sábado, 3 de fevereiro de 2018

SALMÃO GRELHADO COM ANANÁS

salmão bom

Ingredientes:

- Salmão em posta
- Ananás 
- Couve-flor
- Sal
- Azeite

Modo de preparação:

Numa chapa quente grelhe o peixe, temperado com sal.
Não tire a pele, de modo a impedir que seque.

Só resta servir, verter um subtil fio de azeite, 
aconchegar com couve-flor 
e contrastar com ananás, 
preferencialmente de São Miguel.

Edição: Janiel Martins

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

ROJÕES DE PORCO NO FORNO


Ingredientes:

- Rojões de porco
- Alho francês
- Alho
- Malagueta
- Sal
- Azeite
- Vinho branco
- Louro
- Alecrim



Modo de preparação:

Corte a carne em pedaços pequenos.
Corte o alho francês às rodelas.
Pique o alho.
Misture tudo numa assadeira de ir ao forno.
Tempere com sal e a malagueta.
Verta o vinho branco e o azeite.
Aromatize com alecrim e louro.
Envolva bem e carinhosamente.
Coloque no forno a 180 graus.
De vez em quando mexa o preparado.
Quando o dourado enfeitar o assado, retire do forno.



Acompanhe com bróculos, um copo de vinho e uns frutos de época.

Edição: Janiel Martins







sábado, 27 de janeiro de 2018

CREME DE ERVILHAS COM GRÃO


Ingredientes:

- Grão de bico
- Ervilhas
- Caldo
- Alho
- Sal
- Azeite
- Louro

Modo de preparação:

Sempre que se cozem legumes, o caldo deve ser reservado.
Num caldo de cozer couves, junte grãos de bico e ervilhas..
Adicione uma folha de louro, alho e sal.
Deixe cozer.
Desligue o fogo e retire a folha de louro.
Verta um fio de azeite.
Triture na liquidificadora.


Acompanhe com um copo de tinto, nozes, pão e queijo do Topo.
Saliente-se na conversa...!

Edição: Janiel Martins 


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

LOMBO DE PATO COM ANANÁS


Ingredientes:

- Lombo de pato
- Ananás (São Miguel)
- Couves de Bruxelas
- Vinho branco
- Alho
- Malagueta
- Rosmaninho
- Louro
- Sal


Modo de preparação:

Tempere o lombo de pato com sal, alho, louro, malagueta e o vinho branco.
Deixe marinar durante cerca de uma hora.
Verta o preparado numa assadeira (com a pele do pato virada para baixo)
 e leve ao forno, previamente aquecido a 200 graus.
Coloque o pé de rosmaninho sob o pato.
Deixe cozinhar.
Vire o pato, ficando, agora, com a pele para cima.
Espere que esta fique dourada e crocante.
Desligue o forno, quando a sua intuição determinar.

Aproveite o calor do forno para colocar as rodelas do ananás a assar.
Ao servir, regue-as com o molho do pato.

Acompanhe com couves de Bruxelas, escaldadas em água e sal
e beba um copo de um tinto a seu jeito.


Edição: Janiel Martins





domingo, 21 de janeiro de 2018

SUSTENTO DA ALMA - MASSACRE LEGISLADO


"Na criança o QUERER não é uma vontade.
É a exigência da ausência do medo ou um inibidor de angústia.
 Tantas vezes falhada."
                                                                                           (Paulo Passos / Portugal)

Erich Maria Remarque. Fonte da imagem: internet.
"(...) Façamos um brinde ao papel (...).
É espantoso o poder que ganhou sobre as pessoas.
Os nossos mais remotos antepassados tremiam nas
suas cavernas, apavorados pelo trovão e pelos raios,
pelos tigres e pelos terramotos; os nossos antecessores 
mais próximos apavoravam-se com espadas, salteadores, 
epidemias e com Deus, mas a nós é a palavra escrita que 
nos apavora - esteja numa nota de banco ou num passaporte.
O homem de Neandertal morria à paulada, o romano pela 
espada, o medieval pela peste.
Nós extinguimo-nos por meio de simples 
bocados de papel impresso. Ou ressuscitamos (...)"
Em: Desenraizados, 
Erich Maria Remarque
(Alemanha, 1898 - Suiça, 1970)

Fonte da imagem: internet

Fonte da imagem: internet

MASSACRE LEGISLADO (Paulo Passos, Portugal)

"Há uma ponte sobre um rio que une as duas margens.


