sábado, 26 de novembro de 2016

SOPA DE ALHO FRANCÊS COM NOZES E OVOS


Ingredientes:
(Quantidades? As suas ...!!!)

- Alho francês
- Nozes
- Ovos
- Chu-chu
- Cebola
- Alho
- Salsa
- Azeite
- Sal
- Compota de ameixa
- Queijo
- Tostas
- Pêras 


Modo de preparação:

Numa panela com um fio de azeite, refogue ligeiramente a cebola.
Misture o alho e os chu-chus cortados aos pedaços.



Cubra com água e deixe cozinhar.
Verifique o sal.


Depois de cozido, deixe arrefecer e leve ao liquidificador, juntando a salsa.
Volte a colocar na panela e, em lume brando, junte ao creme, o alho francês cortado.



Deixe cozer e, após a cozedura, misture, lentamente e em fio, os ovos, previamente batidos.


Não deixe de mexer, enquanto verte os ovos para a sopa, que cozerão 
à medida que o contacto for sendo feito.


Junte nozes e acompanhe com pêras, queijo, compota de ameixa (ou outra) e tostas.


Brinque e brinque-se ... 

E ... se assim entender ... também vai um copo de vinho tinto.



Fonte das imagens: Janiel Martins

terça-feira, 22 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - DENUNCIAÇÃO DE CHUNGARIAS E (DES)MORALIDADES II

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Harriet Jacobs. Fonte da imagem: internet.

"Empenhei-me com muita fé em relatar com justeza a verdade da minha 
própria experiência da Escravidão, para chegar até vós na nudez da minha 
pobre condição de Mãe Escreva, não para lhe contar o que ouvi, 
mas aquilo que vi - e sofri."

(Harriet Jacobs. Estados Unidos da América, 1813 - 1897)

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Virgínia Woolf. Fonte da imagem: internet.

"A coisa nenhuma deveria ser dado um nome, pois há o perigo de que esse nome o transforme."

"É muito mais difícil matar um fantasma do que uma realidade."

"A vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de 
um mundo melhor, cuja existência é apenas uma suposição."


(Virgínia Woolf. Inglaterra, 1882 - 1941)

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Anna Akhmatova. Fonte da imagem: internet.

"Bebo ao lar em pedaços,
À minha vida feroz,
À solidão dos abraços
E a ti, num brinde, ergo a voz...

Ao lábio que me traiu,
Aos mortos que nada vêem,
Ao mundo, estúpido e vil,
A Deus, por não salvar ninguém."

(Anna Akhmatova. Rússia, 1889 - 1966)

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Cecília Meireles. Fonte da imagem: internet.

"Adestrei-me com o vento e a minha festa é a tempestade."

"Liberdade de voar num horizonte qualquer,
liberdade de pousar onde o coração quiser."

"O vento é sempre o mesmo, mas a sua resposta é diferente em cada folha.
Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros."

(Cecília Meireles. Brasil, 1901 - 1964)

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Simone de Beauvoir. Fonte da imagem: internet.

"À minha volta, reprovava-se a mentira, mas fugia-se cuidadosamente da verdade."


"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância."

"Quando se respeita alguém não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento."

(Simone de Beauvoir. França, 1908 - 1986)

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Sophia de Mello Breyner.  Fonte da imagem: internet.

CATARINA EUFÉMIA

"O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente

Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos

Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recusasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque erasa mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E a busca da justiça continua"

(Sophia de Mello Breyner. Portugal, 1919 - 2004)

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Anne Frank. Fonte da imagem: internet.

"Os mortos recebem mais flores do que os vivos, porque o remorso 
é mais forte que a gratidão."

"Aquele que é feliz, espalha felicidade.
Aquele que teima na infelicidade, que perde o equilíbrio e a confiança, 
perde-se na vida."

(Anne Frank. Alemanha, 1929 - 1945)

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Paulina Chiziane. Fonte da imagem: internet.

"O cristianismo que vem do colonialismo, é um cristianismo intolerante."

