Excertos de: As Pelejas de Ojuara - o homem que desafiou o diabo
Nei Leandro de Castro
Caicó
Rio Grande do Norte
Brasil
ojuarA - Araújo
"(...) ele não passava de um bedamerda empregado no armazém do sogro, um turco brabo que só a gota, que parecia ter parido sozinho a filha única, tal a parecença dos dois (...)."
Assim se aguentou sofrido e humilhado, durante os sete seguintes anos.
Despertou e despertou-se o sertanejo em si ...!
Finou o Araújo e nasceu Ojuara.
"(...) Ojuara nasceu numa tarde de Agosto, aos vinte e oito anos de idade (...)."
"(...) Dali a pouco, os dois nus e assanhados (Ojuara e a filha do turco), começava o relabucho. Diziam nomes feios como as mulheres da zona, gritavam, trocavam tabefes, como se estivessem brigando de vera.
- Me bate, seu fela da puta! - pedia a turca.
- Toma, sua quenga!
- Mais!
Depois de outro tabefe estalado na cara, seu José Araújo dizia:
- Abra as pernas, sacana, que vou rachar você em duas.
A turca se abria, oferecida:
- Isso, meu cavalão. Rasgue sua égua (...)."
"(...) A turca estava beirando os trinta anos, nove mais velha do que Zé Araújo. Do pai viúvo teria muito dinheiro a herdar. Infelizmente herdara antes um narigão ancestral e um bigode que poderia ser enrolado nas pontas, não fora o sacrifício de raspá-lo todo santo dia. Era uma mulher chegada ao feio. Mas muito bem servida de corpo, principalmente peito, perna e bunda. As buchechas bundais, aí nem se fala. Parecia que toda a beleza se tinha deslocado prali por gravidade.
Quando notou que estava sendo olhada, a turca, por partes de mulher fêmea, duplicou o tamanho da imensa e fornida padaria. Taí um bundão que dá e sobra para um batalhão de engenharia (...)."
"(...) O passo seguinte foi tirar a bruta para dançar. A orquestra contratada de Natal atacava um baião. Zé Araújo conduziu a dama até ao salão, abarcou sua cintura (...)."
"(...) O raparigueiro Zé Araújo, vinte e um anos de idade, estava espichado na rede da pensão onde se hospedava. Pela abertura da cueca, enquanto lembrava os acontecimentos da noite anterior, ele fazia exame ao seu pé-de-mesa. Mesmo na posição de descanso, a estrovenga era de um tamanho respeitável. Com gestos delicados, observou a chaleta roxa: perto do cabresto a esfoladela dava dó e piedade.
- Eita cabaço duro da gota! (...)."
"(...) Devo estar com um bafo pior do que o da turca bunduda, pensou. E pensou também no baile da noite passada. Por mais de uma hora, os dois tinham dançado sem trocar uma só palavra. Ele fechava os olhos, conduzia a dama sob a zoadeira do forró, tentava encaixar o cacete, duro como ferro, no centro daquela fartura de carnes. Ela suspirava e facilitava o que podia para que sua bichochota, toda molhadinha, ficasse muito colada naquele negócio enorme (...)."
Sertão que te és universal e a todos te referes ... meu Interior, meu Sertão.
Essência minha ...!!!
HAJA SERTÃO, com sertanejos ... forever ... and ever ...!!!
Demonstrado com o tesão das diversidades ...!!!
By the way ... with WATER ...!!!
Fonte das imagens: Janiel Martins |