Uns atravessam-a e usam-a de livre e espontânea vontade.


Circulam e cirandam de uma margem para a outra,
consoante as suas vontades ou necessidades.


Outros, impedidos e proibidos de se movimentarem,
livremente, por sobre a ponte, o farão mascarados ou aprisionados.


Os outros, ainda que impedidos, mas de liberdade e igualdade em exigência,
movimentam-se por sob a ponte, desautorizados da travessia sobre ela.


Vão-se atrevendo, pedra sobre pedra, que alguém vai colocando sob os pés,
ao infernal preço da injustiça.


Vão atravessando, pé ante pé, sempre que a corrupção social,
familiar e institucional, permite colocar mais uma pedra nas águas do rio,
em jeito de benesse acrescida e com o fundamento
da pérfida e corrosiva ordem natural e social das coisas.


Uma esfregona encharcada de merda no focinho de todos
os fomentadores e protagonistas de massacres legislados ...
... não seria suficiente ...!"


Edição: Janiel Martins


sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

ASAS DE FRANGO, COGUMELOS E LEGUMES


Ingredientes:

-Asas de frango
- Vinho branco
- Pimenta da terra
- Alho
- Cebola
- Louro
- Azeite
- Batatas
- Cenouras
- Pimento
- Cogumelos

Modo de preparação:

Depois de lavadas e cortadas, pela articulação, em duas partes (descartando as pontas), tempere as asas com uma colher de pimenta da terra (atenção que esta pimenta açoriana é bastante salgada, pelo que atente ao facto de não se usar sal), alho esmurrado, louro e o vinho branco.
Deixe a absorver os temperos durante uma hora.


Lave e corte as batatas aos cubos, as cenouras às rodelas, 
a cebola em meia-lua e o pimento em tiras.

Numa assadeira (esta é uma assadeira pingadeira de Vila Franca do Campo,
 na Ilha de São Miguel), misture todos os legumes e adicione os cogumelos.
Envolva carinhosamente.

Misture as asas de frango, juntamente com a marinada e com
 mais uma colher de sopa de pimenta da terra.
Torne a envolver e leve ao forno, a 180 graus (previamente aquecido) 
até que o estímulo visual esteja do seu agrado.


Edição: Janiel Martins







domingo, 14 de janeiro de 2018

CHICHARROS COM PIMENTA DA TERRA


Ingredientes:

- Chicharros
- Pimenta da terra
- Limão
- Farinha
- Óleo de fritura

Modo de preparação:

Amanhe os chicharros e tempero-os com pimenta da terra 
(não esquecer que esta pasta de pimenta é bastante salgada, pelo que se dispensa o sal).
Envolva bem, de modo a que o peixe incorpore a pimenta da terra, 
e aguarde cerca de 30 minutos.


Envolva-os em farinha e frite do seu jeito.

Na hora de servir esprema um limão sobre o peixe.

Estes chicharros foram acompanhados com chu-chus e couves cozidas em água e sal.


Não pense ... saboreie ...!

Edição: Janiel Martins

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

SOPA DE CHOURIÇO


Ingredientes:

- 1 chouriço
- Lentilhas
- Batatas
- Cenouras
- Espinafres
- Alho
- Sal

Modo de preparação:

A sopa de chouriço caracteriza-se pelo aproveitamento de legumes, sendo então que ela é passível de muitas criatividades, desde que se mantenha 
o chouriço como base da sua confecção.

Numa panela coloque o chouriço, 2 dentes de alho,  as batatas e cenouras cortadas, 
o sal e uma (generosa) mão de folhas de espinafres e deixe cozinhar.

Desligue o fogo e retire o chouriço.
Deixe arrefecer e passe tudo.


Adicione mais algumas folhas de espinafres, um punhado de lentilhas 
e o chouriço cortado aos cubos e leve, novamente, ao lume 
 Deixe ferver.
Apague o fogão e espere que tudo se conjugue ...!

A sopa que aqui se apresenta foi efectuada com um chouriço picante 
de São Miguel, apresentada num alguidar de alcatra da Terceira, 
acompanhada com queijo de São Jorge e um vinho do Pico.

