sábado, 6 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - UM DIA PERFEITO

Um dia perfeito ... perfeita companhia ... 

... lanche (per)feito no alpendre de casa ...


... e Lou Reed num harmónico romantismo em fundo ...!!!

PERFECT DAY
(Lou Reed)

Just a perfect day
Drink Sangria in the park

And then later

When it gets dark, we go home

Just a perfect day
Feed animals in the zoo

Then later

A movie, too, and then home

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you

Oh, such a perfect day

You just keep me hanging on

You just keep me hanging on
Just a perfect day
Problems all left alone

Weekenders on our own

It's such fun

Just a perfect day
You made me forget myself

I thought I was

Someone else, someone good

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you

Oh, such a perfect day

You just keep me hanging on

You just keep me hanging on
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow

You're going to reap just what you sow

You're going to reap just what you sow


https://www.youtube.com/watch?v=QYEC4TZsy-Y

Configurava no insubordinado e estimulante leque de companhia, uma infusão de laranja com hortelã ... para se enfeitar com uma (de cada vez!) fatia do delicioso 
e tão caseiro bolo de chocolate ...


Ingredientes (para o massa):

3 chávenas (xícaras) de farinha de trigo
1 chávena (xícara) de açúcar
1 chávena (xícara) suco de laranja
Raspa de 1 limão
125 gramas de chocolate em pó
3 ovos
2 colheres de manteiga
1 colher de café de sal
1 colher de sopa de fermento


Modo de preparação:

Num recipiente coloque o açúcar, o sal, os ovos e a manteiga, 
mexa bem até obter uma mistura com textura lisa.
Adicione o chocolate em pó, de modo a que se incorpore.
Continue a mexer para misturar a farinha de trigo, 
juntamente com o suco de laranja.
Adicione a raspa do limão, o fermento, trabalhando bem a massa.


Unte uma forma com manteiga e polvilhe com farinha de trigo.
Coloque a massa.
Leve ao forno aquecido a 180 graus,
durante 45 minutos, conferindo, furando-a o com um palito.
Não abra o forno antes de terem decorridos cerca de 40 minutos.


Recheio de Doce de Leite
(receita neste blogue, datado de 5/Agosto/2016, com o link: https://comeresaberbem.blogspot.pt/2016/08/doce-de-leite.html)


Ingredientes (para a cobertura de chocolate):

200 gramas de chocolate em barra meio amargo
0,5 chávena (xícara) de leite

Modo de preparação:

Quebre o chocolate em pedaços pequenos e 
coloque-os num recipiente, adicionando leite.
Leve ao microondas, por cerca de 1 a 1:30 minuto, 
tendo o cuidado para não queimar.
Mexa bem para ganhar a consistência de creme.


Modo de montagem do bolo:

Para ter um bolo uniforme e mais macio, retire a película de cima, 
das laterais e de baixo.
Corte-o transversalmente, com o auxilio da faca e de uma espátula.
 Separe as partes.
Coloque o doce de leite na camada inferior e espalhe.
Ensanduiche-o ... colocando a outra parte por cima.
Jogue a calda de chocolate sobre o bolo e decore com capuchos.


Um lanche (per)feito ... para um dia perfeito ...

... o resto da estimulante companhia ...... não conto ...!!!

Perfect day ... I`m glad I spent it with you ...!!! 

So glad ...!!!

Just a perfect day ...!!!


Fonte das imagens: Janiel Martins

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

DOCE DE LEITE


Ingredientes:

- 1 litro de leite
- 350 gramas de açúcar

Modo de preparação:


Coloque o leite e o açúcar numa panela.
Leve-a ao lume alto.
Mexendo continuamente, por cerca de 40 minutos, até ganhar consistência cremosa.
Lembrando-se que, após cozido, ganhará mais textura.


Falar fica demais ... colherada à dimensão do desejo ... 

... misturada com a frescura do delicioso amarguinho dos capuchos ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - E O SERTÃO AUTORIZOU



E o Sertão aceitou ... o Sertão autorizou ...!!!

Aceitou um laivo de experimentação, pouco usual, mas que, diga-se, o deixou com 
o orgulho de quem tem a soberana essência.

É dele ... do Sertão a ideia original, que venera o conceito, que alude ao início ...!!!

Carne de Sol ... sertaneja por excelência e humildade ...

... gostosa como ela só ...

... bem ao jeitinho de Sertão ...

... ritmada e serenada nas insígnias do luar ...

... versátil e ajustada ...

... permissiva, quando autorizada ...

... bravura de macho, sendo assim fêmea ...

... logo que segura do respeito à tradição que sustenta gente ...



... Carne de Sol ... autorizadamente receitada com uns enfeites ...!!!

Temperada de véspera com sal, louro, alho picado e ervas aromáticas.

