DEFINIÇÃO DE DÔR
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Dói o coração de tristeza
Tristeza não é uma dôr
Tristeza é a solidão
Prefiro dizer que o coração dói
Edição: Paulo Passos
O blogue – Comer e Saber – apresenta-se com o intuito de exterminar amarras. Impera-se em três rubricas: Sustento da Alma; Café com Letras; Gastronomia e Culinária, como ferramentas de promoção e fomentação de liberdades e pluralidades. Movimenta-se na consciencialização da noção de direito às criatividades, no débito da conjugação dos intrínsecos conceitos de SABER (enquanto fonte de SABOR) e o de SABER (enquanto fonte de CONHECIMENTO).
DEFINIÇÃO DE DÔR
(Janiel Martins, RN/Brasil)
Dói o coração de tristeza
Tristeza não é uma dôr
Tristeza é a solidão
Prefiro dizer que o coração dói
Edição: Paulo Passos
SERTÃO MEU INTERIOR
Ingredientes:
Ingredientes:
Ingredientes:
HALLACAS
Uma das iguarias da Venezuela, comuns na época natalícia.
Limpidez da suspirada culinária que se aquece e aquece, em (re)torno da magia que exala dos requintes da sofisticação e da coerência que a genuinidade encorpa.
Experimentei hallacas, ofertados gentilmente por uma amiga venezuelana - Marlene Pereira.
A estima conduziu a esta matéria neste blogue, como forma de acarinhamento à cordialidade, à simpatia da criadora, assim como aos aromas e sabores que das hallacas foram surgindo. Surpreendentemente, primeiro da expectativa... logo seguido do momento da abertura do recipiente que as transportou... sequenciados pelos aromas e sabores que, durante a preparação da cozedura iam emanando, culminando, indubitavelmente, através da degustação.
O entusiasmo do momento de retirar o fio amarrador de cada hallaca, ir abrindo as camadas de folhas envolventes... até à expectante visão da novidade do ansiado tesouro.
São viagens onde a gastronomia é o veículo de comunicação e de contacto.
São viagens feitas nas ferramentas das sinceras amizades que se constroem e que caminham na consolidação.
São passeios que repelem os desprazeres do egoísmo e da solidão.
São aromas de especiarias do estar junto.
Provocantes hallacas, são sabores do quente das novidades, das presenças dos trópicos que se traduzem pela vida quente, floral e, salienta-se, fruto do desígnio das pulsões, sensualidades e demais em danças de excitação pela conexão.
São aromas de envolturas da surpresa, num esverdeado florestal, escondido, como todos os mistérios e, por tal secretismo, são os mais apetecíveis e apetecidos, como que de proibição se tratasse.
Paulo Passos
Psicólogo Clínico
Braga, Portugal
Texto, originalmente, publicado em:
https://sai-qolo-gi.blogspot.com/2021/03/a-inatingivel-visao-epica-do-orgasmo.html
TERTÚLIA
Cozinha do Mosteiro de Tibães, Braga/Portugal
13 de Dezembro de 2013 - 18 horas
"(...) there´s someone in my head but it´s not me (...)"
"Brain Damage" - Pink Floyd
A INATINGÍVEL VISÃO ÉPICA DO ORGASMO
(modo tuga)
As incertezas face às virilidades e às masculinidades
são materializadas por, entre demais:
- lunáticos à deriva nos meandros dos próprios (e impostos) açaimes;
- vassalagem à glorificação da miséria e do sofrimento;
- necessidade de demonstração de agressividades travestidas por (falsas) valentias e de (falsos) poderes, estas enriquecidas com plumas e lantejoulas dos trajes (orgulhosamente) usados por machos humanos na tauromaquia, onde as fêmeas (apesar de agora já algumas adquiriram permissão) não se depositam na arena (grupo monossexual masculino). Admirados por uma plateia ao rubro de mulheres anorgásticas (vítimas das ejaculações precoces masculinas (para despachar mais depressa um serviço inapetecível) e das disfunções erécteis que, muitas vezes, noutras circunstâncias não existem) que, após a exibição de poder, se despejam em peças de roupa e flores atiradas para a arena, num derradeiro delírio e na tentativa de busca de uma virilidade que se debita na insuficiência mas que, remedeia, ainda que para dar nas vistas e continuar a enganar o tesão;
- gente cujos tesões estão traídos e são comandados à distância;
- gente rendida e vítima das ditaduras de vizinhança e de sangue;
- convenientes e banais pregões alusivos à macheza latina;
- identidades disfarçadas e pró-desconsciencializadas;
- gente que tanto obedece ao patrão como à imposição;
- castração dos tesões... estes ditos mal-encaminhados;
- ortodoxia axiológica face à postulação educativa e relacional;
- valorização social, religiosa e familiar de identidades/sexualidades de imposição;
- a heroísmos delirantes e valorizados, porque mal contados e irredutíveis à lógica da factologia. Relembra-se que, para a tugada, é assunto na escolaridade obrigatória, onde, em pleno contexto de escola (marcado contributo para o fiasco da sala de aula), a mesma realidade tem leituras e designações antagónicas, porque de conveniente falsidade e acrítica dominante. Exemplifica-se pelo facto de, nessas aulas, chega-se ao descaramento e amadorismo de se chamarem (em façanha de...) e ainda que com pálido orgulho (como os insonoros aizinhos dos rápidos e submissos para-orgasmos), Descobrimentos ao assalto e roubo que se fez ao Brasil, mas... chamarem-se Invasões Francesas, ao facto de estes terem invadido e saqueado este (psicologicamente pobre e imaturo) país. Ao mesmo acto, estas criaturas dão (na escola oficial) designações diferentes, consoante as necessidades de travestir a mente e enganar a fome...: roubam e dizem que descobriram... são roubados e dizem que foram invadidos... hilariante. HOMESSA;
- caça;
- velocidades mecanizadas;
- jogos de risco;
- gente que desconhece o cumprimento mas tão bem conhece a obediência e a mansidão.
A acessibilidade ao épico, catártico e urrado orgasmo fica, definitivamente, comprometida (senão impossibilitada) ... enfeitando-se com sublimações, desconfianças viris e medos dos papões.
That`s... not... all folks...
Edição: Paulo Passos