"OS LOUCOS SERVEM PARA MANTER SILENCIADA A LOUCURA DOS OUTROS"
Paulo Passos
"Casamento ou Envenenado Placebo Gay", é um artigo do psicólogo
Paulo Passos (Braga / Portugal), já várias vezes referenciado neste blog, a quem, autorizadamente, se roubou o título que enforma esta matéria,
integrada na rubrica Sustento da Alma.
Artigo publicado no Portal dos Psicólogos (www.psicologia.pt), com acesso em:
http://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?casamento-ou-envenenado-placebo-gay&codigo=AOP0398
A notoriedade da veracidade e actualidade das vivências espelhadas no artigo, são de tal modo dolorosas e salientam obstáculos colossais à felicidade e ao justo direito a ela, que merecem reflexão e consciencialização sérias, sem fugas e sem discursos
centrados nos patéticos desvios defensivos.
É JUSTIÇA ... a felicidade ...
É LIBERDADE ... a felicidade ...
É IGUALDADE ... a felicidade ...
É DIREITO ... SER FELIZ ...!!!
Texto denunciador do auto-carrasquismo criado pelas exigências do carrasquismo castrador,
no fungoso império social, familiar e institucional ...!!!
Bem haja, Paulo Passos ...!!!
É ... lamentavelmente não existem muitos com o teu nome de guerreiro ...
Para tatuar nas almas ... o texto ... CASAMENTO OU ENVENENADO PLACEBO GAY:
"CASAMENTO OU
ENVENENADO PLACEBO GAY
Paulo Passos
Psicólogo (Braga / Portugal)
Ano: 2016
Palavras-chave: sexualidades; homens; casamentos; máscaras e logros; sofrimentos
acolhidos; maçãs envenenadas.
Tanta violação dos direitos humanos, tanto coice na liberdade, tanto
murro na igualdade, tanto pontapé na justiça ... parece não serem suficientes,
enquanto causadores de sofrimento humano ... sendo que, os próprios agentes do
ser sujeito humano, também colaboram e se investem de comparsas às violações
sobre a humanidade, com os logros e disfarces sociais … piores por serem
psicológicos!
É ... falo de homens que, na sua masculina essência, fizeram um casamento
com mulheres, sendo a sua naturalidade e normalidade, a homossexualidade ou
outras sexualidades, que não a heterossexual.
Certamente que se entendem os motivos determinantes para tais
auto-violentações, sendo que o atrevimento da opção pelo sofrimento
psicológico, em detrimento de um eventual e subjectivo sofrimento social, se
plasme soberano, infelizmente soberano, ainda que com uma soberania assente na
mentira e na falsidade.
Tantos artigos, matérias, reportagens, estudos, discursos de visionários,
tanto pai e tanta mãe, tanta avó e catequista, tanta professora, tanto padre, tanto
médico e enfermeira, tanta criatura das televisões, tanto julgador e
cientificador, tanto político, tanto moralista e benfeitor, tanto académico e
comediante, tanta vizinha e director de instituição, e … pior de tudo … tanto
psicólogo ,…, tanta gente a debitar assunto e a opinar (opinião … logo feita
certeza …!) ,..., enfim, sobre a questão da psicologia da homossexualidade
humana.
Abonando na verdade, diga-se, é assunto que já cheira mal, sendo que ainda
é perigoso silenciar, sublinho, contudo, algumas críticas surgidas pela
incompreensão das justificativas escarrapachadas em conclusões, bem como pelas
dúvidas causadas pelos instrumentos de “pesquisa”, salientando as entrevistas,
os questionários e as famosíssimas certezas e pontos de vista que habitam em
certos (ainda que … de presença epidémica!) crânios.
Inúmeros textos e paleios que chamam à atenção pela
curiosa (mas banal) maneira como se escreve, de modo tão superficial, sobre os determinismos das
sexualidades e das próprias sexualidades de outrem.
Clarificando, contudo, jamais contrariar o justo e honrado monumental
direito à liberdade de expressão e, felizmente, à liberdade da crítica.
