Não é preciso comer nada estragado...para começar a enxergar o nítido visível.
Basta ter os olhos pintados com a clareza...
...da consciência,
...da lógica
...e da boa-fé...!
Nomeados e Eleitos
Colossais divergências institucionais, históricas, económicas e sociais.
Nomeado é submisso, manso e agarrado à doutrina.
Eleito (em sã consciência e vontade) pode (e deve) ser elite.
Temer o fenómeno do sufrágio é temer a ética e a estética filo e ontogenéticas,
conceitos integrantes das instâncias superiores da personalidade, esta de ELEIÇÃO.
EM:
www.psicologia .pt
(publicação de 24/Dezembro/2017)
http://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?a-disforica-euforia-do-nomeado-e-o-potencial-eutimico-do-eleito&codigo=AOP0450&area=
A DISFÓRICA EUFORIA
DO NOMEADO E O POTENCIAL EUTÍMICO DO ELEITO
Paulo Passos
Psicólogo Clínico (ACES do Cávado I – Centro de Saúde de Braga, Portugal)
Palavras-chave: Personalidade; Disforia; Euforia; Eutimia; Nomeação;
Eleição.
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Perante a profissão de psicólogo/a está amplamente
vivido e demonstrado que, se se colocar, objectivamente, a questão: O que é
um/a psicólogo/a?…As respostas de domínio são de dois níveis (pelo menos) opostas
e inconfundíveis. Respostas oriundas da civilização são centradas no registo:
“É uma pessoa que tem a competência e o licenciamento para a aplicabilidade da
Psicologia como profissão”. Contudo, respostas oriundas do Portugal (e
arredores), nas suas múltiplas variantes, são empacotadas devida, indubitável e
unanimamente em: “É uma pessoa que estudou para ser amiga”.
Perante tão (domesticamente) comprovado
postulado, vale dizer que, essas pessoas estudaram nas Faculdades de Artes e
Ciências da Amizade – F.A.C.A (lê-se “faca”. Isso…Isso mesmo, como as de cortar
os pulsos…!). Contudo, ressalve-se em merecimento e justiça…há inúmeros motivos
práticos para que esta institucionalidade, por cá, seja debitada, divulgada e
exigida. Tem algum fundamento…!
Ora, em projecção, identificação e
generalização, outros crânios (de)formados (sócio-familiar e academicamente); outras
sapiências incontornáveis dos conhecimentos gerais e todos os das especificidades,
diga-se!, estão aptos às candidaturas dos cargos para nomeados, tal como os
provenientes das F.A.C.A(s) estão aptos para o exercício da Psicologia. É uma
questão, pragmaticamente, popular…!
As raríssimas excepções ditam e confirmam
a regra.
Entenda-se que, em subjacência, os
candidatos a eleitos e os candidatos e nomeados diferem em colosso,
estruturalmente no concernente à evolução, organização e funcionalidade da
personalidade.
A
maturação e a operatividade dos candidatos a nomeados estão aquém do
protagonizado nas competências que tais funções dos cargos exigem.
A maturação e a operatividade dos
candidatos a eleitos podem estar consonantes ou dissonantes com os desígnios
que as funções dos cargos exigem.
Em tese os candidatos a nomeações são
viventes da incompletude dos desígnios da estruturação da personalidade (na
conceptualização de Jean Bergeret – Psychologie Pathologique), colmatando
a evolução desta numa organização sem telhado (para usar o chapéu). Ou seja, a
permeabilidade funcional é maior e sujeita às variantes de intentos
proprioceptivos e subjectivos, assim como das convenientes estimulações
circundantes. Com esta decoração plasmada, o sujeito está apto à concordância
dos seus pontos de vista e opiniões, em detrimento dos valores que são
gregários e complacentes ao desenvolvimento comunitário. São estes, os
sujeitos, que se embargam nas próprias opiniões, transformando o seu sentir e
opinar, em factos irredutíveis a qualquer argumentação ou lógica, a não serem as
provenientes de chefias superiores, de quem dependem e obedecem piamente e sem
piedade. Suportam-se nas próprias crenças e não nas necessidades institucionais
ao serviço colectivo. Movimentam-se no cenário das oscilações (tocando a
discriminação, com frequência) entre o que acham (como se devessem ou pudessem
“achar”, ou fazer prevalecer os seus “achados”) e o que lhes é idealmente esperado,
enquanto subalternos. São os genuínos cumpridores da mansidão.
Ora, tanta mansidão, fica ávida de compensação.
Daqui advém o caseirismo, a arbitrariedade, o mediocrismo e a função doméstica
da opinião circunstanciada. Nesta sequência, a dissonância entre as atitudes e
os débitos (comportamentos), impera-se de tal forma, que a frustração dispara
aleatoriamente, em débito das oscilações do próprio humor, no cenário
institucional, como se estivessem nas suas casas de banho (depois aparece a
aflição ao que se segue o MEDO, mas só depois…!). Vivem na inerência da fase da
organização da personalidade. Desconhecem a adultícia e a maturidade que a completa
estruturação da personalidade exige (ainda na conceptualização de Bergeret).
São os produtores e os realizadores dos
enredos ligados aos afectos ambivalentes, às tristezas, às insalubres
satisfações, às incómodas euforias, às iras disfarçadas que moem as entranhas e
ambientes. São os triviais utilizadores das vidas incompletas, disfóricas, ou
melhor, disforicamente eufóricas. Esgotam-se em mendicidades, apregoam
competências e colhem-se em motivos depressores adornados com pálidas eutimias
e com dolorosas euforias.
