domingo, 7 de agosto de 2016

SUSTENTO DA ALMA - SIM ... É UM HOMEM ...!!!

ISTO É UM FERRARI DE CARGA

Fonte da imagem: internet
"O Ganir da Velhacaria" é um texto de leitura preciosa, 
aplicável a TANTOS lugares no mundo,
 explicável de TANTOS meandros e denunciador de TANTA 
vagabundagem e bandidagem.



ISTO É UMA MORADIA DE LUXO COM JARDIM


Sim ... ele é um Homem ... indubitavelmente um Homem,
com tudo no devido lugar ... Paulo Passos (psicólogo, Braga / Portugal) ...
... com mais um texto de leitura obrigatória, por tão consciente e
honesta forma de olhar, de versar ... de guerrear. 



ISTO É UMA LUXUOSA CASA DE PRAIA



ISTO É UM IATE DE LUXO



"To be, or not to be - that is the question ..."

(The Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark,
by William Shakespeare)

No sendo ... eis o texto ... 

"O GANIR DA VELHACARIA
Paulo Passos

            O ganir dos velhacos advém das dores sentidas, sendo, contudo, dores genuinamente flácidas (sem tesão). São um tipo de dor que ataca, sobretudo, uma boa parte do povo político, empresarial (mas só dos bons! Sim … não é o dono do barraco dos churros!) e banqueiros, não sendo, contudo, uma exclusividade desta camada da população que nasceu com jeitinho vocacionado para a dita politização e materialização das próprias vontades … enfim … uns verdadeiros heróis (e heroínas) da democracia e, já se sabe ..., uns adeptos ferrenhos (mas mansinhos) do controlo das nomeações...!!!
            Qual timoneiros, o seu lugar é sempre no comando, na gestão, dos conselhos directivos e executivos. Nunca se viu uma alma destas com uma esfregona na mão, ou a partir pedra, ou a remendar um pneu de uma bicicleta pasteleira. Nasceram convictos para a sua função de líderes e, estudaram, quase todos pela mesma cartilha, daí toda a sua riqueza de conhecimentos. Nunca se ouviu uma destas criaturas a dizer que não sabia alguma coisa. Têm sempre como comentar e até dar palpites de solução. 
Como preciosa fonte de pesquisa justificativa, podem-se recolher os relatos confirmadores das histórias de infância dessa rapaziada, narradas por empregadas domésticas, orgulhosamente saloias.
Sempre que é preciso confirmar ou garantir a veracidade das histórias, lá vão elas debitar os passados dos patrões, em relatos censurados e filtrados pelas patroas e memorizados com muita dificuldade. E lá estão elas, com o selo da sua casta de servidoras, nos canais de televisão, que emitem em formato de propaganda, no meio de um telejornal, de uma reportagem a emitir, integralmente, mais tarde.
Relembram, algumas com um sorriso, provocado pela vergonha e pela saudade “daquele tempo” que, no meio das cócegas na barriga do “seu menino”, vinha uma gargalhada dada pela criança (igual em todas as outras e juntamente com uma outra gargalhada, esta saída por baixo…) ao que se seguia, invariavelmente, uma voz debitando a sentença de que tinha nascido para mandar. Aquele feitio era mesmo só de quem sabe! Ouviam-se estas satisfações, arraialadas com provocadas risadas falsamente contidas, desde as tias à velha, prostrada num sofá de canto, irmã mais velha da mãe do pai do rapaz.
Aliás, estas senhoras empregadas são tão saloias como as senhoras patroas, só que se vestem de maneira diferente. Vestem-se e também falam de maneiras diferentes. Têm, de muito parecido, a maneira como cagam. Contrariamente, a forma como se cagam, debita diferenças bem evidentes. Numas, está de ver que se trata das senhoras empregadas, o peido é roliço, viçoso, com presença e corado, de cores sadias. Nas outras o peido é pálido, tímido, dissimulado e flácido, mas com a particularidade de vencerem aos pontos, no que concerne ao pivete que causam…empestam tudo…!!!
 Para designar um mesmo significado, as senhoras patroas apenas podem dizer um significante. As senhoras empregadas podem dizer de qualquer forma existente.
Se não, tomemos o seguinte ilustríssimo exemplo que traduz fielmente o postulado no argumento: Para a designação da cor (vermelho), as senhoras patroas e os senhores patrões (estes, se tiverem um dos pulsos partidos, geralmente são de duvidosa virilidade e, outros, se homofóbicos), pertencem a um grupo popular que só pode dizer “encarnado”. As senhoras empregadas tanto dizem “encarnado” como “vermelho”, consoante a região de Portugal de onde são oriundas.
