segunda-feira, 15 de agosto de 2016

SUSTENTO DA ALMA - DESOLIMPIAR BRASILIS


"A RESIGNAÇÃO É UMA FALÊNCIA DA VONTADE"
                                                                 (Paulo Passos)


BRASIL ... das crenças ...

BRASILIS ...

Rio de Janeiro / 2016

  Brasil campeão ... 

 Brasil campeão ...

 Brasil campeão ...


Pódio Olímpico (Número de Medalhas):

Ouro Olímpico ... Muitas

Prata Olímpica ... Algumas

Bronze Olímpico ... Poucas


Principais Modalidades Medalhadas

-  Corrupção

- Miséria

- (Des)Saúde

- (Des)Educação

- Insegurança

- Desprotecção

- Desvalorização

- (Des)Liberdade

- Injustiça

- Mentira

- Desigualdade

- Ignorância

- Mansidão

- Incivilidade


DESOLIMPIAR BRASILIS
(Janiel Martins, RN / Brasil)

Um país
Um país onde Ordem e Progresso
Perderam sentido
A prenhez do desencanto
Pariu-se largo
Em Terras de Vera Cruz
Olim ... piar
Olimpiar aqui?
Aqui?

Uma honra Nacional
Uma honra Nacional
Veste-se do Orgulho de bem tratar
De bem tratar a IgUaLdAdE
Que tem livre a LiBeRdAdE
Na JuStIçA que sé é igual.

Será honra?
Será honra a desonra 
Da fome mantida?
Será honra a desonra
Da vergonha escondida?
Escondida nos meandros
Dos sorrisos fingidos
Da carrasca inferioridade
Duma alegria triste.

Será honra?
Será honra a desonra
Das desigualdades?
Rancores acesos com
Conflitos acalmados
Na parcialidade do alívio
No alívio farsante
Cachaceiro alívio
Corrosivamente farsante.

Honra de esconder esterco
Por debaixo do ver
Honra em enfeitar miséria
Com sorrisos desdentados
Com a fome a exigir
E a mansidão a refrear
Honra desagraciada.

Ouros olímpicos 
Medalhados olímpicos
São os que o esforço 
Habita alapado nas almas
Na eternidade das curtas 
E fugazes alegrias
Do Povo desabitado
Do Povo dasagradado
Em frágeis vidas
Essas vãs.

Ouros olímpicos
Medalhados olímpicos
São para o Brasilis que sofre
Escondido pela vergonha
Escondido pelo samba
Escondido na triste alegria
Escondido na inconsciência
Na férrea crença
Tépida.

Ouros olímpicos
São para a vida
Fora da mesa de jogo
Ouros olímpicos
Jamais poderão ser
Para um Brasílis televisivo
Para um Brasilis festivo
Que recusa o hino
Que recusa o içar da bandeira
Aos que aqui se lamentam
Em dores silenciadas
Que em esforço
Contra as injustiças
Todos os dias vestem 
O orgulho
Orgulho zombado 
Orgulho esquecido
Esquecido de pódio.


Infernal vendaval ...

... Económico

... Social

... Institucional

... Político ...!!!

... 

Com Cordiais (Des)Olim ... Pia ... Mentos ...!!!

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

Fonte das imagens: Janiel Martins












domingo, 14 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - POEMA COM ASSOMBRAÇÃO E CAIPIRINHA


NOITE MAL ASSOMBROSA
(Janiel Martins - RN / Brasil)

É noite no Sertão
O vento vem de todas as direcções
Parece aparecerem malassombros.

Brasil amantes de futebol
Sertão
Amantes delirantes
Delirantes
Em futebol
Delirantes.

No meio do vendaval
Na ruinha escura
Aparece o Zé Carias
Calabreando para os quatro lados.

Não muito amante do futebol
Parece um pesadelo
Tentando andar
Em direcção cachaceira
Em cachaça.

Depois de quarenta minutos
Andou quarenta metros
Pesadelo acabou

Virou sonho
Cheiro de cachaça
Acordou o Zé Carias.

Zé Carias tentou
Apontar para a televisão
Onde a tremedeira o dominava
Perguntou
Comprade … comprade
Chico Caboco
É jogo
Chico Caboco
Responde com o sermão
Na ponta da língua
É uma televisão.

Chico Caboco
Já estava no seu segundo litro de pinga
Antes de começar o jogo
E foi logo dizendo
Toma a tua meu amigo
Meu grande compadre Zé Carias
Meou o copo
E Zé Carias foi de boca
Em direcção.

