemente a mistura.


Volte a colocar na panela e adicione a água conveniente aos seus intentos, 
com um generoso fio de azeite. 
Confira o tempero de sal.


Mexa, suavemente, enquanto volta a aquecer.


Desligado o lume, verta a outra parte de funcho picado e envolva.


Acompanha, consigo e com quem entender ... com arenque marinado em endro, maçãs, castanhas assadas ou cozidas (com erva doce), azeitonas que, no caso, 
foram as incomparáveis alcaparras de Mirandela.


Nothing more to say ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins