Malleus Maleficarum - livro escrito (1484 (?))
por elementos da Igreja Católica
James sprenger e Heinrich Kraemer.
Com a tradução de "O martelo das bruxas", tratava-se de um tratado
sobre métodos e técnicas de julgamento e tortura de bruxas,
assim consideradas, insana e levianamente, pela Inquisição, na sua maior
manifestação demoníaca.
Simbolicamente As Bruxas era tudo e eram todos os que
considerados, pela Inquisição, como hereges: opositores às doutrinas da Igreja Católica,
homossexuais, feiticeiras (?), judaísmo, bigamias (como se o voto de castidade fosse cumprido
no seio da Igreja Católica!), blasfémias,..., enfim, tudo o que
podia inventar ao serviço do sofrimento alheio (claro!!! nunca o deles!!!),
para ficar sujeito às perseguições e
condenações para o seu sádico prazer de submissão
e neutralização de pluralidades.
A fragilização gerada pelo terror e pela mentira, era o instrumento usado
para assegurar os interesses inquisitórios, numa verdadeira inversão de valores.
Literalmente: O Mal travestido de Bem!
Semelhante aos padrões de comportamento, hoje, igualmente, muito em voga, impregnados de
imagens e discursos diplomáticos, quando se quer implementar o logro e a corrupção!
Tão visível no mundo institucional e político!
Livro ao serviço desta terrífica realidade, nas mãos do sadismo
da Igreja Católica, nas suas variantes de evidentes necessidades em usufruir
da existência de bodes expiatórios, para manipulação e
certificação da sua própria existência.
Louvada é a notabilidade do título destas Jornadas e de quem
as idealizou e concretizou,
pela gratificação de todas e todos os que se afirmam nos
cenários da justiça, liberdade e igualdade.
Não permitir que se sane das memórias tudo o que a humanidade cometeu,
no registo das atrocidades, é a nobre intenção plasmada no que foram
estas Jornadas.
Um nobre alerta para a actualidade do assunto!
MALLEUS MALEFICARUM: 1484 - 2013
IV JORNADAS DE SAÚDE MENTAL / PSICOLOGIA E CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
ACES do Cávado I - Centro de Saúde de Braga / Portugal
10 e 11 de Outubro de 2013
Local: Mosteiro de Tibães - Braga
Local: Mosteiro de Tibães - Braga
CARTAZ
I
TÍTULO DAS JORNADAS
TÍTULO DAS JORNADAS
Conferência I
Mecanismos de Defesa - Anjos e Demónios
Mesa I
Virtudes do Prazer: Oralidade e Gula
Alimento e Momento de Sustento
A Mama: Prazer ou Tortura
O Cometa, a Chupeta ... Olha! e a Masturbação
Exercícios de Substituição das Privações
Mesa II
(Des)Controlo: Analidade e Satisfação da Inveja
Código de Honra da Analidade
Fantasia e Rivalidade
A Birra e o Desenvolvimento
Relaxamento e Auto-controlo
Mesa III
Genitalidade e Declaração de Intimidades
Hipnose - É como a gata da Maria Mendes: tá a dormir e a caçar ratos ao mesmo tempo
A Sorte - O Corte - O Norte
Penetração Tóxica
Dessexualização da 3ª Idade: A Castidade Social
Conferência II
A Ferro e Freud
Conferência III
Caro Jung ... A Alquimia do Desejo
Mesa IV
Solene Mentira: Segurança e Liberdade
No Beco Social das Inseguranças
Como Uma Nesga Entre Duas Nuvens: O Lugar Sagrado da Liberdade
Quem vê caras AINDA não vê corações: a nova roupagem da homofobia
Mentira Sagrada e Liberdade Apocalíptica Revelada
Mesa V
Adoptantes, Instituições e a Patologia do Narcisismo ou Benfeitores
Summum ius, summa iniuria
(Des)Referência e (Des)Pertença
Estes Pais Não São Para Novos
Adopção: Encontros e Desencontros
Mesa VI
O Firme Propósito da Luxúria
Terribilis est locus iste - Esta é a casa de Deus
A Insustentável Privação da Luxúria
Latência e os Prazeres Pré-Pubertários
O Falso Perfil da Castidade
Conferência IV
Castração e a Actualidade da Santa Fogueira
Sessão de Encerramento
III
JUSTIFICATIVA
Como instituições de saúde de ligação directa às populações, os Centros de Saúde (actualmente organizados no formato de Agrupamentos de Centros de Saúde - ACES) deveriam efectivar a identificação, prevenção, tratamento e vigilância de todas as ocorrências do ciclo de vida.