"O colonialismo continua na cabeça desta gente maravilhosa, que
se diz independente. Independente de quê?"

"Na História há um gajo que eu admiro.
Eu gosto de Luís de Camões.
Mas não pela mesma razão dos outros.
Eu gosto dele porque ele não seguiu um caminho,
ele abriu um caminho."

(Paulina Chiziane. Moçambique, 1955)

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Xue Xinran. Fonte da imagem: internet.

"Quando as hormonas de um homem estão à solta, ele jura amor eterno.
Isso gerou resmas e resmas de poemas ao longo das eras: 
o amor profundo como o oceano ou seja lá o que for.
Mas o homem que ama desse jeito só existe em histórias.
O homem real alega que ainda não conheceu a mulher digna desse emoção.
E é um especialista em utilizar as fraquezas da mulher para dominá-la.
Algumas palavras de amor e de elogio, mantêm algumas mulheres felizes
por muito tempo, mas é tudo ilusão."

(Xue Xinran. China, 1958)

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Lucía Etxebarría. Fonte da imagem: internet.

Excertos de uma entrevista, ocorrida no ano 2000, para o jornal português: Público.


"Na Tailândia as meninas são vendidas, no Médio Oriente as raparigas são vendidas aos 12 anos para serem prostitutas ou escravas e se tiverem sorte, para serem esposas. Na Índia são queimadas, em África tiram-lhes o clitóris e em todo o Terceiro Mundo são bestas de carga, são trabalhadoras mal pagas que morrem mais cedo que as outras, na China matam-nas ao nascer... Não creio que as mulheres que eu descrevo existam aí."

"Faço literatura social que em Espanha está muito mal vista. O realismo social está muito mal visto e sou mulher, jovem, com êxito e não integrada nos circuitos académicos, 
claro que sou a Besta Negra!"

"A academia de escritores espanhóis tem 45 homens e duas mulheres. Esses 45 homens têm mais de 60 anos e foram educados no franquismo. Na universidade espanhola há 90 por cento de homens, com mais de 60 anos e educados no franquismo. A crítica espanhola tinha o ano passado 84 homens para 12 mulheres. As mulheres eram educadas numa universidade franquista. Apesar de dizerem que viveram o Maio de 68 foram todos educados numa outra cultura. Na altura da atribuição do Prémio Nadal a crítica disse 
que era um desprestígio para o Nadal eu tê-lo ganho."

"Noventa e cinco por cento da literatura universal não tem personagens mulheres: são homens. E depois existe uma noiva ou uma mulher-fatal, e quando finalmente fazem personagens mulheres ou se suicidam ou são mulheres com as quais nenhuma mulher se pode identificar."

(Lucía Etxebarría. Espanha, 1966)

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Janiel Martins.







sexta-feira, 18 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - NO REINO DOS HOMENS



John Steinbeck. Fonte da imagem: internet.
"(...) Parece que os países novos seguem sempre a mesma rotina.
Primeiro, chegam os desbravadores, fortes e heróicos, mas vulneráveis. Podem lutar contra as forças da natureza, mas são ingénuos e impotentes perante o homem, e é talvez a ele que fujam. Quando a terra fica desbravada, chegam, por sua vez, os homens de negócios e de leis para auxiliarem o progresso e resolverem os problemas de propriedade, o que equivale a dizer que acabam também por contrair a febre da posse. Vem, por fim, a cultura que é, simultâneamente, distracção, descanso para os nervos e olvido da amargura de viver. E a cultura pode apresentar-se sob todas as formas.
A igreja e o bordel chegaram ao mesmo tempo ao Oeste. E ambos teriam ficado horrorizados se soubessem que não passavam de diferentes facetas da mesma necessidade. Porque, na realidade, ambos pretendiam alcançar o mesmo fim: os cânticos, os ritos, a poesia da igreja ofereciam ao homem o esquecimento da sua tristeza; o bordel, esse, oferecia-lhe outros esquecimentos. 