Sobre carne de sol sugere-se a leitura da matéria publicado neste blog,

 com o link: https://comeresaberbem.blogspot.pt/2016/01/curiosidades-carne-de-sol.html


Carne de Sol com Cogumelos e Pimientos Padrón ... unos pican y otros non ...!!!


Cebolas e dentes de alho picados para um tacho com azeite e louro, para refogar.

Adiciona-se a carne de novilho cortada aos pedaços e a malagueta (a gosto),

mexendo até ficar cozinhada ao

desejo de cada um ... entre estufada e frita ... é sua a decisão ...!!!

No final, regue com umas gotas de limão ...!!! 



Os cogumelos são cozinhados num tacho com um fio de azeite,

 cebola picada, sal e rosmaninho ... somente ...!!!



Pimentos Padrão ... uns picam e outros não ... são lavados, salpicados com sal

e jogados numa frigideira com um fio de azeite quente.



Só deixar que se manifestem, juntos às gotas de limão que cairão sobre eles ...!!!



Queijo, azeitonas e tostas ... são a complementar companhia eleita ...!!!



Carne de Sol ... com permissão do Sertão ... desenhada num figurino

enriquecido com a sua presença ...!!!



Carne de Sol ... um ouro do Sertão ...!!!

Poetizando ... noutros ouros sertanejos ...


QUEIJO DE MANTEIGA
(Janiel Martins - RN / Brasil)

Queijo de manteiga é um ouro do Sertão
O sertanejo é firme, determinado e orgulhoso
Houve um dia
O vaqueiro da fazenda Olho da Água
Trouxe para casa o leite
Dentro do seu bisaco de couro
Colocou no alpendre

Mulher atarefada
Esqueceu o leite todo o dia
Na quentura do sol

Voltando para casa
No final da tarde
A duas léguas de distância
Avista o vaqueiro o bisaco com o leite
Sua teimosia o diz
Vou ver até quando
Esse leite vai ficar aí

Lembra-se a mulher do leite
Na manhã do dia seguinte
E agora vou jogar fora

Mas que nada … perdeu não
O leite talhou
Talhou todinho
De cor bem amarelinha
Soro escorrido
Queijo de manteiga
Um ouro do Sertão

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Fonte das imagens: Janiel Martins

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

FRANGO ASSADO COM MOLHO DE ALCAPARRAS


Ingredientes:

- 1 frango assado
- Cebola
- Alho
- Malagueta
- Vinho branco
- Alcaparras
- Ervas aromáticas (a gosto)
- Sal
- Azeite


Modo de preparação:

O frango tanto pode ser assado em casa como comprado já pronto.
Este foi assado em casa e levou apenas o sal, malagueta, azeite e ervas aromáticas.
Partido grosseiramente, aguarda pela cobertura do molho.


Para o molho, coloque azeite numa frigideira.
Pique cebola e alho e deixe refogar ligeiramente.
Adicione a malagueta, as ervas, o vinho e as alcaparras.
Mexa suavemente até que o álcool do vinho se evapore.

Verta sobre o frango.


Acompanha com ...

Ingredientes:
(Salada)

- Alface
- Pepino
- Limão
- Oregãos
- Azeite
- Sal


Modo de preparação:

Certamente que a sua maneira de preparar a salada é a mais saborosa ...
... Sugestão: use limão em vez de vinagre ...!!!


Ingredientes:
(Arroz)

- Arroz
- Azeite
- Água
- Alho
- Sal


Modo de preparação:

Num tacho com azeite e alho muito bem picado,
Junte o arroz e mexa até que as pontas comecem a ficar
translúcidas.
 Adicione o sal e misture.
Coloque o dobro da quantidade de água, 
relativamente à quantidade de arroz.
Desligue o fogo, quando o seu instinto lhe der sinal.


Acrescentar o quê?

... só o seu prazer ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins

terça-feira, 2 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - PEIXES QUE DIZEM SENTIDOS



Dois peixes ... dois peixes que dizem sentimentos ... dizem de si ...


... um peixe a saber à ternura do Paulo e outro peixe a saber ao carinho da Fernanda ...!!!


Acariciados no palavreado versado

 sem rima 

em poema dedicado ...!!!


PESCADOR DE PEDRINHAS
(Janiel Martins - RN / Brasil)

Pescador de pedrinhas 
dessas preciosas que
trazem nas cores os feitios 
nos brilhos os sentidos
 e o verbo nos reflexos.

Submergem em buscas
encontrados nos próprios desígnios
sonhos encontrados de bem
de bem em alma 
de bem em si.

Apontam no outro o dever
das questões fazem labores
labores férteis em sementes
sementes de dádivas sem troco
o troco que não habita em si.