Curricularmente, são os malabaristas e
ilusionistas das palavras. Transformam (e assumem), com a maior destreza e
arrojo, a sua história vivida por uma história contada; uma história real por
uma história inventada.
No balizamento do humor, os candidatos e
efectivos nomeados, são os eternos procuradores, (in)conscientes, das vivências
disfóricas das auto-avaliações, no concernente à miragem da própria rede
atitudinal, contrariamente ao que lhes surge, em defesa, no comportamento.
Aqui, debitam a glória do próprio troféu das competências. Manifestam-se,
quase, como um eleito, não fosse o disparatado exagero do sentimento e
comportamento de euforia. Registe-se que a disforia e a euforia são dois pólos
da mesma realidade – doença do afecto. Há a tristeza e há a alegria, que não
são sinónimos de disforia e euforia.
A travestida eutimia que, alguns poderão
exibir, nada é mais do que a obediência à expressão – “sejamos espontâneos como
treinámos”. É a incompletude da persona. É a representação de um papel,
conjugado com o material psicológico existente, levando ao extremo da
importância o respectivo estatuto. São os nomeados. Jamais os eleitos. Em
sobrevivência, transformam a responsabilidade da nomeação, numa realidade de
elite, por defeito de construção psicológica. Como a sua essência não tem
suporte, um qualquer dourado existencial passa a ser mostrado como a sua pura essência,
desconhecendo que mais não é do que um barato plástico revestidor de um
carácter incompleto (ou doente). Não cumprem a vivência da parelha
estatuto/papel de inerência à maturidade. Não existem no terreno da consonância
entre a referência e a pertença. Referenciam-se num registo onde não pertencem.
Desta dissonância, invariavelmente, emanam conflitos.
Engajando, ainda em tese, no cenário
sexual/genital, foca-se a anorgasmia do nomeado. Há uma vivência constante e
colossal, no apelo ao protagonismo, cuja subjacência se encontra na sujeição e
na mendicidade. Não há sujeição, nem mendicidade nas sexualidades de plenitude.
Assim sendo, é de crer que, no povo disponível a candidato a nomeado (ou
nomeado), não poderão ir além da sublimação, onde os pálidos orgasmos só
poderão ser entendíveis à luz da masturbação que fazem através dos delirantes
constructos em que se fomentam. Não sabem ver. Não sabem que não se orgasmam.
Acreditam que o seu modelo orgástico é olímpico. É tão frágil, insonoro e
mascarado, que não dão por ele.
Como se libertam se desconhecem a
liberdade e temem a entrega e a igualdade?
Masturbam-se nos cargos…!
E, quando estes não existem, inventam
qualificações, que são os masturbadores.
Continuando nesta tese, os candidatos a
eleitos (personalidades de elite psicológica), geralmente movimentam-se nas
proximidades da eutimia, enquanto padrão de equilíbrio e ajuste no vasto leque
de tendências dos estados de ânimo. Certo é que, e considerando o postulado que
assume que “o poder é, naturalmente, corrupto”, o mais prudente será um estado
de alerta sobre os compromissos e materializadores desses compromissos. Até
porque existem muitos candidatos a nomeações e nomeados que se fazem passar por
candidatos a eleitos…!
Deverá e espera-se, que o eleito cumpra as
fases evolutivas da personalidade, desde a indiferenciação somato-psicológica
(passando pela pré-organização e organização da personalidade em
desenvolvimento), até à sua completa e madura estruturação (Bergeret), vivendo
os intentos de cada uma das passagens, de modo a que os patamares de vivência
sirvam de patamares evolutivos disponíveis para o serviço gregário, ambiental e
comunitário.
Por outro lado, o eleito será verdadeiramente
eleito, quando os eleitores deixarem de ser meros votantes e passarem a ser uns
eleitores de madura e honrada eleição, elementos de um poder sufragado, jogando
com o exercício da vontade (sem patologia volitiva), esta como pilar pleno da
coluna vertebral da personalidade. O exercício da sanidade da vontade é um
exercício canalizado para o exterior, com plena consciência dos determinantes,
dos actos em ocorrência e das consequências. É uma tarefa continuada e voltada
para o todo, para a comunidade, esta como cerne do civismo, da justiça, da liberdade
e do desenvolvimento que tem que ser garantia de IGUALDADE.
O Grupo
… é um excelente domínio, sem personificações e nunca com personificações
patéticas …!
Sobejam múltiplas maleitas feitas por
personificações e que a História se encarrega de tatuar…!...mas não tem
conseguido evitar…!
Mas … o povo é manso, porque imaturo
e excessivamente valorizador das esclerotizações sociais – crenças caducas e
paralisantes, família, escola, institucionalidades (domesticadoras) e ministérios
das castrações…! Enfim…portugalites e lusas infecções…!
Os “tugas” até gostam de saber o que os
estrangeiros (preferencialmente os de locais civilizados ou idealizados) pensam
sobre eles…! No desespero, viva o carnaval e a vicariância…!
Não o sendo por inteiro, força-se a
ser…nem que seja pela mentira…!
Sem alternativas na mira, repetem,
incessantemente, o ciclo da doença,
em detrimento da procura de uma
candidatura a GENTE elegível à vida,
à vida de regência eutímica…!
Bem hajam construtores que corrigem e
concluem
os jeitos e os feitios de criaturas …
inacabadas…!
You never try … you never know …!
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Edição: Paulo Passos |