(...) Enquanto as igrejas, carregadas do suave odor da piedade, investiam como ajaezados e impetuosos cavalos de cervejaria em dia de festa, a sua parente pobre entrava com pézinhos de lã, toda curvada e velada, para evangelizar os corpos.


(...) E, na verdade, se depois de terem escutado os gritos de êxtase dos fiéis, pontuados pelos acordos dos harmónios, ouvissem os murmúrios que saíam duma casa de prostituição, era natural que confundissem as identidades dos dois ministérios. O bordel era tolerado mas não reconhecido." 

Em "A Leste do Paraíso", de John Steinbeck (EUA, 1902 - 1968).


Paulo Passos.

AS CORJAS
(Paulo Passos, Portugal)

          Estranhezas?

Semelhanças.

          Semelhanças pensadas e prenhes de coerência.

Hierarquização dos papéis e estatutos da classe dos abutres.

          Sanguessugas.

Roubança farta, legislada, autorizada, fartura de exploração.

          "A terra a quem a trabalha", diz-se ...!!!

Assim deveria ...!!!

          Mas não. Tem que haver lugar para a ladroagem.

Que se legisle ...!!!

          Foda-se ...!!!

Assim foi e assim é. 

          Será também?

Foda-se ...!!!

          Corjas ...!!!

De PUTAS?

          Assim fossem.

São CORJAS.

          São CORJAS, mas as putas só têm as costas largas.

São CORJAS ... NÃO de PUTAS.

          São CORJAS ... dos outros ... de GATUNAGEM.

CORJA.

          AS CORJAS ...!!!


Janiel Martins.


















terça-feira, 15 de novembro de 2016

SOPA DE OLIVEIRA


Ingredientes:
(... as quantidades são as suas ...!!!)

- Rama de oliveira
- Alho francês
- Cenoura
- Chu-chu
- Alho (2 dentes)
- Azeite
- Sal
- Pêras
- Queijo
- Marmelada



Modo de preparação:

Numa panela, depois de lavados e cortados aos pedaços, 
coza em água e sal, o chu-chu, cenoura e alho, 
com a rama, fazendo um cozido numa infusão de oliveira.



Deite no liquidificador, retirando antes a rama da oliveira, 
e deixe que este trabalhe, até ficar com uma textura bastante cremosa.
Na mesma panela refogue, levemente, em azeite, o alho francês, previamente 
lavado e cortado às rodelas, após o que misturará o creme de legumes. 
Envolva tudo de forma suave a aperitiva, conferindo o tempero.


Sugestão a não descartar ... acompanhe com pêras, marmelada e queijo ...!!!


Sinta-se ... mas tão bem ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

SUSTENTO DA ALMA - DENUNCIAÇÃO DE CHUNGARIAS E (DES)MORALIDADES I




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Bertolt Brecht. Fonte da imagem: internet.

"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento.
Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."

"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa.
É compreensível: eles já comeram."

"Muitos juízes são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça."

"Temam menos a morte e mais a vida insuficiente."

"Pergunte sempre a cada ideia: a quem serves?"

(Bertolt Brecht, Alemanha 1898 - 1956)
           

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Napoleão Bonaparte. Fonte da imagem: internet.
            "Do sublime ao ridículo, só um passo é necessário."
"as verdadeiras conquistas,as únicas de que nunca nos arrependemos, 
são aquelas que fazemos contra a ignorância."

(Napoleão Bonaparte, França 1769 - 1821)

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John Steinbeck. Fonte da imagem: internet.
"(...) Podemos gabar seja o que for, se nada mais tivermos. 
Quanto menos se tem, maior é a vontade de o gabar. (...)".

"(...) Certos homens sentem amizade por toda a gente, enquanto outros
se odeiam a si próprios e espalham o ódio à sua volta como se pusessem 
manteiga em pão quente (...)."

"(...) O espírito do homem não se pode contentar em viver com o seu tempo,
como faz o corpo (...)."

Em: "A Leste do Paraíso", John Steinbeck, (EUA, 1902 - 1968).