Superficial … porque suscitam dúvidas sobre o rigor das ferramentas de
pesquisa e consequentes conclusões, bem como pela limitação em considerar,
acriticamente, os conscientes e inconscientes desvios do material debitado, em
serviço das matrizes defensivas.
Superficial ... porque, como se pode ser ... sem se ser?
Superficial ... porque, como se pode ser honesto, quando se é esganado
com fome e com comida à frente ... mas inacessível?
Superficial ... porque, como se pode crer na liberdade (do texto
narrado), quando a seriedade está bloqueada pelas amarras da alma e pelas
manipulações da mente?
Superficial
... porque ... levar a sério a felicidade se ela se compromete com a mentira!
Superficial ... pelas conclusões que se tiram, de uma fonte que é o
próprio débito dos sujeitos vitimados, por si e pelos incoerentes poderes
institucionais e políticos.
Superficial
... pelas razões que formam o homem viciado na droga social, estando,
irremediavelmente, dependente das normas que o machucam, como qualquer outro
tóxico ofuscante do drogado consumidor.
Superficial
... porque se crê que a verbalização de intenções ou de justificativas, são
exibidas, na sua razão, pelo comportamento verbal, limitado, na sua maioria,
aos motivos de profundidade.
Superficial
... porque advêm de uma fonte massacrada e desviada da sua liberdade.
Superficial ... porque os subterfúgios são tantos e tão pesados, que o bloqueio
à auto-leitura do dinamismo intra-psíquico, surge parasitada, pelo medo de si,
pelo medo de outrem, pelo medo do conhecimento e pelo medo da verdade.
Superficial ... porque a liberdade e a noção de direito foram castradas
ou, pelo menos, amputadas.
Superficial ... porque nunca se aprofundaram, como medida
protectora, das punições e segregações, imagéticas punições e
auto-punições.
Superficial ... porque o ambiente de desenvolvimento sempre esteve
conspurcado de inertes e de mansidão.
Superficial ... pelos entusiasmados (e falsos) pregões de igualdade,
berrados nas múltiplas campanhas eleitorais nas e das vidas.
Superficial ... porque, como se pensa com as mentes balizadas pelos
dogmas de religiões.
Superficial ... porque a inquisição existe, ainda que com variantes de
figurino.
Superficial … porque há mansidão e doença na vontade.
Como é? ...
- Desejos de formar família,
- Motivações integrativas,
- Procura de aceitação social e familiar,
- Aspirações profissionais,
- Ambições adaptativas,
- Anseios de paternidade,
- Necessidades de auto-aceitação,
- Medo de perdas e separações,
- Desvio de angústias …
… não são, de modo algum, justificativas com representação pura.
São consequências de castrações, amputações e fragilidades egóicas,
habitadas em circundantes territórios pantanosos e férteis de hipocrisias.
São sublimações sem alternativas.
É a imposição do travestismo, socialmente legislado.
Isso seria aceitar que o universo de uma sexualidade específica (no caso,
a homossexualidade) vive à luz das aspirações e materializações de outra (a
salientar, a heterossexualidade)!
Que confusões conceptuais são estas que se acenam à consideração?
É tudo lido à semelhança das conveniências, fruto da pobreza de
raciocínio complexo, e da obediência cega?
Certamente que há identidades genuínas e originais, para os múltiplos modelos
existenciais, para além e aquém do eixo representativo de recursos a padrões de
vida sobrevalorizados familiar e socialmente.
Certamente que os motivos não são encontrados pelas explicativas de
registos vivenciais heterossexuais, ou noutros que se enquadrem nos hipócritas
desejos de normalização e de rebanhização, para a aceitação inquestionável e
colectiva.
É um discurso debitado em circunstancial conveniência, sem, muitas
vezes, a viabilidade crítica do próprio, perante o assunto invasor, no
formato de entrevista ou de questionário.
É um treino exercitado, esse modelo de linguagem, quando centrado em
contextos de abrigo psicológico.
É um débito viciado de valor social, invasor e ameaçador de livre querer
psicológico.
É um texto falado, mas desviado das coerências e sãs manifestações
psíquicas.