Encontrou
Desceu numa golada só
A tremedeira se estabilizou
Papo vai
Papo vem
O chico Caboco meou o copo
E meteu o grito.

Tô doido pra apostá
O Zé Carias respondeu
Ou a cachaça o respondeu
Meou o copo também
Eu aposto com você … meu compadre.

A pinga
Por alguns minutos
Ficou na mesa sem ninguém tocar
Enquanto isso
Chico Caboco e Zé Carias
Discutiam o que iam apostar.

O que fará dois bêbos apostar!
A cachaça
A pinga
Foram as únicas testemunhas
Chico Caboco e Zé Carias
Apostaram a vida
Numa partida de futebol.

Durante todo o jogo
Houve muita conversa
Não de bola
E sim de como seria a morte.

Um dizia para o outro
Eu sou homem suficiente
Para cumprir com minha palavra
A cachaça respondia o mesmo.

Lá se foram mais dois litros de pinga
Quem ganhou a aposta
Foi o Chico Caboco.

Chico Caboco falou
É … meu grande amigo e compadre
Zé Carias
Os botecos da nossa terra
Vão sentir sua falta
O comércio vai tá de luto.

Zé Carias falou
É meu grande amigo e compadre
Eu sou homem
Sou macho
E tu pode me matar
Meu compadre Chico Caboco
Porque se eu tivesse ganhado
Eu que iria ti matá.

Zé Carias falou
Vamo cumprir
Chico Caboco falou
Infelizmente vamo … meu compadi.

Os dois tentaram levantar
Calabreando um para cada lado
Do chão não passaram
Predicou  Seu Joaquim
O dono do boteco.

Madrugada alta
Ou já num laivo de raio de sol
Zé Carias e Chico Caboco acordaram
Abraçados no meio na rua
Na ânsia de à cachaça voltar
E nada de morte vingar.

É assombração
É mula sem cabeça
A danada da assombração
Safada pela pinga.



Caipirinha ... moderada ...!!! 

Moderação ... gente ...!!!


Ingredientes:

1 limão.
1 colher de sopa de açúcar.
4 folhas de hortelã.
50 ml de cachaça. 



Modo de preparação:

Corte os fundos do limão, corte-o ao meio no sentido longitudinal.
Retire as partes brancas do meio e corte-o em cubos.
Num copo batedor, adicione o limão, o açúcar e as folhas de hortelã.
Macere, adicionando a cachaça, e alguns cubos de gelo.
Bata um pouco.



Saboreie-se ... decifre os seus intentos ...!!! 


Fonte das imagens: Janiel Martins


sábado, 13 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - PREDICADO DO POETA

Antônio Baltazar Gonçalves (fonte da imagem)
Predicado do poeta ... predica Antônio Baltazar Gonçalves (SP / Brasil) 

... predica versando, narrando, contando, sentindo, pensando e dizendo ...

... predicar sonhando ... é predicado de poeta ...!!! 