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José Rodrigues Miguéis. Fonte da imagem: internet.
 "(...) O fascismo tinha para ele uma clara significação: era o triunfo daqueles que o tinham mantido na fome, na ignorância e na miséria, e não só a ele, como a incontáveis milhões no mundo inteiro. Era a perpetuação dos males da humanidade, a morte da esperança e da luta. E a ameaça envolvia também a sua terra de adopção, a pátria do seu herói, Lincoln. Soube ler o aviso da História, e decidiu acordar a sua gente da apatia em que ela vegetava. Fez então muitos sacrifícios morais e materiais para esclarecer os que, tendo olhos de ver, não viam; e tendo ouvidos de ouvir, não escutavam. (...)"

Em: "O Cosme de Riba-Douro", conto incluso no livro "Gente da Terceira Classe", José Rodrigues Miguéis, Portugal.

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Antônio Baltazar Gonçalves. Fonte da imagem: internet.
SOBRE OS SUJEITOS 
(uma primeira parte)
(Antônio Baltazar Gonçalves, SP / Brasil)

O sujeito indeterminado agora é sujeito vestido

se apresenta mesquinho escondido atrás das rotundas 

invejoso, vaia e se consome assistindo o espetáculo que ama.

O sujeito indeterminado é velho conhecido 

transfigurado, sempre mesquinho, vive vida emprestada

nas quebradas do discurso costura trama de velha textura.

Usa máscaras, o sujeito indeterminado

pode ser que seja e pode ser que não é 

o amigo Otelo, a amante Desdemona 

ou Iago do próprio Iago.

Tão astuto quando perspicaz, está e não está

   na falta evoca ação; presente abre lacunas.


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Frederico Lourenço. Fonte da imagem: Internet.
A PINTORA CHIQUE
(Frederico Lourenço, Portugal)

"A pintora chique tem sempre uma alcunha como Cucha, Lucha ou Gucha e vende todos os quadros, logo de uma assentada, na abertura das suas exposições. Nunca andou em Belas-Artes, nem teve sequer uma única aula de pintura. Um dia, depois de se maçar com o negócio de fazer tartes óptimas ("sablées, apetitosíssimas") para vários restaurantes do Estoril, comprou telas, tintas, terebentina, óleo de linhaça ... ah pois, também comprou, ao que parece, um "jogo" de pincéis. Tem um estilo francamente inapto, a que as pessoas finas do meio dela chamam naif. Há umas manchas coloridas nos seus quadros que representam flores; umas coisas rugosas que são conchas; muito, muito azul. "O mar!" exclamam todos. Houve até quem lhe chamasse a "pintora do azul". Receosa de ficar conotada com temas azuláceos, pinta agora telas com enormes amontoados de coisas castanhas. "É a minha nova fase delabrée".

Em: "Caracteres", Frederico Lourenço.


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Paulo Passos.
"A hipocrisia é íntima do medo que insatisfaz a verdade."
                                                          
"Não sou ladrão. 
Jamais ficarei com o que não me pertence. 
Nem idiossincrasias, nem rancores, nem neuroticidades, 
nem caprichos, nem pequenezes, 
nem medos, provenientes de outrem.
Devolvo tudo ao proprietário."

   (Paulo Passos, Portugal)

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Janiel Martins.
CASUALIDADE
(Janiel Martins, RN / Brasil)

Mais ocê é atrevida memo!

Arrmaria, eu não posso falar nada
Aqui dentro.

Ritinha venha aqui pegá su irmã.
Ivonaldo vai tirá lenha.

Paínho, só manda eu!

Lançando das guelas comunitárias
Tornou um ponto de encontro,
Invenção do coisa ruim.
Armando para si,
Um saco com 2 pareias de roupa
Passa o dia no rio.

Dona Maricota sabe de tudo.

Vixi Maria, como sabe da vida alheia.
Gonzaga diz que aquilo é veneno,
Um dos mais fortes.
Invenção do diaxo,
 Aquilo é arma sem bala.


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Janiel Martins.