Só os doutos de si próprios conseguem conjugar e defender as suas
próprias pulsões (de vida e sexuais e canalizá-las para os devidos alvos
de desejo), das pressões de morte dos caducos, corrosivos e
preconceituosos sistemas institucionais, políticos e sócio-familiares ...!!!...
sempre, cobardemente, sem rosto!
Sugiro ... na boa fé da cooperação e da crítica ... o mesmo levantamento
de débito falado, num estado alterado de consciência de si, dos outros e do
circundante ...
... hipnose,
a título exemplificativo, para dar alguma credibilidade.
Certamente que, louvável e felizmente, muitos indivíduos não se
enquadram neste enfeite do casamento.
Contudo, infelizmente ... muito infelizmente, muitos outros vivem na
auto-medicação com placebos de duração muito limitada e de efeito terapêutico
nulo, ainda que enganador, como o é o casamento a que se submeteram, a custo
desconhecido ...!!!
Obviamente que muitos desistem desta medicação e recorrem a terapias
naturais e consonantes com a sua essência, sem com isso conseguirem sanar o
logro que a si fizeram e, pior, o logro a que sujeitaram outras pessoas.
Mas, a via da possibilidade para a vida, é tomada ... é reparida!
Os que conseguem sobreviver ao terror em que se enterraram, de tanto
sofrimento escondido e exibido (ainda que camuflado com patologias
psicossomáticas, brindes laborais e desvios proporcionais à manutenção da
para-sanidade), habituam-se à serenidade do jogo, da encenação, sem jamais se
poderem libertar do palco.
Fundiram a encenação na vida e a vida na encenação, aprisionando o personagem
domesticado, para que seja sempre ele, a representar o enfeite psicológico
do "alegre" sujeito moribundo.
Neste aspecto, as diferenças são diminutas, no concernente aos mecanismos
psicológicos subjacentes da hábil e encarnada mentira, muito em voga nas
vocações à política ...!!!
Saliente-se que este assunto apenas diz respeito a homens homossexuais
com casamentos heterossexuais.
Não refiro a bissexualidade, por opinar que ela é tão só um
comportamento, sendo, a sua essência, um desvio integrativo do sujeito em si
próprio. Dito de outro modo, creio que os comportamentos bissexuais, não passam
disso mesmo, de comportamentos debitados e exibidos, por pessoas
homossexuais.
Certo que um cenário poderá ser criado nos escombros de outro, pelo que é
de louvar todos os textos que, de um modo ou de outro, sejam produzidos no
intento da promoção da ...
... IGUALDADE
... LIBERDADE
... JUSTIÇA
... de forma a que se possa viver com os direitos em vigor nos raros
textos sobre as heterossexualidades ... ou sobre a psicologia da
heterossexualidade humana.
... E ... quem sabe ...!!!... um dia, no futuro ...
... dos escombros do desconhecimento … surja o JUSTO DA EQUIDADE ...
… sem maçãs envenenadas … consciente mas cegamente comidas …!!!
Condenar à traição ou à sublimação, o desejo e o amor … é um atroz crime
psicológico."
Parece até macumba, bruxaria, coisa de mula sem cabeça ou mau olhado ...
... trocar a Vida, o Direito e a Felicidade ...
pela sujeição ao sofrimento e à anulação de ser gente ...!!!
Credo ... vender o corpo e a alma às sociais máquinas de tortura ...!!!
Miséria ... infeliz e desgraçada miséria ...
... glorificar a dor ...!!! Enfim ...!!!
... glorificar a dor ...!!! Enfim ...!!!
Mendigar migalhas ...!!!... a que preço?
Em nome de quê?
Dos valores institucionais, bentos pelos pérfidos grunhidos sócio-históricos e pelos
corrosivos zurros dos sistemas sociais?
Sai daí ... sai dessa merda ... HOMEM ...!!!
Sai daí ... sai dessa merda ... HOMEM ...!!!
Descravejai-vos ... dos múltiplos disfarces inquisitórios ...!!!
Desamordaçai-vos ... GENTE ...!!! De vez ...!!!
Fonte das imagens não legendadas: Janiel Martins Texto: Paulo Passos |