O acto de laborar em Saúde Mental não pode continuar aquém destas intenções, já que o determinismo existencial depende, efectivamente, da qualificação do dinamismo intrapsíquico, cujos determinantes organizativos prendem-se com as articulações a esferas de natureza antropológicas, culturais e sócio-históricas e, em reivindicação (de direito e em justiça), a riqueza da dimensão psicológica.
Intenta-se com a realização das Jornadas, promover espaço de colaborações, partilhas, reforços motivacionais e posicionamentos interventivos, de todos os que se movimentam, directa ou indirectamente, na esfera da Saúde Mental em contexto dos Cuidados de Saúde Primários.
É intenção destas jornadas, sendo as IV do Distrito de Braga, que sejam centradas em questões inerentes à actualidade de todos os modelos sociais, históricos, culturais e, consequentemente, psicológicos de coartação ou castração da evolução dos sistemas sociais.
É a facilitadora denúncia, ajustada à actualidade da existência de mecanismos inquisitórios, preconceituosos e de censura, camuflados por práticas valorizadas social e institucionalmente, mas com impacto directo (consciente ou inconscientemente) na domesticação de indivíduos e comunidades e, como tal, obstáculo à evolução no que concerne ao desenvolvimento do direito ao pensamento avaliativo e associativo.
IV
CRONOLOGIA
No cenário do posicionamento de coesão, existente entre os psicólogos dos ACES do Distrito de Braga, tanto no que se refere às modalidades organizativas e operativas, como no que diz respeito às intenções funcionais, foi alvitrado a necessidade de conjugar e partilhar num determinado momento, tendo culminado na existência de umas Jornadas como o título genérico de "Saúde Mental/ Psicologia e Cuidados de Saúde Primários".
Tendo decorrido, com a organização do ACES do Ave I - Terras de Basto, Centro de Saúde de Fafe, as I Jornadas com o título "A Psicologia Clínica nos Cuidados de Saúde Primários", em 21 e 22 de Outubro de 2010, e na intenção de ser dada continuidade, através do percurso de todos os ACES do Distrito de Braga, foi decidido, pelos intervenientes sugestores, que em 2011, tais Jornadas, sendo estas as II, decorressem no ACES do Cávado III - Barcelos/Esposende, Centro de Saúde de Barcelos, nos dias 29 e 30 de Setembro de 2011, intituladas "Urbanismo/Paisagismo e Sexualidades", e com a organização do Gabinete de Psicologia Clínica e Direcção Executiva.
No ano de 2012, com a organização dos psicólogos e Direcção Executiva do ACES do Cávado II - Gerês/Cabreira, Centro de Saúde de Amares, decorreram as III Jornadas de Saúde Mental/Psicologia e Cuidados de Saúde Primários, com o título " Outridade, Identidade e Representação", nos dias 11 e 12 de Outubro de 2012.
V
ORGANIZAÇÃO
Gabinete de Psicologia Clínica
Centro de Saúde de Braga
ACES do Cávado I
ARS Norte, IP
Ministério da Saúde
Portugal
VI
SOBRE O MOSTEIRO DE TIBÃES
O Mosteiro de Tibães de S. Marinho de Tibães, da Ordem Beneditina, foi fundado em finais do século XI. Recebe em 1110 a Carta de Couto doada pelo conde D. Henrique, que lhe outorgou as terras adjacentes ao mosteiro e lhe concedeu inúmeros privilégios, como a administração da justiça e a cobrança de impostos, permitindo-lhe a obtenção dos rendimentos necessários para a manutenção de uma comunidade monástica.