Edição: Janiel Martins


domingo, 7 de janeiro de 2018

CAFÉ COM LETRAS - SONHAR É FODER COM O TEMPO

o que é sonhar
Janiel Martins

TÁ VENTO
(Janiel Martins, RN/Brasil)

É bem ali.
É bem aqui.
É bem alto.
Tudo é nada
Lá no alto
É bem ali
Não existe.
É bem distante
Para o nada.
Tudo é sonho
E o meu alucinar.
O que eu quero
Só é brincar.
O tempo é o quê mesmo?
É um giro de 360 duvidosos graus.
Perco-me de tanto sonhar.
Dizem que é besteira
Sonhar é Foder
Com o Tempo.
Que seja ... em sanidade
Sem medo de ser Judas.


GUARDIÃO DOS MEUS BEIJOS
(Janiel Martins, RN/Brasil)

Guardião dos meus beijos
Engajaste-te no meu gemido
Respostas das minhas ânsias
Jorraram-me como pé de macumba

Vives em mim
Num mar de separação
Distâncias que se ferram
Sem o alívio que respira

Suspiro
Suspiro por ti e em ti
Suspiro tendo-te em alma

Suspiro por ti e em ti
Suspiro desejando-TE
Guardião dos meus beijos.



Edição: Paulo Passos







sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

CAFÉ COM LETRAS - RUMO POÉTICO AOS AÇORES


Cenário: São Miguel.

Ambiente: Amigos de eleição.

Com:
... queijo fresco ... 
... pimenta da terra ...
... morcela (assada ou frita) ...
... ananás ...
... pão e vinho ... do Pico ...
... conversa e satisfação a gosto ...!

Vitorino Nemésio (Portugal, 1901-1978). Fonte: internet
ROCHA DO MAR

Já uma vila dos Açores 

Luze ligeira no horizonte. 
Será num alto das Flores, 
No Pico ou logo de fronte, 
Espraiadinha num cume 
Ou encolhida em Calheta? 
O ser nossa é que resume 
Seus amores de pedra preta. 
Para vila da Lagoa 
Falta-lhe a cidade ao pé, 
A distância de Lisboa 
Já não me lembro qual é. 
Para Vila Franca ser 
Falta-lhe o ilhéu à ilharga, 
É airosa pra se ver, 
Mais comprida do que larga. 
Povoação não me parece, 
Nos padieiros não condiz, 
Aos camiões estremece, 
Mas não aguenta juiz. 
Pra Ribeira Grande falta-lhe 
O José Tavares no quintal, 
Rija cantaria salta-lhe 
Dos cunhais, branca de cal, 
Mas não é Ribeira Grande: 
Essa merecia foral! 
No dia em que haja quem mande 
Será cidade mural. 
Nordeste - só enganada 
Na vista da Ilha Terceira, 
Longe de Ponta Delgada, 
Sua sede verdadeira. 
Nem Vila do Porto altiva, 
A mais velha da fiada, 
Em suas ruas cativa 
Como princesa encantada. 
De cimento a remendaram, 
Coroaram-na de aviões, 
Mas eternos lhe ficaram 
Os bojos dos seus tàlhões. 
Se é a Praia da Vitória 
Não lhe reconheço a saia: 
Enchem-lhe a areia de escória, 
Ninguém diz que é a mesma Praia. 
Talvez seja Santa Cruz 
Da Graciosa, ou a sua Praia, 
Com o Carapacho e a Luz 
Cheirando a lenha de faia. 
De S. Jorge a alva Calheta 
Ou a clara vila das Velas, 
E o alto, alvadio Topo 
Com um monte de pedra preta 
Dando realce  janelas. 
As Lajes ou o Cais do Pico, 
A escoteira Madalena 
Vilas são de vinho rico, 
Qual delas a mais morena. 
Santa Cruz das Flores seria 
Essa vila açoriana 
Ou as Lajes de cantaria 
Do bom Pimentel soberana. 
Finalmente, só o Rosário, 
Que do Corvo vila é, 
Pequena como um armário 
Ou um chinelinho de pé. 
Mas não é nenhuma delas, 
Nem Água de Pau, que o foi, 
S. Sebastião, ou Capelas, 
Da Terceira arca de boi 
Como a nossa Vila Nova, 
Que nem chegou a ser vila, 
Tão branca na sua cova, 
Tão airosa, tão tranquila. 
Ah, já sei! É delas, fundo, 
Que o muro alvo se perfila 
Contra os corsários do mundo 
Que invejam a nossa vila, 
Nosso povo, na folia 
De uma rocha de mar bravo, 
Que o Guião da autonomia 
Só por morte torna escravo.
                                                        
Vitorino Nemésio (1901 – 1978)  In: http://www.rea.pt/forum/index.php?topic=420.5;wap2


Edição: Paulo Passos