Antônio Baltazar Gonçalves (fonte da imagem)
"Os poetas comparam os seus amores às flores, a monstros e abismos comparam às dores de suas perdas. Eles também vêm beleza onde não há o que alegre os outros e podem ver o amor surgir mesmo na maior sequidão, no abandono, na partida, no choro, na demolição e até nos novos planos de um arquiteto diante de sua construção. Em geral, os poetas comparam tudo a tudo para dizer o que toda gente fala sem rodeio:
O AMOR É LINDO, EU AMO VOCÊ
Os poetas são fechados para o mundo que vai além deles, são fechados para a certeza, para a verdade. E inventam saídas para o crustáceo em que se tornaram, para o autismo-lugar onde vivem no longe além daquela janela. Para expressar o que sentem e exprimir o que vêm, comparam... Comparam para revelar, para descobrir e possuir. Para entender e sentir, os poetas compararam. Enamorados, os poetas dizem coisas estranhas porque não conseguem simplesmente dizer:
O AMOR É LINDO, EU AMO VOCÊ
No entanto, como flores do deserto, orquídeas e arrecifes, o verdadeiro amor do poeta (que são os poemas que escreve) aponta como estrela em noite escura, floresce planta no jardim ou em vaso dentro de casa, acumula camadas de cálcio e forma corais coloridos nas beiras de um mar inventado. Os outros dizem, por toda banda as pessoas dizem de uma orquídea que é “exemplar único” quando elas estão como a areia da praia espalhadas pelo mundo, pelo mundo que são os mundos de todos os tamanhos. Tem orquídea do tamanho da lua, tem orquídea menor que a unha. Há milhares de orquídeas reunidas em estufa e à venda em galerias mas estas são poemas comuns, sem perfume, não traduzem o que toda gente quer ouvir:
O AMOR É LINDO, EU AMO VOCÊ
O poema que se quer ouvir abre-se flor do deserto, colorido no alto da montanha ou no tronco retorcido de uma árvore do cerrado. Numa restinga afastada, numa rifaina desconhecida. No mundo triste, o poema é luz debaixo de um cipreste e se abre mesmo é no silêncio para os olhos de quem passa. O poema é o sal da terra no pensamento, como se da boca que se quer beijar ouvisse dizer:
O AMOR É LINDO, EU AMO VOCÊ
Toda gente sabe que orquídea-pensamento existe, mas é rara como flor no deserto. Nos Pirinéus acontece de abrir a pudica orquídea Pensamento-meu - sempre distante: desabrocha convidando no capricho de ocultar-se de mim sorrindo. Orquídea é flor que sabe guardar em si dúvidas macias já os arrecifes da praia, não. Eles abraçam as ondas com uma certeza bruta, a certeza cega da pedra submersa no tempo da solidão. As orquídeas da Tailândia são as mais exóticas porque tudo que é exótico vem do Oriente. O Oriente está na soleira da minha porta mas a minha casa está à beira do Ocidente. Não sou poeta, mas na minha casa a flor do deserto, as orquídeas e os arrecifes transfiguram seu perfume porque EU AMO VOCÊ.
Mas veja, que sorte a minha! Ali outra flor decora outro poema. Alheia de mim, alheio de mim: acomodam meus sentidos tanto a flor quanto o poema - pétalas de carne e osso. O Belo é assim, assalta o espírito. A leveza do amor faz vibrar o corpo e estampa sorriso de alegria, é a prova de um feliz encontro."
Antônio Baltazar Gonçalves (fonte da imagem)
Sendo poema tem refrão sentido ... dito e impregnado por todos os amantes ... 
tal como ... no predicar de Fernando Pessoa ...

"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
(...)"

Fonte da imagem: internet
Ridicularizemos, em nós, assim ... 
... muitão ridículos ... 
... amantes ... 
... de verbo e de corpo ...!!!

 
Janiel Martins

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ABÓBORA RECHEADA


Ingredientes:

- 1 abóbora 
- 400 gramas de lulas
- 2 cenouras
- Tomate
- Quiabos
- 4 dentes de alho
- 1 cebola
- 0,5 pimento (pimentão)
- 1 chávena (xícara) de polpa de tomate
- Sal e pimenta a gosto


Modo de preparação:


Corte as lulas em rodelas, pique o alho e a cebola, rale as cenouras e corte os pimentos em tiras.
Leve uma panela ao lume alto, com um fio de azeite.


Deixe aquecer e adicione as lulas, o alho e a cebola.
 Cozinha até evaporar os líquidos.
 Adicione a cenoura, o pimento, quiabos, 
a poupa de tomate, os tomates e deixe cozer um pouco.


 Ajuste de sal e pimenta.
 Desligue.


Corte a abóbora (do Paulo e da Fernanda) ao meio e limpe-a com auxílio de uma colher, escavando para retirar as sementes. 


Tempere com azeite e sal, recheie-a, envolva as duas partes em papel alumínio.
 Vai, num tabuleiro, ao forno já aquecido a 180 graus, por cerca de 30 minutos.

Recomenda-se ... 
... enviando um carinhoso beijo para ...


... estes molequinhos ... o Paulo e a Fernanda (tão derretidinho o olhar dele para o seu sol ...!!!)

... objectivamente ... os timoneiro do bote 

... de nome ... Expansiva Abóbora dos Mares ...!!!


Dê-lhe ... com melão chuveirado com sumo de limão ...

Fonte das imagens: Janiel Martins





quinta-feira, 11 de agosto de 2016

CAFÉ COM LETRAS - (CON)VERSADO

CON ...VERSO

Antônio Baltazar Gonçalves (Fonte da imagem)
INTRADUZÍVEL METAL INTRATÁVEL
(Antônio Baltazar Gonçalves - SP / Brasil)

Ali estão os homens,
pisam areia
o cristal braseiro
cobre vastidões descrentes,
sabem seu destino:
na terra peregrinam
insepultos no desterro,
filhos dos sem-poesia.

Caminham buscando
as nascentes água potável,
segurança e conforto
mas também o intraduzível,
o metal intratável da arte
que na brevíssima passagem
algum alento acrescente.