Há, saliente-se, pela parte do povão patrão um nobre desígnio, como clara e lógica justificativa para tudo o que fazem (desde que beneficiem e, preferencialmente, em dinheiro, que pode ser por transferência bancária ou cheque).
Para se diferenciarem e conseguirem, nem que seja um voo barato, em classe turística, para uma festa de verão no Algarve (recomenda-se para irem aproveitando, porque se isto civilizar – não se crê! - passarão mesmo a ir de camioneta, se tiverem dinheiro para o bilhete, que vai do Campo das Cebolas em Santa Apolónia, até à estação de camionagem em Portimão. Algumas camionetas param em Castro Verde para o pessoal dar a mijinha e beber uma bejeca fresquinha), elas fazem qualquer coisa, mendigam telefonicamente, serve tudo, até mesmo uma assolapada admiração momentânea (se tiver que ser) por literatura brasileira do século XIX, de que nem um título ou autor conhecem. Isto, na melhor das hipóteses, se elas souberem que existiram escritores que escreveram livros, no século XIX, no Brasil ... ou noutro qualquer país.
A ingratidão desmedida que assola o povo português não tem dimensão na esfera do entendimento. Claro que, como tudo o que advém das senhoras patroas, tem um objectivo benfeitor ou caridoso. É pois, uma falta de consideração e até de afronta à tão inegável e badalada inteligência e altruísmo, desta camada popular do círculo das patroas. Está de se ver que o “encarnado” vem da bondade e da cooperação homenageante, para com as famosas festas populares do colete encarnado em Vila Franca de Xira, lá para o Ribatejo, se é que não pertence já a Lisboa …!!!
Alguns factos conferem uma tal carga de humildade, a estas raparigas, que o mais rijo gladiador sentiria os olhos a humedecerem se conhecessem algumas histórias. Algumas destas “madamas” já tentaram vender de tudo, no desespero de diminuir as dívidas acumuladas. É clássica, dentro da modernidade do século, a tentativa de venda, por 20 euros (mas era dos grandinhos, diga-se), por uma destas criaturas, de um isqueiro bic vazio, de plástico que já tinha sido branco, com a torre Eiffel gravada, mas já muito esbatida pelo uso e pelo tempo. Memória da última viagem a Paris. A peça rotativa na parte de cima do isqueiro estava tão encardida, mas tão encardida, que já não rodava. Soldou-se com esterco. Mas pronto. Sempre daria para uns maçitos de cigarros.
Estas fulanas são também as que nunca passam, na idade, do algarismo 9. Quando fazem 40 anos, dizem ter 29, enganando até com as velas do bolo, que assinalam sempre o que estas gajas querem. Nesta, lá estava o pobre do bolo (que quem o fez nunca mais vê o dinheiro!) com duas velas a formar o número 29. Se têm 47 marteladas no lombo, dizem ter 39. Se têm 68 no pêlo, aqui a aritmética já adquire novas e estranguladas regras de seriação, ficando tudo mais apertadinho, pois elas têm, com o rigor que as caracteriza, 49 anos! É como se se quisesse calçar um sapato de tamanho 49 num pé de tamanho 68! Só não se pode provar pelo cartão de cidadão porque, dizem, nunca andarem com ele.
Saloias e saloios são todas e todos. Não há país para não saloias e saloios.
Ora, etiopatogenicamente, foi isto que pariu grande parte dos mártires das dores flácidas.
Mas analisemos outro fragmento populacional que, embora de casta inferior dentro da linhagem saloia, tem as suas responsabilidades e contributos, mas que também são vítimas desta doença, tendo a particularidade de gritarem mais e mais alto, talvez porque nunca são ouvidos, nem sabem ouvir-se … são filhas e filhos do barulho.
             Muitas outras pessoas, realmente, padecem deste mal. Entre outros, da mesma categoria, estão os chefes, chefes intermédios (estes, sem cura), directores, presidentes, coordenadores, enfim tudo o que se presta aos prazeres das fantasias da infância, transpostas na oportunidade de comandar, na actualidade. Sentem um certo prazer nestas andanças e lidam muito bem com a própria mansidão e sujeição. É a frustração no seu auge de rancor. Estão sempre à espera das sortes. Nas sortes, aos felizardos, de imediato é passado um currículo profissional e de vida, sobrecarregado de louvores e qualificações de rara dimensão. Aos menos afortunados, geralmente sobra uma oferta, feita pelo galardoado e aceite de bom agrado, se forem fiéis amigos de negócios. Aqui, geralmente começa a aldrabice. São choros de manifesto sentimento de não merecimento de tal responsabilidade, são atributos virtuosos de feitos nunca registados, são surpreendentes contributos dados à ordem e aos desígnios do colectivo, são garantias de nunca terem esperado tal honra. Enfim, tudo inventado e descaradamente mentira! Se for preciso vender a mãe (vendável!), esta fica disponível, de imediato, em qualquer superfície comercial. Também, diga-se de passagem, não estavam a vender grande coisa. Alguém os pariu, não é verdade?