Pedrinhas do tamanho do valor
daquele que a honra jorra
jorrante de jeito prenhe
prenhe de mim em ti
prenhe de ti em mim.


Wok ... nem mais ...!!!

Veio o Paulo (que é Mariano) e veio a Fernanda (que é Silva),

ofuscados de prazer da partilha, em dádivas de si, clareando o dia

que já de si jorrava luz ...!!!

Duas cavalas ... mais ainda ... já preparadas para serem cozinhadas e degustadas ...!!!


Wok ... nem mais ... escorredor no fundo ... cama de funcho ... azeite pingado ...

... batatas golpeadas, cenouras apenas lavadas e cortadas, courgette e alho francês

cortados em pedaços grandes, cebola cortada em quatro, uma cabeça de alho cortada a meio,

limão feito em duas metades ... cavalas cortadas ... sal, malagueta, 

e uma chuvada de mistura de ervas aromáticas ...

... jantou-se assim, recebido amanhado e com as cores dos sorrisos, nesse mesmo dia ...!!! 


Wok ... nem mais ... tapado, lume bem brando ...

... o tempo para que tudo respirasse de satisfação e de prontidão ...!!!


Durante e depois ... os capuchos foram eleitos como acompanhante e sobremesa ...!!!


Bem haja aos Pescadores de Pedrinhas ... 

... aos preciosos pertences ... Paulo e Fernanda ...!!!

Fonte das imagens (não legendadas): Janiel Martins


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SUSTENTO DA ALMA - GENTES E OUTRAS DORES DE "VIDAS SECAS"


Graciliano Ramos, escritor Nordestino do Estado de Alagoas / Brasil (1892 - 1953).


"Vidas Secas", romance de Graciliano Ramos, puro exemplar da conceptualização
por ele definida e incrustada no seu próprio dizer:

 "A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."


... para ser dita, fecundada e feita pregão, com o tesão da verdade ...


... a palavra que jorra transparências, que jorra verticalidades ...

 ... palavra ... a da honra, a contadora de coisas, de honestidades ...!!!

Dizem, através da própria existência, pelas palavras de ouro genuíno de Graciliano Ramos.


Vidas de honra esmurradas e amordaçadas  pela força da corrupta opulência, 
pela corrupta soberba e pela corrupta e cega ganância de poder ...!!!

Vidas de dor, manchas de sofrimento, ornamentadas de sangue ...
... em lições de vida ... lições de ser ... lições de gente que conhece na pele ...
... a promiscuidade das desigualdades, a desgraça dos infortúnios e os azares da nascença ...!!!

Escolher em liberdade e de igual ... Filhos da Puta ...!!!

FILHOS DA PUTA ...!!!

 Quem pode escolher com barriga vazia, alma oprimida e mente enganada ...???   

Vidas Secas ... com ...

Fabiano
Vitória (Sinhá Vitória)
 Meninos (o mais velho e o mais novo)
Baleia (cachorra) 


Homenageados e revisitados no conto "JORRA HOMEM DELE", 
do psicólogo Paulo Passos (Braga / Portugal, 2015), transcrito abaixo,
pela via do aldeão pastor Fabiano, a mulher ... a aldeã Vitória, o filho (simultaneamente
o mais velho e o mais novo) e a fiel e presente em verbo, corpo e alma ... cachorra Baleia.