Antônio Baltazar Gonçalves (Fonte da imagem)
Desenho de Jorge Sá
Con ... versando ... RN ... SP ... Brasilis ...
... itinerários ... aliançados ... quaisquer...!!!


SINCRONIZAREM
(Janiel Martins - RN / Brasil)

 Saber a versos
com cheiro de estrofes 
com sustento de poesia
 (con)versado na ode ao desejo
à sintonia
conversado porque sim.

Distanciada de quilometragem 
e tão perto por querer 
monologada quase
 sentida, falada
em sussurros de desejo
em ausências.

Sujeitos 
desmaterializados
 imaginados 
entesoados são
aspirantes a amantes 
sendo-o.


VIRTUAL MATERIALIZADO
(Janiel Martins - RN / Brasil)

Desvirtualizar 
o virtual 
materializar as sintonias 
materializar os desejos
no preciso 
onde for preciso 
como for preciso
em precisão
que seja em maior
em maioridade
enamorado por plurais
os dos desejos
dos prazeres
dos sonhos
os teus e os meus
unificados em meios
teu meio rosto
meio rosto meu.
_____________________

Janiel Martins










quarta-feira, 10 de agosto de 2016

MOUSSE DE CAPUCHO


Ingredientes:

- 1 malga de capuchos
- 1 gelatina 
- 1 lata de leite condensado
- Raspa de 1 limão
- Hortelã (a gosto)
- 0,5 malagueta pequena (opcional)


Modo de preparação:

No jarro do liquidificador misture o leite condensado, a gelatina 
previamente preparada, os capuchos, a raspa do limão, a hortelã e, opcionalmente,
metade de uma malagueta.

Deixe que o equipamento labore porque de seu dever ...
... enquanto escolhe a tigela onde quer que o produto 
seja mergulhado e ... frigorífico com ele ...!!!


Só esperar que o frio e o tempo funcionem e cooperem ...!!!

Edição: Janiel Martins

terça-feira, 9 de agosto de 2016

SOPA DE BETERRABA


Ingredientes:

- Beterraba
- Cenoura
- Batata
- Cebola


- Alho
- Ovos
- Hortelã
- Azeite
- Louro
- Sal


Modo de preparação:

Numa panela com azeite, refogue a cebola picada e os dentes de alho, igualmente picados.
Misture as batatas, cenouras e beterraba, tudo cortado aos pedaços.
Apure o sal, misture o louro e deixe cozer.


Após esfriar um pouco, descarte as folhas de louro e passe todo o preparado,
até atingir a uniforme a sedosa consistência de um creme.


Entretanto, os ovos foram cozidos, num recipiente à parte.
Deixe arrefecer, descasque-os e pique-os juntamente com a hortelã.


Depois de servida a sopa, individualmente, polvilhe com
uma chuvada de ovo cozido e hortelã.


Entretenha-se como entender ... entranhando o prazer e o 
vigor que o pujante vermelho lhe incute ... na esfera da vitalização ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CREME DE ABÓBORA


Ingredientes:

1 kg de abóbora
500 gramas peito de frango
1 cebola grande
6 dentes de alho
1 pimento (pimentão)
1/2 pimenta malagueta
1 caldo de frango
Folhas de louro
1 creme de leite (natas)
3 colheres de sopa de farinha de trigo
0,5 chávena (xícara) de leite
Sal a gosto


Modo de preparação:

Numa panela de pressão coloque o frango, cortado aos pedaços grandes, a abóbora sem sementes e cortada aos pedaços grande, o alho e a cebola cortados grosseiramente, o pimento limpo sem as sementes e a parte branca, a pimenta malagueta sem sementes, o caldo de frango e as folhas de louro, cobrindo com água e tape a panela.


Leve ao lume alto e, após pegar a pressão, deixe cozer em lume médio por 30 minutos. 
Após esfriar, retire o frango, as folhas de louro e reserve.
Bata o cozido no liquidificador.
Leve ao lume novamente.


Desfie o frango e misture-o ao molho.
Confira o sal.
Deixe levantar fervura, em lume baixo.
Pegue a farinha de trigo, misture com o leite e dilua-a bem.
Adicione no caldo até ganhar a consistência desejada, mexendo continuamente.


Coza por mais 5 minutos, em lume baixo.
Desligue e junte o creme de leite (natas).


Deixe-se levar por um desenho experimental onde cooperam tostas, queijo e o azendinho dos capuchos ... juntamente com uma colher do creme de abóbora ... boa viagem ...!!!

Fonte das imagens: Janiel Martins