Cresceu em riqueza e poder até ao século XIV, e atingiu o seu máximo esplendor nos séculos XVII e XVIII após ter sido escolhido, em 1567, para Casa-Mãe da Congregação de São Bento de Portugal e do Brasil, convertendo-se num dos grandes conjuntos monásticos do Portugal barroco, importante centro produtor e difusor de cultura e estética, lugar de excepção do pensamento e arte portuguesas. É dessa altura a grandiosa estrutura arquitectónica e todo o conjunto monástico que hoje podemos apreciar.
Extinto em 1834, os seus bens foram inventariados e vendidos, com exceção da Igreja e do claustro e de uma pequena área conventual que, continuando propriedade do Estado Português, ficaram em uso paroquial.
Comprado por particulares em 1864, o mosteiro vê, 30 anos depois, um incêndio destruir parte do claustro do refeitório. Inicia-se então um longo processo de degradação que se vai alastrando a diversas áreas do mosteiro. Em 1986 o Estado Português, perante a degradação e delapidação deste mosteiro, compra-o, iniciando o seu resgate patrimonial, abrindo-o à fruição pública, ao mesmo tempo que estudos, registos e limpezas, possibilitaram os projectos de recuperação que se seguiram.
Entre 1995 e 2010, obras de restauro, recuperação e re-uso, devolveram-lhe a dignidade e a beleza, transformando-o num dos monumentos de maior versatilidade cultural, exemplo de recuperação patrimonial e plataforma cultural multifacetada.
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Ao ter tido o prazer de me ter sido dada a possibilidade de participar num debate de revisão, sobre as Jornadas em apreço, não podia impedir que a sua difusão deixasse de ter o meu contributo, na base dos princípios e intenções, concernentes às igualdades e aos desígnios comunitários.
Imperdoável seria se não o fizesse!
Imperdoável seria se não o fizesse!
As impressões tidas, durante esta conversa, decorridos quase 3 anos, sobrevalorizam a dedicação e nobreza de quem trabalha e de quem trabalha para o no Bem e no Justo!
Excelência de cooperação científica e de integração teórica, postulando cada segmento de palavra, de frase, de texto, no genuíno cardápio do conhecimento e do pensar. Pensar puro!
O local escolhido para a realização destas Jornadas - Mosteiro de Tibães, em Braga / Portugal - que tenho o infinito gosto de conhecer, foi um outro contributo para que estivesse plasmado no espaço os intentos dos pensamentos feitos em palavras dos comunicadores.
Gente de proveniências tão diversas (psicólogos, historiadores, juristas, antropólogos, médicos, professores, sociólogos, padres, arquitectos, epistemólogos) trouxeram a certeza de que o poder é o poder do conhecimento e do conhecimento sentido e pensado.
Não um conhecimento de currículo académico. Mas o conhecimento advindo de eternas horas correlacionantes de conceptualizações, de articulações, de partilha, de estudo crítico, avaliativo e associativo.
Não o estudo das concretizações dos feitos e materializados em produtos de consumo. Mas o estudo que está na subjacência dos constructos das regências das abstracções e descobertas explicativas.
Não o estudo que se acomoda na retenção de informação ou na práxis para o fazer. Mas o estudo da construção da partitura!
Dois dias plenos de gloriosas denúncias de históricas mentiras, de logros, de conveniências, de imaturidades institucionais e políticas, na conjugação e articulação com o fio condutor da ciência, a que confere ao homem o papel de pensador, de poetizador do conhecimento puro.
Para quem se identifica e matura, deverá ter tido um excelente contributo terapêutico e de crescente consciencialização.
Para quem nada sabe de si, é mais uma renovação da imperfeição e do obscurante império das defesa e das idiossincrasias.
Que se sintam, cacarejando (como o do galo que cantou 3 vezes!) os apontados nestas preciosas e justas denúncias.
A maturidade no seu esplendor de coerência.
Benditas mulheres e homens que se erguem na nobreza e se ergueram nestas Jornadas.
Pujante valentia que só aos nobres assola.
... ficando o lamento, contudo, um denunciador lamento
pelos diversos formatos e travestismos existentes de ... :
Malleus Maleficarum: 1484 - até ao presente!
... em novos, mas igualmente atrozes figurinos ...!
... condenavelmente vergonhoso!
... em novos, mas igualmente atrozes figurinos ...!
... condenavelmente vergonhoso!
Janielson Martins |
Fonte das imagens: internet