" JORRA HOMEM DELE

            O rebanho descia pela serra em direcção ao curral, acelerando em obediência aos chamativos, repreensões e orientações de Baleia. Era um trabalho tão satisfatório que não se via um momento só de repouso naquelas quatro patas, nas orelhas vigilantes e no ladrar que só cantava gratidão. Cadela parda, pouco devedora aos atributos da estética canina, de nome Baleia, por ter nascido com tamanho e peso muito maior que o resto da ninhada. A completar dois anos de idade, Baleia era feliz no seu paradeiro porque galardoada pela sorte de ter como lar, a mais acolhedora cabana de montanha e, como família, o seu fiel amigo Fabiano (a quem chamavam dono). Baleia era comparsa e companheira de todos os ânimos. Desconhecia o rancor.
Viviam no júbilo das suas livres vontades e congratulavam-se, várias vezes ao dia, pelo amparo que sustentavam um no outro. Onde estava Fabiano estava Baleia e onde estava Baleia estava Fabiano. Nunca se impediram nem obstaculizaram. Só eram precisos os dois.
             Fabiano andava pelos 30 anos. Viúvo desde há quase 2 anos, após o acidente que a camioneta da excursão teve, no regresso à aldeia, já noite entrada, que lhe ceifou a mulher e o filho, ainda por completar os três anos. Era uma das muitas excursões que se faziam por ali, dando a conhecer outras paragens e outras gentes. Fabiano era de sair pouco, mas não era impeditivo dos gostos da mulher. Vitória, assim de seu nome, não perdia uma excursão. Aldeã por inteiro, Vitória era mulher bailadeira, gaiteira, alegre e feliz com os seus pertences na vida. Vivia o filho e o marido. Não precisava de Fabiano para dançar nas romarias. Dançava com as outras.
Daquela vez tinham ido ver o mar. Farnel num lado, garoto escanchado no outro lado da cintura, lá foram, madrugada fora, para o local habitual de partida, que era sempre na praceta pelas traseiras da Junta de Freguesia. Era ali, o único local onde a camioneta conseguia fazer a manobra de inversão de marcha.
Fabiano acenava, já estavam em marcha e, sorridente, voltava para casa sentindo os prazeres de uma folga da família, por que certo que voltavam. Gostava dos seus momentos a sós. Era ele que se entendia. De cigarro no canto da boca, mãos nos bolsos das calças, assobio que não entoava, mas trazia-lhe o sinal da tranquila felicidade.
A alguns quilómetros da aldeia, no regresso da excursão e sem forma de evitar, a camioneta despista-se derivado a óleo que estava na via. Embateu de lado contra as árvores que ladeavam a estrada à esquerda. Era desse lado, nas primeiras filas da camioneta, que Vitória ia sentada. Dormitava, com o pequeno a dormir no colo. Mal se apercebeu. Foi tudo daquele lado da camioneta. 
A notícia foi recebida por Fabiano, com o silêncio e a dor que não prendia as lágrimas. Desciam-lhe pelas faces. Tinham apenas o amparo da barba que naquele dia não tinha feito. Ficou como apenas os silenciosos eleitos para o Nobel do Desamparo podem estar.
Chorava Vitória, não com o lamento da viuvez, mas porque amava. Vitória sempre tinha sido a festa de Fabiano. Chorava o filho de modo diferente. Era dele. Tinha sido dele.
No percurso para casa, Fabiano estipula que não pode continuar a viver na sua casa. Nunca tinha sido a sua casa. Sempre fora a casa de Fabiano e Vitória.
Habilidoso, curioso, com jeito para tudo, mas sobressaía o jeito de mãos. De profissão de registo, era pastor. Em simultâneo, também era artesão.
Comodamente afastado da aldeia, mas mantendo-se na proximidade para as necessidades, Fabiano começa a construir a casa que iria ser a sua. Era uma cabana de madeira. Tinha projectado e desenhado na sua cabeça um piso térreo com alpendre e uma falsa. E, certamente, o curral para a sua carneirada. A falsa seria o quarto. Exclusivamente para ele se encontrar com Vitória. Seria um quadrado com a escada à esquerda, de acesso ao piso térreo. Teria uma janela no tecto, sobre a cama, para quando quisesse encontrar Vitória no brilho dalguma estrela. As paredes eram as da casa. Colocaria apenas um gradeamento de protecção. A cama seria baixa, aconchegadamente coberta com o que fosse de tempo. Iria encher as paredes com os seus trabalhos de madeira esculpida. Adicionaria cores. Várias cores, harmoniosamente seleccionadas para cada objecto. Não estava de luto. A luz viria apenas das laterais da cama. Não queria luz vinda de cima. Essa estava destinada só para Vitória. Ali passariam a ter os seus encontros.
No piso térreo, muita ternura pôs Fabiano em tudo o que fez. O canto onde colocou a lareira era de um aconchego tal, que só amando se pode conseguir. O alpendre era um lugar de fantasia. O curral construiu-se com tanta dedicação e gosto, como qualquer outra parte da cabana. Ficava contíguo, pelas traseiras.
Mudou-se logo que pôde. Mudou-se de inverno. Instruiu-se, durante a sua vida, nos requintes dos pormenores. Casa aquecida, panela de sopa de legumes no fogo de lenha, enquanto preparava uma rasa malga de leite, destinada à cadelita que tinha acabado de adoptar. Ainda bebé, não parava de seguir Fabiano, lançando latidos, já de confiança, quando Fabiano a baralhava nos itinerários que fazia na casa. Depois do leite bebido, lançava-se como podia para Fabiano e enroscava-se nele exigindo a protecção e o carinho que lhe era de direito.
Fabiano e Baleia construíram-se assim, sempre ligados. Era só com Baleia, que se sentia acompanhado.
No pastoreio, Fabiano ocupava o tempo a projectar as suas inspirações artísticas. Baleia guardava, reunia e vigiava o rebanho. Dava, perfeitamente, conta do recado. Só precisava da presença de Fabiano. Ainda tinha tempo para a soneca, sempre encostada em Fabiano. 
Ela era a guardiã. "

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Fonte das imagens: Janiel Martins