Esta dor caracteriza-se por ser uma dor que se ouve e vê, mas raramente se sente. É uma dor sem vigor, sem tónus, sem garra. É lancinante porque é barulhenta e faz corar, sobretudo quando os doentes são apanhados de surpresa, ou desmascarados de um manipulação, ou humilhados num manifesto, ou num confronto e levam com uma sapatilha de raspão pelo focinho. É uma dor sem vergonha e sem honra.
É uma dor que faz ricochete. Quem a emite, ressoa no exterior e pode ter o azar de, sob a forma de ridículo e de denúncia da sua pobre expressão de subalternidade, travestida de patética demonstração de poder. São os abandonados ou os miseráveis das seitas familiares, muito propensas à proliferação desta flacidez, tão visivelmente dolorosa.
Como medida de tratamento, estão contra-indicados os analgésicos, comprovando-se, em todos os estudos, na base da consulta dos artigos relativos ao assunto, nos últimos 30 anos, que uma boa dose de vergonha e uma monumental carga de porrada de vez em quando, têm um efeito terapêutico duradouro e com remissão de todos os sintomas.
Epidemiologicamente atinge grande parte dos cidadãos já referidos e surge, sobretudo, a partir dos 25 anos, não sendo, contudo, raro encontrar-se em idades mais tenras. Há, curiosamente, relatos em artigos da especialidade de terem sido encontrados enfermos de 14 e 15 anos, já debitando os primeiros sintomas deste flagelo. Pioram sempre quando fazem carreira de vida nas juventudes de certos grupos políticos e partidários.
            São muito facilmente identificados, os desgraçados que sofrem com dores flácidas. Geralmente, o primeiro urro da lancinante dor, surge na sequência das primeiras coisas que dizem. São sempre mentiras. Por vezes tão bem pregadas que até eles acham que são verdades, pelo menos no momento em que as vomitam. É como se estivessem a mentir para eles próprios, tal não é a dimensão e a profundidade das raízes do vício da aldrabice. Também, e em abono da verdade, se não acreditassem, estoiravam! Só mesmo um genial mentiroso é capaz de tal façanha. Mas há muitos por aí e sempre desejosos de exercitarem as suas proezas de artistas. São puros exemplos expressões do tipo “…estou atento ao desenrolar das operações …”, “…apesar de distante, mantenho-me atento...”, “…estou seriamente atento e alerta a todo o contexto…”, “…mantenho-me informado de tudo o que se está a passar…”, “…estou aqui por causa dos doentes…”, e pior dos piores “…estou serenamente atento…”. Isto sim deve ser o absolutismo dessa dor, conseguir estar sereno com gente a morrer com fome, entre outras mazelas! Têm tido sorte porque muita parolada tem ido atrás.
            Este excessivo sacrifício de atenção tem várias interpretações, sendo a que oferece maior consenso, aquela que se refere ao significado “…estou-me a cagar…”. Flacidamente a cagar! Serão as aliviantes “dores” de expulsão da merda? Devem ser, já que a flacidez, na realidade pode não doer! Só pode ser uma dor causada por um engano na tubagem. É como se se falasse no leite paterno!
Esta é a dor da populaça velhaca, burgessa ... gentalha com dor da flacidez na integridade da pessoa. São corpos sem esqueleto psicológico. São sempre descaídos e desconhecem a verticalidade. São as dores da mentira, da farsa, da falsidade ... são as dores deles e delas. É uma integridade morta, putrefacta, despejada ... qual nádegas velhas … qual ratazanas de esgoto cheias de peladas por tanta moléstia na essência." 



Notável é quem assim predica ... sim, isto é uma confirmação de que um lápis é uma ferramenta bélica, brotando vida no justo e justo na vida ...!!!


ESTE QUADRO CHAMA-SE: "RETRATO DE FAMÍLIA"



Fica ... com o meu beijo, Paulo Passos ... Homem de ti, de mim ... e de gente ...!!!

Fonte das imagens não legendadas: Janiel Martins






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